Doze

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Esse capítulo é grande, deu trabalho int se tiver algum erro RELEVEM!

Boa sorte..
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-O que eu conversei sobre ter um sono de beleza? – A repreensão passou despercebida por uma Caroline distante o bastante para não se sentir culpada por não ter se esforçado mais durante a noite. Tomada por seus devaneios, a princesa sentia a indisposição pesar seus ombros em uma carga que ela não estava acostumada a carregar.

O peso de amar.

O gosto amargo que ele deixava quando tudo o que se tinha em sua frente era negação ao que podia dar certo. O vazio em seu peito sendo alimentado por lembranças, lembranças essas que causava dor ao mesmo tempo que relaxava. Ter aquele sentimento agora parecia algo incompreendido e era tão difícil de lidar com ele de maneira unilateral.

Nos últimos três dias, Dayane não foi vistar Caroline em nenhuma das noites isso a destruiu de uma maneira que nunca pensou que poderia ser destruída. Estilhaçou-a em milhares de pedaços fazendo todos os seus dias serem comprometidos por uma onda de tristeza e angústia. Caroline não conseguiu dormir direito durante as noites, quando conseguia cochilar, acordava mais cansada do que antes, com uma insatisfação em levantar para trabalhar. Parecia que não fazia mais sentido se esforçar para conseguir algo se isso ocasionasse na perca da sua principal conquista. Uma que não foi programada como tudo em sua vida, uma que não tinha nem a intenção de entrar nela e principalmente, nem imaginava a proporção que se tornaria importante na vida de uma princesa.

Caroline voltou de seus devaneios depois de perceber que alguém tinha lhe dirigido a palavra.

–Desculpe. – Sua voz estava fraca como se não tivesse vontade de estar ali.  –Tive apenas um pesadelo. – mentiu tentando abrir um leve sorriso.

Era finalmente o dia de seu casamento. Estava sendo preparada por várias mulheres, uma para cada detalhe que usaria. Unhas, cabelos, maquiagem, vestido. O penteado já tinha sido concretizado, agora a menina estava em um roupão branco sentada numa cadeira confortável enquanto a maquiadora tentava fazer milagre para esconder suas olheiras e falta de vida em sua face.

–Você vai ficar magnífica nesse vestido, minha irmã!!. – Clara parecia ser a mais radiante do dia.

Chegou carregando um vestindo com várias informações decorativas em questões de decote, rendas, babados. Ele era maior que Carol uns quinze centímetros, isso foi programado proposital para fazer de sua entrada triunfante com um buquê de rosas em sua mão, um desejado sorriso forçado e o belo vestido se arrastando no tapete vermelho.

Em Hegenówya, um casamento não tinha como entrada o padrão de outros impérios onde a princesa tinha que entrar ao lado de seu pai enquanto o noivo a esperava na frente no altar. Lá eles tinham o costume adaptado da Princesa entrar ao lado do noivo simbolizando a caminhada até o altar, o longo processo que tiveram que percorrer juntos resultando finalmente na concretização matrimonial.

Mais uma das hipocrisias daquele reino, pois todos sabem que não houve um processo que percorreram juntos, apenas ordens que cumpriram por não ter nenhum outro meio.

Carol abriu um suave sorriso com a empolgação da irmã, seus olhos estavam fechados por uma ordem da maquiadora.

–Se quiser usar ele no meu lugar, fique a vontade. – Sugeriu e a negação que a irmã apresentou de várias maneiras fez finalmente a princesa achar graça verdadeiramente.

–Deixe disso, filha. – Rose anunciou entrando no quarto.

O casamento seria no enorme salão de festa do próprio castelo, estava tudo devidamente posto em seus lugares, só faltava os convidados e os noivos.

Um amor tão obvioOnde histórias criam vida. Descubra agora