58. Melinda é ela mesma

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Com Vincent...

Estaciono o meu carro aonde minha mãe disse que está a Melinda, saio do carro ajeitando a minha jaqueta de couro, solto um suspiro pesado e entro no local.

Olho ao redor e encontro a Melinda algemada com os braços para cima.

Melinda- Chegou o pateta sentimentalista –Reviro os olhos-

Vincent- Essa não é você falando –Falo fechando a porta do local- não é a Melinda que eu conheço

Melinda- Ou talvez essa seja a verdadeira Melinda –Falo mexendo meus braços tentando me soltar-

Vincent- Não, não é –Nego- a Melinda que eu conheço é doce e amorosa

Ela ia falar alguma coisa, mas eu coloco minhas mãos em sua cabeça para que ela veja a lembrança que eu quero.

Vinte e dois anos atrás...

Vincent- Está pronta para isso? –Pergunto cortando dois pedaços da pimenta-

Melinda- Estou –Respondo dando um sopro me preparando- manda ver

Cada um de nós pegou um pedaço.

Vincent- No três –Falo com o pedaço da pimenta em mãos- um, dois e três –Colocamos na boca na mesma hora-

Em menos de dois minutos Melinda começa a fazer caretas e a querer tossir.

Vincent- Você quer cuspir? –Pergunto com um sorrisinho provocativo- nem é tão picante assim

Ela nega tossindo e eu dou risada.

Melinda- Aí, meu Deus, eu não...eu não...consigo respirar –Falo com os olhos lacrimejando-

Vincent- Eu estou super de boa –Falo tranquilo-

Melinda- Eu...não... –Começo a tossir-

Vincent- Então cospe, você vai perder –Falo a olhando-

Melinda- Eu...não...foda-se –Cuspo o pedaço da pimenta tossindo muito-

Levanto os braços comemorando por ter ganhado.

Nos dias atuais...

Melinda- Que patético, uma brincadeirinha de criança não será capaz de me trazer de volta –Falo em um tom frio e dou um mortal para me soltar das algemas e consigo- eu vou matar você –Parto para cima dele com tudo-

Seguro o seu braço e a empurro para me afastar dela só que não adianta por que ela me golpeia com um soco na boca, me desequilibro e caio no chão.

Desde que a Melinda está em coma eu não tenho me alimentado de sangue, ou seja, estou há quinze anos sem sangue, nem sei como estou de pé.

Eu trouxe um último recurso caso não conseguisse de forma alguma trazer ela de volta, tiro uma estaca de carvalho preto do bolso da jaqueta e a direciono na direção do meu coração.

Melinda- Suicídio? –Pergunto retoricamente e toco na estaca- que patético fazer de tudo por amor

Vincent- Eu não quero viver em um mundo aonde você não está, não quero ficar sem você –Ia cravar à estaca em meu peito-

Melinda- NÃO –Grito desesperada do nada-

Ela se afasta de mim e abre a boca deixando uma fumaça preta sair de dentro dela, o que me faz deduzir que seja o Void, Melinda cai no chão muito fraca, vou correndo até ela.

Vincent- Melinda, você está bem? –Pergunto muito preocupado-

Ela me olha e começa a chorar desesperadamente, a tomo em meus braços no abraço muito apertado na intenção de acalmar ela.

Minha Melinda voltou para mim, não posso estar mais feliz.

Melinda- O que...o que...o que...eu me tornei? –Pergunto chorando muito-

Vincent- Já passou, já passou –Falo tentando acalmá-la-

Melinda- Você ia mesmo se matar por minha causa? –Pergunto me soltando do abraço-

Vincent- Para falar a verdade eu nem sei –Respondo com sinceridade- eu fiz isso para você voltar para mim e deu certo

Ela se levanta ainda um pouco atordoada e enxuga as lágrimas.

Melinda- Eu quero ir para casa –Falo sem olhar para ele-

Vincent- Vem, eu te levo –Saímos do local aonde estávamos-

Entramos no carro e fomos o caminho inteiro em absoluto silêncio, em questão de trinta minutos chegamos, saímos do carro e entramos na mansão, Vitória e Noah arregalam os olhos ao ver a Melinda.

Vitória- Irmã, é você mesmo? –Pergunto me levantando-

Melinda- Sim, sou eu mesma –Dou um sorriso fraco-

Noah- Você está de volta –A abraço muito forte-

Vitória se junta ao abraço e os três choravam no abraço.

Liz- Você conseguiu, filho –Toco em seu ombro- trouxe a Melinda de volta

Vincent- Ela finalmente voltou –Sorrio feliz olhando para Melinda-

O diário de Éden Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora