CAPÍTULO 17

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Eu sei, eu sei. Não apareci aqui ontem. Mas em minha defesa, foi por uma boa causa, pelo menos pra mim kkkk

Mas como eu disse, quando eu não postasse, no dia seguinte iria compensar vocês, então hoje teremos dois capítulos.

Esse aqui e voltarei mais tarde com mais um. Okay? Estou perdoada?

Tenham uma boa leitura e até daqui a pouco. ❤️














POV BRENDA

Sua voz me deixa enojada, não lembrava mais do seu timbre. Meu estômago se revira e vou vomitar se continuar escutando sua voz.

Sua imagem vem a minha mente, e um ódio descomunal sobe pelo meu corpo, minhas bochechas ficam quente, minhas respiração está ofegante, nem me preocupo se ele irá ouvir do outro lado.

Esse desgraçado acha que vai me fazer de idiota, que vou cair nesse papo de que não lembra de nada, que não lembra de tudo que nos fez. De todo mal causado a Emilly.

Se ele quer realmente ouvir da minha boca tudo que fez, então que assim seja. Ela vai ouvir tudo e um pouquinho mais.

– Se você realmente não sabe, eu vou te falar. Você tentou m... – A ligação é abafado. Escuto alguns ruídos, mas não consigo decifrar o que é.

– Lucas, o que você está fazendo com esse celular?. – A voz do meu pai surge do outro lado.

– Brenda, querida? – Ele suspira. – Me desculpe por isso, eu não sabia. – Dessa vez eu suspiro. – Converso com você depois. – Eu sei que ele está falando com o Lucas.

– O que está acontecendo? Por que ele está com seu celular?

– Eu realmente não sei, devo ter deixado no seu alcance em algum lugar. Eu sinto muito de verdade.

Não sei que não é sua culpa. Ele e minha já se culparam de mais por coisas que não estavam ao seu alcance, não é justo ele se culpar por isso também.

Eu sei o que eles passaram, a rejeição que tiveram quando outras pessoas souberam do que o Lucas fez, o quanto se culparam por tudo que passamos, sempre se perguntando onde tinham errado, o que poderiam ter feito para mudar o próprio filho.

Eles sempre foram os melhores pais do mundo, nos deram uma educação impecável. Também não compreendo por que o Lucas ser assim.

– Não se preocupe, pai. Está tudo bem. – Digo sincera. Mas algo martela minha mente, preciso tirar essa dúvida. – Pai?

– Estou ouvindo, querida.

– O Lucas disse que não lembra do que aconteceu. Falou que me ligou para que eu falasse o que ele fez. – Silêncio. Espero ele falar que o Lucas está pirando mais uma vez, que estava brincando comigo. Mas ele não fala nada. – Então é verdade? Ele não lembra do que aconteceu?

– Não filha, ele não lembra. Quando o juiz deu sua sentença alegando que ele tinha problemas mentais, autorizamos que fizessem um tratamento específico nele.

Isso existe?

– Mas como é possível ele não lembrar de absolutamente nada?

– Não sei exatamente, mas é como se boa parte de sua memória tivesse sido apagada pela medicação.

Ele me explica tudo, e a cada palavra fico mais perplexa com tudo. Não é possível.

Ele ainda acha que tem alguma coisa com a Emilly, acha que sou sua irmãzinha birrenta, que minha mãe o acha um príncipe. A que ponto a ciência pode chegar? Apagar a mente de um ser humano é de mais.

Mas se ele não lembra e acha que ainda tem alguma coisa a Emilly. Então não sabe que já estivemos juntas, ou pior ele pode ter ido procurar ela.

A Emilly precisa saber, ela precisa saber que esse desgraçado está solto, que infelizmente está em liberdade de novo. Ela precisa saber de tudo que meu pai acabou de me falar.

Vou até a praia, mas óbvio que ela não está mais lá. Volto pra casa e vou até seu quarto, coloca a cabeça dentro do quarto e escuto o barulho do chuveiro. Vou deixar ela tomar banho, dará tempo de me preparar para jogar o bomba nela.

Aproveito para tomar banho também. Saio do banheiro já vestindo um pijama, estou penteando meu cabelo quando escuto duas batidas em minha porta.

– Pode entrar. – Grito. Logo a Emilly entrar.

Coloco a escova em algum lugar e vou até ela. Lhe abraço e sou recebida com um abraço ainda mais forte.

– Posso dormir com você?. – Ela pergunta. Enrugo minhas sobrancelhas. Sua voz está estranha.

– Está tudo bem?. – saio do abraço para poder lhe olhar.

– É que estou com medo de dormir sozinha. – Ela nunca teve medo de dormir sozinha.

– Medo?. – Tendo olhar em seus olhos, mas ela os desvia de mim.

– Sim, medo. Pânico na verdade. – Sua voz tá trêmula, ela parece fazer um esforço muito grande para falar essas coisas. – Eu preciso conversar com você, preciso te falar o que realmente está acontecendo comigo.

– Claro. – A questão do Lucas pode esperar para mais tarde. Temos algo bem maior e muito mais importante para ser tratado agora.

Sento em minha cama lhe trazendo junto para sentar comigo. Emilly se senta de frente para mim.

– Respira com calma, pode ir falando aos poucos tá?. – Ela assente. Seus olhos encontram os meus, nunca a vi tão amedrontada dessa forma.

– Nosso amor nunca esfriou, Brenda. – Mas do que ela está falando? – Quando terminei com você, eu disse que nosso amor tinha esfriado, que tinha acabado. Mas não era verdade, eu te amava tanto, tanto. Te fazer ir embora foi a droga mais difícil que já fiz em toda minha vida. – Seus olhos enchem de lágrimas. – Ter que viver sem você todo esse tempo foi um inferno. – a primeira lágrima cai.

Enxugo a lágrima que cai.

– Eu realmente nunca entendi o por que de você ter me deixado daquela forma.

– Mas você vai entender, eu pelo menos espero que entenda.

A irmã do meu namorado. ( 2° temporada )Onde histórias criam vida. Descubra agora