Um amor tão obvio

Oitavo

Eu só tô postando hoje pq..hoje é hoje né. Vai permanecer sendo um dia importante.

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Três dias haviam se passado desde seu primeiro beijo. Seria mentira se dissesse que Carol não estava radiante, ainda mais quando durante todos os esses últimos dias que se passaram Dayane cumpriu com sua palavra e foi visitá-la para ensinar alguns truques de escape. Impossível era achar que tudo aquilo permanecia sendo um sonho e que se fosse, não seria Carol quem gostaria de acordar.

Como tudo não é flores, a realidade fixa da princesa permanecia colocando pressão, o casório estava para acontecer em menos de duas semanas a coroação logo após. Uma grande mudança estava prestes a acontecer e ela teria que se adaptar —O que é estranho porque ela já deveria estar adaptada — aquela era sua realidade e sempre foi. Viver um mundo paralelo completamente diferente dele chegava a ser loucura.

De qualquer modo, Caroline em uma tarde ensolarada tinha que distribuir sorrisos falsos para pessoas que usurpavam de sua classe. Era uma comemoração que tinha todos os anos em aniversário de Hegenówya que estava a completar 147 anos da batalha que fez o tataravô da Carol ter a posse de toda a localização.

A princesa estava com o braço enroscado no antebraço do Edward enquanto caminhavam sobre a grama bem cortada e recente de um jardim altamente valorizado, haviam várias pessoas —De boa conduta — conversando e interagindo brilhantemente, parecia até que estavam encenando uma peça de teatro. Cada um devidamente posto em seu papel e todos falsos uns com os outros, exceto as duquesas que davam encima descaradamente dos príncipes visitantes, viscondes, barões, etc..

Só quem sabia verdadeiramente o que acontecia por trás que não tinha a capacidade de cair em toda aquela pabulagem. Caroline se assustou quando esteve imersa em todas as papeladas dos grandes generais e famílias que sempre achou ser pura, deveras se assustou com as coisas sujas que estavam envolvidos.

-O que estás a pensar? - Perguntou Edward observando o estado silencioso da noiva. Carol percebeu estar sendo direcionada a palavra e liberou um suspiro passando pela última vez o olhar por todas as pessoas que ali estavam.

-A capacidade dessas pessoas sorrirem carregando um fardo obscuro nas costas. – Respondeu e o príncipe ficou alheio do início da pronúncia da Carol que acenou com a cabeça em uma direção.   –Sabe aquele senhor? Com barba grisalha e cabelos parecendo um espantalho?. - Perguntou e quando o jovem de cabelos brancos afirmou com a cabeça abrindo um sorriso, Carol voltou a encara-lo.

-Ele seduziu uma condessa altamente jovem e de boa descendência, casou-se com ela e a matou para conseguir ficar com seu posto de influência, teve que assassinar sua irmã também para que os bens não fosse repartido com a tal, aparentemente eles não se davam muito bem. - Comentou, e só soube disso depois que leu o relatório que um dos serviçais dele fez, mas ninguém quis acreditar no rapaz e o demitiu logo em seguida.

–Agora ele está aqui, com um posto de alta influência, cumprimentando a todos e recebendo créditos por algo que não deveria. Sem nenhuma dignidade. – Lamentou.

-Se ele fez esse horror, porque está solto? -

-O cargo que ele conseguiu ao fazer isso, fez ele ter renda para cobrir qualquer mandado à prisão. Por mais que prenda-o, ainda sim ele conseguiria se soltar, então o mantém solto sobre a condição de auxiliar com despesas de grandes festas como essas. - Respondeu.

-O que para ele não deve ser problema algum, pois isso gera somente mais elogios. – Ponderou vendo o rapaz ao seu lado se remexer desconfortável dentro das próprias roupas e Caroline abriu um sorriso divertida depois que percebeu.