Mais um capítulo dessas coelhas kkk 🌚
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Jantar pronto e servido, todas se deliciavam.
Preferiram jantar na varanda no andar de cima mesmo. Falaram de suas profissões, de viagens, do primeiro beijo de cada casal. Vero e Lucy haviam se conhecido pela internet, namoraram virtualmente e só depois de quatro anos se encontraram pessoalmente.- Gente! Quanto tempo! Eu não aguentaria. - a morena falou.
- Eu não teria é paciência. - foi a vez de Juliette comentar.
- Foi um tempo em que estava muito só, recém-saída de um relacionamento e a presença de Lucy, ainda que pelo computador, me ajudou
muito.- Já comigo foi diferente, precisava dar um tempo da vida boêmia e ela me ajudou muito.
Vero contou que muitos amigos foram contra e que até se afastaram dela, mas depois se acostumaram com o namoro virtual. E quando Lucia foi à cidade dela pela primeira vez todos a trataram bem. A família de Lucia não aprovava o relacionamento, já a de Veronica não se importava, até porque ela só tinha uma irmã mais velha e que morava longe.
- Quando a família não é a favor, tudo fica mais difícil. A aceitação tem que vir de casa primeiro.
- falou a professora.- Por isso tenho tantas neuras, fui expulsa de casa por ser gay. - Juliette falou mais triste. -
Nunca mais vi minha família.- Te garanto que estão todos arrependidos hoje.
Se privaram de conviver com uma mulher super inteligente, de sucesso e não têm o privilégio de ter a sua ajuda e sua presença. - Sarah quis consolá-la.- Não me importo mais. Meninas, falei com Sarah que ter conhecido vocês me ajudou muito. - mudou de assunto. - Quando vim pra cá estava numa fase complicada de aceitação, hora ficava bem, hora insegura. Vendo vocês eu percebi que todo casal gay tem problemas e no fim é igual a qualquer casal. Paga contas, trabalha, esconde, camufla às vezes, mas não deixa de viver.
- O que muda é o seu ponto de vista, Juh.
Quando as pessoas passam a saber da nossa sexualidade, elas tendem a mudar. Só fica quem é amigo mesmo. Da mesma forma que você perde alguns, ganha outros. E a lei da compensação. - Vero falava. - Pensa que não se deve nada a ninguém, que ninguém tem nada com sua vida. Não é fácil, porque no fundo tem sim, devemos satisfação a patrão, a cliente, a sociedade mesmo. Eu não acho que o preconceito vai acabar de uma hora pra outra, seremos aceitos, mas somente se impormos respeito e mostrarmos que somos iguais. Eu pago conta que nem o meu vizinho, trabalho que nem minha chefe, dirijo como o motorista de táxi da esquina.- Precisamos nos sentir iguais. Enquanto não fizermos isso, nós mesmas vamos ressaltar a diferença. - Lucia completou.
Sarah ouvia as duas falarem e guardava cada palavra. Sabia que aquilo tudo surtiria mais efeito em Juliette . Ainda que ela falasse, quando eram pessoas de fora o impacto era maior.
Gostou da conversa e deixou que se estendesse.
Ver que sua mulher estava mais segura e firme em sua posição.- Nossa! Falamos hein! - Lucia esticou as costas. - Vamos querida?
- Calma que tem sobremesa. - Juliette correu pra pegar e enquanto ela foi Sarah aproveitou pra agradecer as duas.
- Gente, muito obrigada pelo papo. Não sabem quanto vai fazer bem a ela.
-Juliette escuta tudo né? Mineira legitima, fica só observando, pra depois assimilar e dar o veredito. - riu a professora.
- Ela precisava conhecer mais pessoas, casais como a gente. E vocês caíram do céu, obrigada mesmo. - sorriu.
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MEDIDA CERTA |SARIETTE |ADAPTAÇÃO| CONCLUÍDA
FanficJuliette saiu de casa com dezessete anos. A morena saiu de MG para morar no RJ. Foi onde cresceu profissionalmente. Só que no passar dos anos se fechou para o amor. Sarah é uma publicitária, que trabalha para uma empresa de grande porte, no mercado...