Um amor tão obvio

Onze

Esse capítulo tá meio...sla.. só entreguei nas mãos de deus.
***

-Eu não acredito que estamos aqui. -

Clara declarou com um sorriso de orelha a orelha, ninguém nem precisava perguntar se estava feliz, sua expressão já dizia por si só. Não somente a dela.

Estavam os quatro, Arthur carregava a menina nas costas e ele nem parecia ter dificuldade em executar o ato, como se o peso da menina não interferisse em nada. Dayane e Caroline andavam lado a lado de mãos dadas. O silêncio e o barulho de grilos eram os únicos sons que podiam escutar até então.

-Ninguém acredita. - Caroline afirmou.

-Quantos anos você disse que tinha mesmo? - Perguntou Dayane ao guarda que parecia tão perdido quanto as meninas.

Ele aceitou guardar o segredo delas tranquilamente, principalmente quando entendeu que se isso saísse dali, poderia acabar mal para sua namorada que não iria mais poder ser sua namorada e ele não estava disposto a perde-la. Com um guarda agora do lado delas, seria mais fácil uma ver a outra.

-19. -Respondeu. Seus olhos eram azuis da cor do céu, era claro e ele era loiro. Tinha ombros largos, porte físico de um homem bastante treinado.

-Você está namorando um rapaz de 19 anos? - Dayane perguntou para Clara que cerrou os olhos em afronte para seu tom incrédulo e acusador.

-Qual o problema? Temos só três anos de diferença. - Argumentou. -Além do mais, Hegenówya não parece se importar muito com idades. Você precisava ver quantos velhos cortejaram a Caroline no dia do recrutamento para um noivo. - Lembrou e Carol expressou uma careta lembrando das vezes que tivera que dançar recebendo cantadas baratas.

-Sinto muito, linda. - Dayane expressou ressentimento estreitando os lábios e em seguida indo depositar um beijo em sua bochecha.

-E você tem quantos anos? - Arthur perguntou para Dayane.

-24. Não é tão distante dela. - rebateu e ele afirmou com a cabeça.

Era estranho para um guarda estar interagindo com alguém que ele sempre ouviu que deveria ser atento, era estranho para Dayane também, não fugir de um.

Para todos ali parecia irreal. Estavam conseguindo misturar água e óleo sem nem saber como.

-E então...o que podemos fazer? - Perguntou Clara saindo das costas do namorado e em sequência ele estava passando o braço por volta dos seus ombros. Ela abriu um sorriso o encarando e logo voltou as meninas.

-Eu sugiro que façam algo que nunca fizeram. - Dayane se pronunciou.

-Somos princesas, não prisioneiras. Não há nada que não tenhamos feito. - Clara corrigiu e viu um sorrisinho malicioso surgir no canto da boca da Dayane.

-É mesmo? - Perguntou provocante. -Por que tenho certeza que posso listar várias coisas que nunca nem passou perto de vocês poderem fazer. _ Relatou com um ar superior que fez Clara rosnar revirando os olhos.

-E o que você sugere? - Carol perguntou deixando de observar o chão para encara-la.

-Uma aventura. Altamente perigosa e completamente divertida. - A hipérbole em seu tom de voz foi forçada, mas conseguiu deixar todos ali excitados para saberem logo ao que ela estava se referindo

-Sugiro que tirem os sapatos. - Comentou tirando os seus.
***

- Todos prontos? - Dayane perguntou tentando moderar a voz para fazer com que mesmo na distância, eles pudessem ouvir o que estava a dizer.

Levantou o indicador como se estivesse começando uma contagem.

- Tem certeza que isso é seguro? - Caroline sussurrou. Estava na frente da porta ao lado da Dayane. A morena abriu um sorriso treloso negando com a cabeça.