Sofia estava dormindo já acomodada depois de mais de doze horas de vôo. Enquanto, Amanda e Antônio compartilhavam o sofá do novo apartamento dela.
- Ela foi no restaurante? – Amanda encarava Antônio perplexa.
Ele tinha decidido não esconder nada dela e para ele era primordial que ela soubesse tudo o que sentia e acontecia com ele. Não havia um relacionamento que sobrevivesse na mentira. Relacionamentos saudáveis precisavam de diálogo.
Então, Antônio falou sobre a visita daquela pessoa ao restaurante dele. Como ela não falou com ele, eles imaginaram que poderia ter sido uma coincidência, Antônio e os pais dele concluíram, mas Amanda sentia que não era uma coincidência, Giovana não era assim. Amanda a conhecia, conviveu com ela por um curto período antes de ir para os EUA.
Amanda jamais se colocou na posição de julgamento das decisões que aquele menina de dezessete anos tomou, mas naquele momento, era uma mulher que estava entrando na vida deles novamente. E, Amanda, tinha medo. Medos que não queria verbalizar naquele momento.
- Talvez tenha sido una coincidência. – Ela concluiu deitada no peito dele no sofá. Ele já havia tomado um longo banho e agora eles estavam conversando sobre as implicações da aparição dela.
- E o pior! – Antônio disse enquanto Amanda se levantava para encará-lo. – Sofia me perguntou o nome da mãe dela.
- Você nunca disse para ela? – Amanda perguntou, mas ela já imaginava que ele não havia dito, pois Sofia acreditou que Amanda poderia ser a mãe dela em certo momento.
Antônio negou com a cabeça. Ele não se orgulhava muito das escolhas que havia feito em relação a maternidade de Sofia. Em todas as outras áreas do seu relacionamento com a filha, ele era orgulhoso de poder dizer o quanto estava sendo ótimo, mas nessa área ele era receoso e reservado.
Ele não sabia exatamente o porquê, já que a história verdadeira era simples de ser contada. A mãe de Sofia era menor de idade quando a teve e pediu para a mãe dela, que Antônio odiou no primeiro minuto que viu, assinar o termo de abertura de mão de qualquer vínculo com Sofia. Foi um contrato solicitado pela mãe de Sofia desde do momento em que soube da gravidez, ela não queria ser mãe e não queria aquelas responsabilidades. E Antônio vendo as condições em que a mãe de Sofia vivia não a julgava.
Mas por mais que fosse simples, magoaria Sofia saber que a mãe não a quis e a última coisa que ele queria era que Sofia se sentisse mal com aquilo.
- Tudo bem, está tudo bem. – Amanda abraçou Antônio e o ouviu suspirar de alívio de senti-la em seus braços. – Se ela quiser fazer parte da vida de Sofia, nós vamos lidar com isso. A sua filha merece ter a mãe dela.
Amanda está com o coração preocupado. Depois de tudo que haviam passado e com a distância era impossível não se sentir insegura. Mas o olhar para Antônio ela não conseguia ter dúvidas que eles eram para sempre.
Amanda o encarou e ele a beijou. Ambos deixaram o beijo se intensificar antes de Antônio a pegar nos braços e a levar para o quarto que era deles e que Amanda havia decorado para eles.
Ele a colocou na cama delicadamente e eles se amaram com a saudade dos dois meses separados. Profundamente e verdadeiramente.
- Eu te amo. – Amanda sussurrou ao chegar ao ápice, vendo os olhos dele brilharem juntamente com os dela.
Nada os separaría, Larissa tinha toda razão, eles eram para sempre.
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Follow You - Amanda e Antônio
FanficAntônio Carlos era pai e aspirante a boxeador em uma academia em São Paulo. Entre o trabalho como sous chef de um restaurante estrelado na Avenida Paulista, os treinos e a filha o descendente de italiano de 25 anos tenta realizar os sonhos para além...