6 - o convite

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- O resto da detenção foi de boa, eu realmente acho que o João quer mudar, mas eu ainda não confio 100% nele, e acho que não seria uma boa confiar nele agora, e se ele estiver apenas querendo minha confiança pra me destruir depois? - falo pra Evy por ligação

- já é um começo eu acho, mas..

- mas o que? - pergunto.

- ele tá tentando te conquistar, ele quer algo a mais com você, isso está visível, e não é bem a cara do João Vitor fazer algo tão grave assim, então eu acho que vocês dois ainda vão ter alguma coisa!

- você esqueceu que ele fazia BULLYING comigo? - falo quase gritando a parte do Bullying

- bom, aquilo era bullying?, Ele só fazia algumas piadas de mal gosto, e sobre a pereba, ninguém sabe disso, ninguém lembra mais, foi a quase três anos.

- mesmo assim! Ninguém fala comigo com medo de pegar pereba - retruco.

- ninguém fala com você, porque você não quer que ninguém fale com você, as únicas pessoas que falaram com você, você achou que era falsidade e se afastou.

- você tá do qual lado mesmo? - pergunto vendo que ele estava me dando uma lição de moral.

- do seu, claro. Mas só acho que você deveria tentar aparecer um pouco mais, e tentar confiar um pouco... Só deixa as coisas fluírem, por favor, eu não quero ver você assim!

- tá, você tem razão, já volto.

Deixei o telefone fixo encima da mesa com Evy na linha, e peguei meu celular, mandei uma mensagem pro João Vitor.

você: quer fazer alguma coisa hoje?

Ele respondeu quase imediatamente

JV: Claro, posso passar aí pra te pegar ?

você: Pode.

Voltei a falar com Evy no telefone.

- pronto, voltei.

- que animação é essa? - ele pergunta por conta do meu tom de voz.

- João Vitor tá vindo me buscar pra gente fazer alguma coisa.

- meu deus do céu.. - ele ri - gostei da ideia, bom sexo amigo!

- a gente não vai transar seu idiota.

- de qualquer maneira, boa sorte, qualquer coisa me liga imediatamente.

- pode deixar.

Desligamos o telefone e minutos depois João chegou, ele tava de Uber, apenas entrei e seguimos, ele falou que ia me levar em um lugar muito especial pra ele, porque sua casa estava com visita de sua tia que veio da Bahia.

Chegamos em um campo, o motorista parou, e subimos a colina a pé. Eu tava com vergonha, mas não deixei o João perceber. Quando finalmente chegamos ao topo da colina, percebi que tinham umas cabanas, sacos de dormir e etc.

Ele parecia que vinha sempre aqui, ele então pegou a mochila dele e colocou no chão, dentro tinha comida, água, e etc.

Deitamos sob a grama, conversamos sobre coisas muito aleatórias, João Vitor se virou pra mim

- Tá com sono? - me viro pra ele também.

- não muito - falo com a cara sonolenta, eu tava com sono, mas seria deselegante se eu dormisse ali.

- eu trouxe sacos de dormir, você não vai pra casa hoje né? - gelei, ele quer que eu durma aqui?

- Ah, eu não vou atrapalhar?

- por favor, fica! - ele olha com cara de cachorro na mudança

- Tá, Tá, eu fico.

Vi João Vitor comemorar, sorri um pouco e me deitei sob a grama novamente, minutos depois arrumamos os sacos de dormir, então nos deitamos sob a luz da lua, eu peguei no sono rapidamente pois estava muito cansado.

No outro dia acordei com barulhos de lenha, João Vitor estava fazendo uma fogueira, perto dele tinha uma bolsa de marshmallow, quando ele percebeu que estava acordado ele acenou pra mim sorrindo, achei muito fofo da parte dele.

Peguei o celular e mandei pra Evy, um mini resumo do que aconteceu ontem.

Comemos marshmallows na fogueira e estávamos sorrindo bastante, quando o celular do João Vitor toca e eu sinto sua cara mudar.

Detenção ☆ [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora