Stefan Salvatore - O amor não machuca

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Narrado por Stefan

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Vivi muitas coisas em meus 170 anos e hoje em dia é difícil algo me surpreender, mas, alguns acontecimentos recentes despertaram em mim sentimentos que haviam caído em meu esquecimento.

Conheci s/n enquanto ela estava no meio de um relacionamento conturbado, nos tornamos bons amigos e me forcei a ignorar qualquer sentimento além disso, mas, chegamos em um certo ponto que não conseguíamos mais negar que era muito mais que amizade.

Mesmo assim me mantive em uma distância segura afinal ela era comprometida e minha obrigação era respeita-la, mesmo eu odiando seu namorado e tudo sobre esse relacionamento, eu ainda a respeitava.

No dia que encontrei s/n com o olho roxo senti meu peito arder de ódio, minha vontade era de ir até aquele babaca, estraçalhar seu pescoço e arrancar seu coração com minhas próprias mãos, mas me contive e fiquei com ela, secando suas lagrimas e tentando amenizar sua dor que era muito além de física. Tudo que eu queria era que ela entendesse que o amor não machuca.

Imaginei que não poderia ficar pior até a noite que ela me ligou chorando, completamente desesperada me pedindo socorro, imediatamente entendi o que estava acontecendo e fui o mais rápido possível ao seu encontro.

Já faz algumas semanas que ela está na minha casa, ainda muito fragilizada e com medo. Ela não deixou que eu o matasse, seu coração é tão grande sendo capaz de ser piedosa mesmo com quem quase a matou, mas o hipnotizei para que ele se entregasse a polícia e depois quebrei alguns de seus dentes com um belo soco.

Agora minha prioridade é fazer com que ela se sinta segura, prometi para mim mesmo que sempre vou protege-la. Em uma tarde que consegui faze-la se distrair de seus pensamentos tristes, paralisei admirando seu sorriso e senti meu coração bater mais forte, nos beijamos, e foi bom, muito bom, mas fiquei preocupado, não queria que ela pensasse que estou querendo me aproveitar de sua fragilidade mas a verdade é que não consigo parar de pensar nesse beijo um minuto sequer.

Hoje ela foi deitar mais cedo e fiquei no meu quarto fazendo umas abdominais quando de repente escuto barulho de choro e gemidos bem baixinho, começo a andar pelo corredor quando percebo que o barulho vem do quarto dela, então abro a porta devagar.

- S/n? Tá tudo bem?

Não tive resposta porque ela estava dormindo e com certeza estava tendo um pesadelo, me aproximei da cama e vi sua feição de sofrimento com lágrimas escorrendo em seu rosto ela se mexia na cama como se estivesse tentando fugir de algo, sentei do seu lado e toquei seu rosto limpando as lágrimas.

- S/n... Acorda...

Ela abriu os olhos assustada se debatendo ainda tentando fugir de seu pesadelo, eu a abracei forte tentando acalma-la e quando seus sentidos voltaram a realidade ela retribuiu o abraço, deitou a cabeça no meu peito e seu choro se tornou mais intenso, levantei seu rosto e gentilmente comecei a limpar suas lagrimas.

- Tudo bem, foi só um pesadelo

- Ele não parava de bater.... ele ia me matar - Disse ela com dificuldade entre os soluços do seu choro - Stefan ele vai achar a gente... ele vai voltar...

- S/n olha pra mim, ninguém nunca mais vai te machucar, nem ele, nem ninguém! Você só precisa confiar em mim... - Eu disse segurando seu rosto com as duas mãos e olhando em seus olhos - Confia em mim?

- Sim... - Ela disse balançando a cabeça e me abraçou forte.

Ficamos naquele abraço por uns minutos, senti seu coração se acalmando e entrando em sincronia com o meu, ela levantou a cabeça e olhou em meus olhos, desviou pra minha boca e como magia o clima ficou intenso como se o tempo e o universo tivessem parados, só existia nós, eu sei o que ela quer mas o medo de parecer que estou me aproveitando me impede de tomar uma atitude, me surpreendo quando ela se aproxima lentamente até nossos lábios se encontrarem, ela me beijou e claro que eu retribui, minha mão foi até sua nuca enquanto o beijo ficava mais intenso.

- Me faz esquecer tudo... por favor... - Ela disse entre o beijo com a voz falhando. Confesso que fiquei um pouco confuso com seu pedido.

- Você quer que eu te hipnotize? - Eu não faria isso mesmo que sua resposta fosse sim, mas ela apenas balançou a cabeça em negativa e me beijou novamente, agora mais intensamente, sua mão pequena e delicada acariciando meu peito e puxando a gola da camisa e eu soube que ela me queria tanto quanto eu a queria.

Ela me puxava como se me quisesse ainda mais perto e o desejo comecou a nos dominar, minhas mãos agarraram sua cintura e lentamente fomos deitando na cama, ela colocou as mãos em volta do meu pescoço enquanto o beijo se tornava mais quente, me encaixei entre suas pernas e nossos corpos já estavam em chamas, mas a droga da minha preocupação ainda me segurava.

- Espera... - Falei afastando meus lábios dos dela - Não quero se que arrependa...

- Não vou me arrepender... - disse ela com a voz rouca, baixa e ofegante - Stefan... eu te amo...

Depois de ouvir aquelas palavras paralisei por alguns segundos para processar e imediatamente uma felicidade genuína explodiu em meu peito, eu sorri e voltei a beija-la com toda a vontade e paixão que estava guardando.

Tirei sua roupa enquanto meus lábios roçavam em seu pescoço e sua pele se arrepiava. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo, meu tato memorizando cada detalhe de suas curvas perfeitamente desenhadas, o que me faz pensar, o que leva um homem que tem tudo isso em suas mãos prefere bater e machucar ao invés de amar?

Beijei cada parte de seu corpo na intenção de substituir as lembranças de dor com prazer, ela geme e se contorce em baixo de mim o que me dá a certeza de que estou fazendo a coisa certa.

Já experimentou algo tão gostoso que sentiu como se seu cerebro fosse derreter? Foi exatamente assim que me senti quando estava dentro dela, o movimento de vai e vem devagar, ela cravando as unhas nas minhas costas e gemendo no meu ouvido foi a combinação perfeita. Observei sua reação enquanto aumentava a velocidade, ela revirou os olhos e mordeu o lábio inferior então me dediquei para que ficasse ainda melhor.

Nos declaramos inimigos do fim quando após mais um orgasmo ela pedia mais com a voz manhosa e eu atendia a seu pedido feliz me tornando um servo dedicado a atender seus pedidos e desejos, até que o cansaço tomou conta e ela perdeu a força de arranhar minhas costas, confesso que eu também estava mais ofegante que o normal. Ajeitei ela no meu peito cobrindo seu corpo com o lençol, ela fechou os olhos e dormiu rapidamente pelo cansaço, meus dedos acariciavam sua cabeça e fiquei ali admirando sua beleza e sorrindo feito um bobo, aproximei meus lábios de seu ouvido.

- Eu também te amo. - Eu disse em um sussurro.

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⏰ Última atualização: Dec 13, 2023 ⏰

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