No café Carla a escutava pacientemente...- Ficou com raiva. - foi a última frase que disse ao contar o que tinha acontecido para a secretária.
-Ah jura que ela ficou brava?! Que mulher mal humorada, não? - debochou.
- Deixa de ser palhaça.
- Eu que sou a palhaça aqui? Talvez esteja enganada. - saiu deixando a outra sozinha e de boca aberta.
- Ta ficando abusada essa mulher. - falou entre dentes.
Carla se trancou em sua sala e ligou para a agência pedindo pra falar com Sarah.
- Mulher ela ta pisando em ovos aqui. Toda preocupada.
- Ridícula aquela cena dos dois, achei aquilo uma infantilidade e não esperava isso dela. Quando penso que dou um passo pra frente, na verdade estou dando dois pra trás. Juliette é imprevisível demais e muito, mas muito imatura. Parece outra pessoa com essas atitudes bestas.
- Ela fez pra implicar com você, tenho certeza disso.
-Quer implicar comigo? Então seja mais criativa, porque me provocar ciúme é golpe baixo. Tenho horror disso! Ela que fique com ele e suas massagens então. Vou viajar e não quero vê-la até voltar e se prepare, amanhã vou mandar o pessoal aí pra fazer a reforma da sala dela. Pegue tudo que puder e deixe na sua sala, depois que a dela estiver pronta eles vão reformar a sua também.
- Meu Deus! Vou comprar um calmante pra dar a ela então, a mulher vai enfartar... Sarah riu do outro lado da linha e desligou.
Preparou tudo com a equipe que faria a reforma e deixou marcado para o dia seguinte. Juliette passou o dia tentando falar com ela. Tentou de todas as formas, e-mail, celular, na agência e até um motoboy que deixou um envelope com uma pequena caixa para a publicitária.
-Meu Deus, olha o que estou fazendo! Nunca usei serviço de motoboy pra mandar cartinha pra namorada. Que coisa pavorosa! - falou a chef pra si mesma.
- Pavoroso ou não, estou orgulhosa de tentar falar com ela e se empenhar em consertar o que fez. Significa que aí dentro ainda tem um coração e não uma pedra mineira. - disse Carla entrando na sala. Pegou alguns envelopes e ia saindo.
- Aonde vai com isso? - Juliette perguntou surpresa.
- Vou... vou levar pra dar uma revisada nessas notas, acho que não foi tudo pra contabilidade.
- Hum... - a chef olhou desconfiada.
Carla queria ajeitar tudo e iria aproveitar que
Juliette sairia mais cedo pra preparar tudo pra obra. Quando ela saiu, Carla acelerou a mudança.
Não queria nem pensar no quão irritada ela ficaria, na verdade nem queria estar perto, mas não ia ter jeito.Durante o jantar Juliette tentou ligar para
Sarah, mas sem sucesso. Agora, já estava chateada e ao mesmo tempo preocupada com o sumiço da namorada. Quando voltava pra casa, já bem tarde é que recebeu uma mensagem no celular. Se pegou ansiosa para ler, normalmente não tinha esses rompantes, mas o que era normal em sua vida nos últimos meses? Era
Sarah avisando que viajaria no dia seguinte.- Antecipou a viagem? Mas por quê? - se perguntou. Tentou ligar na mesma hora, mas deu desligado. Bufou de raiva e decidiu não pensar nela. O que foi em vão, pois passou a noite lembrando o que tinha feito de manhã e estava realmente arrependida.
Acordou como de costume só que dessa vez sem ter que aguentar o enjoado do fisioterapeuta.
Foi para o escritório, mas achou que estivesse sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo. Sua sala estava uma bagunça total.
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MEDIDA CERTA |SARIETTE |ADAPTAÇÃO| CONCLUÍDA
Hayran KurguJuliette saiu de casa com dezessete anos. A morena saiu de MG para morar no RJ. Foi onde cresceu profissionalmente. Só que no passar dos anos se fechou para o amor. Sarah é uma publicitária, que trabalha para uma empresa de grande porte, no mercado...