Detenção ☆ [Concluída]

8 - em sintonia

Meses se passaram, uns quatro meses eu acho, a detenção acabou, tudo estava bem, viramos amigos do João, ele está no grupo dos meus amigos virtuais também, conversávamos todos os dias, estava perto das férias, Jajá iria acabar o ano, também estávamos em época de prova, estava tudo uma loucura.

JV: vocês acham isso fácil? Porque temos que aprender matemática?

Luiza: porque sim! Deixa de ser burro João!

você: gente calma kkkkk

Evy: eu acho que consegui entender, é só subtrair os números e depois multiplicar pelo valor do expoente?

Amanda: ISSO!

Luiza: finalmente alguém!!

você: agora eu acho que entendi melhor, não é difícil.

JV: me ajuda mais tarde, Pfv! 

você: tá, eu ajudo sim.

Evy: hmm Kkkk

você: Evy não!

Evy: não disse nada kkkkk

Me levantei e fiz alguma coisa pra comer, pão com misto quente

Alguém bateu na minha porta, e eu fui abrir, João Vitor, e um monte de caderno, as provas não são semana que vem?

- quem é, amor? - minha mãe fala da cozinha.

- o João, ele veio estudar.

- Oi João! Fica a vontade!

Minha mãe ama o João, nem parece que até meses atrás odiava ele, mas que bom que ele mudou.

- bom, eu não consigo entender essa parte aqui, você como um amigo maravilhoso, me ajuda por favor - sorrio, e faço gesto pra ele sentar.

- ajudo sim. - respondo.

Passamos quase uma hora, até finalmente ele entendeu alguma coisa, minha mãe trouxe biscoitos e suco de manga com leite, meu lanche favorito.

Minha boca estava suja de biscoito, João passou seu dedo sobre minha boca, pra limpar, e sem pensar, me beijou. Eu logo cedi, foi lento, calmo, mas mesmo assim maravilhoso. Meu primeiro beijo.

Nos separamos por falta de ar, João colocou suas mãos em minha cintura, nossos rostos estavam próximos, nossa respiração ofegante, eu queria senti-lo mais uma vez, então o beijei novamente, ele me puxou pra perto, estávamos no chão da minha sala, ele parou o beijo.

- sua mãe pode nos ver, vamos pro nosso lugar? - apenas assenti com a cabeça.

Minha mãe permitiu, então fomos até o alto da colina, ele estava pedalando na bicicleta, e eu estava em sua garupa, pingos fracos de chuva caiam em nós, até que a chuva começou a ficar forte, estávamos encharcados, mas ainda pedalando, eu estava com a boca aberta e a língua pra fora, pingos de água doce caiam em minha boca.

Chegando ao pé da colina, subimos o restante a pé, correndo, chegando em cima nos deitamos sob a grama molhada, eu só o beijei, eu estava por cima dele, tava tudo tão bom, parecia um sonho. Não rolou sexo, mas aquilo pra mim, foi tão especial, momento que nunca vou esquecer, eu e o João, nossos corações batem em sintonia.