Capítulo 42

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Depois do banho resolveram deitar na poltrona no andar de baixo e a preguiça tomou conta, nem saíram de lá. Os corpos estavam emaranhados num abraço confortável.

-Você queria dar uma volta, pode ser amanhã?
- Juliette falou manhosa.

- Claro amor, temos tempo.

Em um breve silêncio, Sarah quis tocar num assunto que intuiu ser delicado. Sem olhar pra namorada, falou com calma.

- Querida, uma vez conversamos sobre usar acessórios na hora de fazer amor, lembra?

Juliette enrijeceu o corpo e ela pode sentir.

- Lembro.

- Tem vontade de fazer isso?

-Você tem?

- Perguntei primeiro. - mordeu a orelha dela.

- Não sei, poderíamos tentar se você quiser.

Sarah achou a resposta muito vaga.

- Não é eu querer, nós temos que querer. olhava pra ela, que olhava para a praia lá adiante. - Tudo bem, assunto encerrado, desculpe se pareceu insistência. É que pensei não ter conversado direito aquele dia e...

- Não insistiu, eu que acabei te enrolando aquele dia e agora. - se levantou e olhou pra ela. Num gesto nervoso, mordeu o lábio inferior.

- Que foi? Quando faz isso é porque quer me contar alguma coisa que não tô sabendo.

- É... - olhou para os lados. - Eu... eu nunca tive relação sexual usando um pênis.

- Sim, você me falou, tem gente que não gosta amor, tudo bem...

- Não, Sarah. - a interrompeu, sentando-se direito de frente pra ela. - Eu nunca tive relação sexual com homens e nem com mulheres que usassem desse artifício - Tecnicamente.. eu ainda sou virgem. - escondeu o rosto nas mãos morrendo de vergonha.

O segundo que Sarah ficou sem reação, foi tempo pra Juliette achar que ela iria ridicularizá-la.

- Não era pra você saber. - foi se levantando quase chorando.

- Ei, ei, ei... calma aí. - agarrou a mão dela e a fez voltar a se sentar. - Por que não poderia saber? Você é minha namorada, eu gosto de saber sobre tudo na sua vida. Ia me esconder até quando?

- Até sempre. Não é algo do qual me orgulhe.
Sarah chegou mais perto e segurou o rosto
dela.

-Por que amor?

- Eu tive medo. Já namorei alguns caras, mas poucos e nunca parti para os finalmente.
Sempre acontecia alguma coisa e eu ficava com medo, acabava não deixando. Aí veio Viviane e ela até que tentou, mas... Doeu e ela não teve muita paciência. Disse que eu teria de resolver isso sozinha. - em momento algum olhou para Sarah. Estava mesmo envergonhada e não conseguia encarar a morena.

- Não tem vontade de tentar?

- Às vezes sim, às vezes não. E se doer, sangrar?

- É comum, mas também pode não acontecer nada disso. Tudo depende de como você está no momento da penetração. - olhou pra ela com carinho. - Ô linda, se não quiser não falamos mais no assunto.

- Se você perguntou é porque estava com alguma coisa em mente.

Sarah não quis esconder e abriu o jogo.

- Eu comprei um lance aí. - sorriu meio sem graça, coçou a cabeça. - Mas eu jogo fora.

- Podemos tentar, um dia. Você promete que se eu sentir dor vai parar?

MEDIDA CERTA |SARIETTE |ADAPTAÇÃO| CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora