CAPÍTULO 02 - ZELOS

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 Olá, raposinhas, peço licença para deixar uma curta mensagem de carinho aqui.

Primeiro quero agradecer os votos, e aos leitores que estão acompanhando essa história. Podem ser poucos leitores para outros olhos, mas para mim, ter vocês aqui, é uma honra imensa. Segundo, mas não menos importante, quero dedicar esse capítulo à MitsukiiNS e à WallaceBorges0.

Agradeço todo apoio, tempo e carinho que dedicaram a esta obra. O reconhecimento de vocês foi de suma importância para mim e com certeza foi um dos motivos de eu ter iniciado nessa empreitada. Agradeço de coração.

À MitsukiiNS, espero que goste desta singela homenagem a sua obra. (ver notas de rodapé).

Boa leitura raposinhas 🦊

Taty

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Despertei, permitindo que a luz da manhã nublada invadisse minha retina. Estava mais frio, os flocos de neve atingiam meu rosto timidamente, me resgatando das memórias daquela noite. Eles se liquefaziam rapidamente assim que atingiram as superfícies, fossem elas da minha face ou do gramado ressecado pelo ar gélido que forrava o chão.

— Como foi que as coisas deram errado? — repito a pergunta que você me fez há uma década. E mesmo depois de todo esse tempo, ainda não sei como te responder.

Encarei as pequenas poças de água que se formavam no terreno irregular da clareira. A nevasca ainda não estava forte o suficiente para manter os flocos condensados por mais que alguns segundos. Uma delas se formava convenientemente perto. Vi o reflexo turvo na água suja, agitada pelos novos flocos que a atingiam. O espelho d'água não mentia; eu estava envelhecendo.

Os fios já começaram a perder coloração, mas continuam longos, longos demais. Eles colaram em minha pele, pela umidade que os atingia. Algumas rugas já estavam aparentes e as olheiras, já estavam bem mais marcadas. Um traço que me deixou mais parecido com Itachi e Fugaku. Uma evidência física da linhagem que eu carregava, que foi atenuada, com certeza, pelos genes de minha mãe.

Um riso sem humor se fez presente. "É, dona Mikoto... seu filhote está velho, e ainda assim sente falta dos seus cuidados". Esse pensamento cruzou minha mente ao notar as ligeiras marcas de leves queimaduras nos cantos da boca. Jutsus de estilo fogo sempre deixavam marcas. Elas não doíam mais, e se curavam rapidamente, mas ainda deixavam evidências de seu uso.

Caminhei de volta ao abrigo de onde vim antes de receber o falcão. Havia dormido ali. A nevasca ficou progressivamente mais densa, e o frio mais intenso. Um abrigo era o melhor por alguns instantes a mais, afinal, eu não era mais um garoto.

Sento-me na entrada da toca que usei como refúgio na noite anterior, recostando a cabeça na parede rochosa atrás de mim. Os sons das correntes de vento se chocando me lembravam você e sua própria natureza barulhenta.

Agrupei o restante da lenha que tinha a intenção de deixar para trás ao iniciar viagem quando acordei. Precisaria reacender a fogueira.

Katon, goukakyuu no jutsu¹². — Exclamo baixo. Imediatamente, sinto a ardência e a temperatura tão familiar a mim atingir a mucosa da minha boca e se converter em uma pequena chama, apenas forte o suficiente para acender uma brasa.

Assisto às chamas consumirem a lenha, ganhando força pouco a pouco. Elas dançavam rendidas ao vento sem jamais ter o calor subjugado pelo frio. Hipnotizado pela mais bela imagem de Yin Yang ¹³ que a natureza poderia desenhar, com exceção, talvez, de nós, deixo minha mente me carregar para longe de novo.

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Fazia alguns dias que meu pai tinha me mostrado o "goukakyuu no jutsu" e eu ainda não o havia dominado. Obviamente, ele achou que eu seria como seu primogênito, que ao ver os selos simplesmente o conseguiu replicar com excelência, mesmo sem nem ter despertado o Sharingan ainda.

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