Klaus Mikaelson - Não foi você

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Eu estava correndo em direção a morte, e mesmo assim continuava correndo o mais rápido que podia. Somente um pensamento reinava em minha mente, "eu preciso ajudá-lo".

Quando todos tiveram a certeza de que Klaus tinha sido pego pela bruxa mais poderosa que todos já conhecera, sabiam que ela iria usá-lo como uma arma e sabiam o quanto devastador isso seria.

Cheguei correndo no cemitério e vi Klaus parado como uma estátua.

- Klaus? - Chamei baixinho, com receio. Ele não respondeu, nem sequer se virou para olhar para mim.

Era noite, uma nevoa cobria o cemitério e a luz da lua faziam as estatuas dos túmulos criarem sombras gigantes e tudo fazia com que o lugar se tornasse aterrorizante. Eu estava tremendo, mas mesmo assim me aproximei lentamente dele.

- Klaus... Por favor... - Minha voz estava tremula também, indicando que as lagrimas logo apareceriam em meu rosto.
Klaus continuou ali, parado.

Eu finalmente estava perto dele agora e quando olhei para seu rosto vi que estava de olhos fechados, fiquei na frente dele e toquei seu braço levemente.

- Vamos para casa...

Assim que terminei de falar ele abriu os olhos que estavam completamente pretos, os olhos esverdeados e apaixonantes que eu conhecia tinham sumido.

- Meu Deus... - Coloquei a mão na boca que abriu com o susto que foi ver os olhos dele. - O que ela fez com você?

Um movimento súbito com o braço Klaus segura no meu pescoço e me levanta, me debato com o desespero que é ter o pescoço sendo apertado, não sinto o chão em meus pés e Klaus mantém a feição neutra, ele não está bravo, não está triste e nem feliz é como a feição de um robô que simplesmente está seguindo ordens.

- K-Klaus... - Eu tentava falar com dificuldade enquanto batia no braço dele na tentativa de amenizar o aperto.

Klaus caminha até fazer eu bater as costas na parede, ainda segurando o meu pescoço. Já não tinha mais força para respirar e nem para tentar se soltar dele, afinal quais chances um humano tem contra um híbrido?

- Klaus... não... - Minha voz saiu como um sussurro quase inaudível para um ouvido humano, e a partir daí eu aceitei minha morte e parei de lutar.

- Eu t-te... eu te amo. - Eu disse com único ar que restava em meus pulmões e apaguei, pelo menos morrerei aliviada com o fato de que tive coragem de dizer a ele o que sinto mesmo que bem provavelmente ele não tenha escutado.

E pela primeira vez Klaus esboçou alguma reação, ouvir aquelas palavras o fez franzir a testa como se estivesse confuso.

- KLAUS! - Um grito agudo de fundo, era Rebekah junto com Freya, Elijah e Marcel.
Rapidamente Elijah e Marcel tentava segurar Klaus, enquanto Freya começava a recitar um feitiço que parecia latim para libertá-lo das manipulações da bruxa do mal.

[...]

2 dias já havia se passado depois da quase guerra, a bruxa não teve sucesso em seus planos, a família Mikaelson derrotou mais um inimigo. Fui levada pra casa dos Mikaelson as pressas pois estava ferida e o sangue de vampiro não me curou.

Freya fez tudo que pôde para me ajudar e conseguiu chegar à conclusão de que os hematomas eram resultado da magia negra que estava em Klaus no momento que ele me machucou, o sangue de vampiro não iria funcionar, mas iria se curar sozinho com tempo e com os chás de ervas que ela preparava para mim.

Acordei confusa e assustada e ainda me sentia fraca.

- Onde está o Klaus? - Foi a primeira pergunta que minha mente formulou.

- Parece que ele acabou de chegar. - Respondeu Freya.

Desci até a sala, Klaus estava se servindo de Bourbon, estava de costas, mas obvio que me ouviu chegar.

- Não precisa ter medo, não tem mais nenhuma bruxa controlando minha mente.- Ele disse sem se virar.

- Eu não estou com medo. - Eu falo um pouco nervosa.

- Estou ouvindo seu coração acelerado. - Ele fala se virando pra mim.

- Não é medo... e-eu estava preocupada com você.

- Não deveria se preocupar com quem quase te matou. - Ele fala tomando um gole da bebida.

- Não era você... - falo me aproximando.
Mesmo querendo disfarçar, seu olhar me entregou toda sua angústia, ele coloca o copo na mesa e se aproxima de mim tocando meu rosto, seus dedos vão até meu queixo e gentilmente empurra minha cabeça para ficar inclinada pro lado, os hematomas do meu pescoço ficam a mostra, seus dedos acariciaram os hematomas e eu fecho os olhos sentindo meu corpo todo se arrepiar.

- Minhas mãos fizeram isso. - Ele fala baixo.

- Klaus está tudo bem, eu estou bem... - Pego a mão dele e acaricio, ele olha para baixo enquanto tento olhar nos seus olhos quando ele levanta a cabeça.

- Eu não lembro de nada S/n, não lembro de te machucar..., mas tem uma coisa que não sai da minha cabeça, uma coisa que você disse e que talvez possa ser uma alucinação... - Ele me olha confuso buscando respostas.

- Eu disse que te amava... - Disparei e minha respiração parou por um segundo até me lembrar de respirar de novo. - Eu te amo Klaus.

Por alguns segundos ele paralisou olhando em meus olhos, talvez tentando se convencer de que realmente escutou as palavras que eu de fato disse, logo senti a mão dele em meu rosto e a distância entre a gente ficando ainda mais curta, meu coração disparou e ele me beijou de um jeito tão gentil, sua outra mão foi até minha cintura me puxando pra colar em seu corpo e eu estava completamente entregue, coloquei meus braços em volta do pescoço dele e viajei na sensação que aquele beijo estava me causando. Eu nunca mais quero beijar outra boca.

Ele para o beijo colocando as duas mãos no meu rosto e olhando em meus olhos.

- você dizer que me ama foi o que me deu força pra lutar contra a bruxa dentro da minha cabeça... você me salvou antes de qualquer um.

Não consigo segurar as lágrimas que escapam dos meus olhos e que ele gentilmente limpa com o polegar depois de me dar um selinho demorado e beijar minha testa, ele me abraçou forte e eu desejei nunca mais estar em outro abraço.

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