68. "Você vai amar de novo"

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Com Marcus...

Estou neste exato momento sentado no banco de trás do meu carro ao lado da minha filha, não estou bem para dirigir e por isso quem está dirigindo é a Nicole.

Vitória- Papai, eu posso te chamar assim? De “papai”? –Pergunto brincando com o cinto de segurança-

Marcus- Lógico que pode –Falo olhando para a parte de trás do carro-

Estou olhando para a janela de trás procurando se há algum carro nos seguindo ou algo do gênero.

Nicole- Marcus, o que você tanto procura aí atrás? –Pergunto olhando para ele pelo espelho retrovisor-

Saio do transe, me ajeito no banco e respiro fundo.

Marcus- Nada, não estou procurando nada –Respondi apreensivo-

Vitória- Titia Nicole, nós vamos comer aqueles churros? –Pergunto com uma carinha fofa-

Nicole- Vamos sim, florzinha –Respondo e ela comemora-

O carro para do nada e meus olhos de six-híbridos aparecem pensando que pode ser alguma ameaça, mas noto que foi por que chegamos no parquinho, meus olhos voltam a cor normal.

Respiro fundo olhando tudo ao redor pela janela, saio do carro ao ver que estava tudo normal, Nicole sai do carro junto com a minha filha.

Nicole- Vitória, não vai muito longe, por favor –Peço me abaixando para ficar na sua altura- qualquer coisa é só gritar, está bem? –Ela concorda com a cabeça- pode ir lá brincar –Ela sai correndo para o balanço-

Caminho até um banco que havia ali e me sento.

Nicole- Marcus, você quer conversar? –Pergunto me aproximando de onde ele estava-

Marcus- Conversar sobre o que? –Pergunto me fazendo de sonso-

Nicole- Sobre você estar sofrendo de estresse pós-traumático –Respondo óbvia-

Marcus- Eu estou bem –Minto mexendo no bolso da minha jaqueta-

Nicole- Não é o que a sua perna e mão dizem –Aponto-

Olho para minha mão direita e perna esquerda, logo percebo que estavam tremendo muito.

Marcus- Está bem... –Respiro fundo- eu só estou com muito medo do Peter ou da Rowena aparecer aqui do nada –Falo pegando um cigarro e o isqueiro-

Nicole- Ei, relaxa –Me sento ao seu lado- nós estamos usando um feitiço ante localização, eles não podem nos achar

Marcus- Vamos mudar de assunto, por favor –Peço acendendo o cigarro- você ainda está na escola, não é?

Nicole- Sim, estou –Respondo- no último ano, ainda bem –Ele segura uma risada-

Marcus- Eu não vou mais frequentar a escola –Falo soltando a fumaça do cigarro- pelo certo eu teria que terminar o último ano, mas eu já tenho 25 anos e me recuso a frequentar uma escola com essa idade, fora que eu já sei tudo o que a escola pode me ensinar

Nicole- Metido –Falo em um tom divertido e ele controla a risada outra vez- por que você está controlando a risada? –Pergunto sem entender-

Marcus- Eu não sei, pior que não sei –Respondo confuso comigo mesmo-

Nicole- Eai, como se sente sendo pai de uma criança de três anos? –Pergunto mudando de assunto e olhando para a Vitória que brincava com uma criança no escorregador-

Marcus- Eu não sei direito, me sinto perdido por não saber como é ser pai, mas muito feliz por que isso sempre foi um sonho meu –Respondo- na verdade, eu quero ter mais filhos, tipo uma creche, eu imaginava uma casa cheia de crianças correndo –Ela dá risada- antes esse sonho era tão real com a Claire, mas agora é tudo tão...tão escuro –Falo com os olhos marejados-

Nicole- Você vai amar de novo e vai ser tão épico como dá primeira vez –Falo olhando para ele-

Marcus- Aonde eu irei achar outra mulher? –Pergunto a olhando-

Nicole- Talvez você já tenha encontrado –Falo olhando em seus olhos-

Começamos a trocar olhares, meus olhares intercalavam entre sua boca e olhos.

Vitória- Papai e titia Nicole –Apareço do nada-

Nos afastamos rapidamente e nos ajeitamos.

Nicole- Oi, florzinha –Falo olhando para Vitória-

Vitória- Eu preciso de ajuda para subir na gangorra –Aponto para o brinquedo-

Marcus- Eu vou com você –Me levanto e pego em sua mãozinha-

Fomos para a gangorra juntos.

O que aconteceu agora?

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