Amanda havia amado voltar a almoçar com os Ferrari após tantos anos. Nada havia mudado mesmo depois de dez anos. Os pais de Antônio eram sensacionais e faziam qualquer pessoa se sentir como se fosse da família. Ela os amava, os amava por terem recebido a pequena Amanda e a tratado como uma garotinha especial. Como se Amanda fosse a menininha mais especial do mundo e capaz de realizar todos os sonhos que ela tivesse.
E Sofia havia sido uma princesa e tratado Amanda com a mesma gentileza de sempre. A menina mostrou o que mais gostava de fazer e seus livros e filmes favoritos.
E, por fim, era incrível estar junto com Antônio novamente. Era fenomenal poder estar ao lado dele e encontrar a sua mão e seus olhos. Era como respirar novamente. Era como, finalmente, estar em casa.
Enquanto caminhavam até a pracinha que presenciou tantos momentos entre eles, Antônio segurou a mão de Amanda e eles caminharam de mãos dadas pelas ruas do bairro que cresceram.
Era tão natural que ao chegarem no banco daquela praça quase esqueceram de soltar as mãos. Amanda se sentou no banco e continuou segurando a mão dele que a encarou sorrindo.
- Fiquei com saudades. – Antônio disse de pé parado na frente dela.
Amanda sorriu boba para ele. Ele era a coisa mais incrível que aconteceu na vida dela e ela não tinha dúvidas disso.
- Nos vimos ontem. – Ela disse enquanto ele se sentava de frente para ela.
Antônio se aproximou beijando o ombro dela em público e ela fechou os olhos.
- Sempre estou com saudade de você. – Antônio disse sabendo que eventualmente ela voltaria para os EUA, porém preferiu não pensar nisso. Ele queria curtir aquele momento. O momento deles. – Dorme lá em casa hoje? – Antônio pensou muito antes de perguntar aquilo, ele sabia que ambos não eram adolescentes, eles eram pessoas adultas que já tinham estado com outras pessoas, mas eles jamais estiveram juntos tão intimamente e algo naquilo o assustava, ele não queria apressar as coisas.
Amanda queria. Ela queria mais que qualquer outra coisa no mundo. Ela sonhou que a primeira vez dela seria com ele. Ela sonhou que eles poderiam ter sido oa primeiros um do outro, mas aquilo nunca aconteceu.
- E Sofia? – Amanda perguntou sabendo que jamais deveria excluir da vida deles o fato de que Antônio tinha responsabilidades como pai. Ela não queria atrapalhar a relação deles.
Antônio já tinha conversado com todos antes de fazer o convite.
- Vai dormir com a minha mãe essa noite. – ele disse sério. – E Lari e Fred vão levá-la para jantar hoje.
Ele realmente tinha pensado em tudo, Amanda sorriu para ele tímida apesar de tudo. Era diferente qualquer possibilidade de estar com ele de forma mais íntima e pessoal, talvez porque ali não havia apenas desejo, não havia apenas paixão. Naquele momento, entre os dois, apesar do desejo que surgia a cada beijo mais longo, também havia o cuidado e amor que transbordava em carícias mais lentas como uma brisa fresca entre eles.
Amanda percebeu que os beijos se transformavam em momentos em que eles apenas se encaravam revelando os olhos brilhantes por um desejo de tudo e não apenas de um momento de prazer. O desejo de ter um futuro, o desejo de se olhar a cada expressão do outro, o desejo de poder encarar os olhos fixos um no outro.
Era mais que qualquer noite, era uma vida que podia ser construída a partir daquele momento.
E ela não queria perder nenhum momento, nada daquele dia. O dia em que ela finalmente poderia ser dele completamente.Antônio a encarava por uma resposta tentando disfarçar o nervosismo que assolava o seu interior. Ele poderia fazer melhor que aquilo, ele poderia ter a convidado para jantar em um restaurante elegante, os dois com roupas chiques e depois de algumas taças de vinho irem a até a casa dele juntos.
Mas nada daquilo se parecia com eles e ele queria que cada momento daquele dia fosse exatamente como deveria ser, com o jeito deles. Com a assinatura deles. Ele ainda a desejava como um adolescente de quinze anos, ele ainda a queria dizer o quanto sempre a quis. Ele queria acordar e dormir ao lado dela sem preocupações. Ele queria a intensidade e a leveza.
- Eu vou. Claro que eu vou. – Amanda disse observando os ombros de Antônio relaxarem do nervoso que o assolava. Ela segurou o rosto dele entre as mãos e selou os lábios dos dois. – Eu quero você. – Ela percebeu que ele arrepiou quando ela sussurrou no ouvido dele e sorriu satisfeita.
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Follow You - Amanda e Antônio
FanficAntônio Carlos era pai e aspirante a boxeador em uma academia em São Paulo. Entre o trabalho como sous chef de um restaurante estrelado na Avenida Paulista, os treinos e a filha o descendente de italiano de 25 anos tenta realizar os sonhos para além...