10 | Grateful

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Kim Sunoo

Mesmo que eu tivesse levado Sunghoon para o meu lugar preferido, que me trazia muitas lembranças, tanto boas quanto ruins, beijá-lo naquele dia não estava nos meus planos, mas acabou acontecendo, e da melhor forma possível.

Sua declaração meio que sem querer foi algo que me deixou bem surpreso, e confesso que quase tive um ataque cardíaco, porque meu coração não conseguia parar quieto dentro do peito.

Quando ele me beijou, eu senti como se tudo que eu estava sentindo tivesse se multiplicado milhares de vezes. Vários sentimentos juntos de uma vez só, como uma onda gigante de emoções.

No momento em que Sunghoon nos afastou, tudo que eu fiz foi puxá-lo de volta, porque eu não queria de jeito nenhum perder aquele contato.

Durante o tempo que passamos juntos olhando as estrelas depois que nos beijamos, eu me dei conta que antes mesmo de me aproximar de Sunghoon, eu já gostava dele, por causa daqueles mínimos contatos visuais que tivemos e a minha determinação em me aproximar dele, por isso aquele sentimento tão intenso em pouco tempo, que na verdade já existia e só foi crescendo no meu coração até não sobrar mais espaço para dúvida.

Assim que Park me disse que deveria ir embora, eu não insisti que ele ficasse apesar de querer muito, porque eu meio que fiquei com vergonha de pedir, e eu não queria parecer grudento, pois afinal, nós só nos beijamos, não era como se eu estivesse namorando com ele.

Depois que nos levantamos da grama para voltarmos à frente da minha casa, pedi para Sunghoon me mandar seu endereço pelo celular, porque por mais que eu já tivesse ido a casa dele, eu não sabia muito bem o endereço exato para poder explicar ao meu pai, o qual eu ainda estava um pouco hesitante da ideia de convencê-lo a levar Sunghoon em casa, mas eu havia dito que ele o levaria, então tinha que cumprir com o que eu disse.

Park me perguntou novamente se não iria incomodar meu pai, e eu assegurei sorrindo que não, percebendo que ele também parecia sentir que incomodava as pessoas, o que era a última coisa que ele fazia.

— Por que você não quer que eu volte sozinho? — Sunghoon perguntou de repente, quando paramos em frente a porta de entrada da minha casa, fazendo meus olhos se arregalarem de imediato e minhas bochechas ficarem vermelhas.

— Eu... me preocupo com você — respondi um pouco baixo pela timidez, abaixando meu rosto.

— Eu também me preocupo com você, Sunoo-ssi. — Sua resposta me fez voltar a encará-lo nos olhos, vendo um sorrisinho em seus lábios, que também me fez sorrir.

Era tão bom ver alguém se preocupando comigo, mesmo que talvez fosse algo bobo, era muito importante pra mim.

Enquanto abria minha mochila para pegar as chaves da porta, convidei Sunghoon para entrar, mas ele disse que preferia me esperar ali fora mesmo, e aceitei sua escolha.

Assim que abri a porta, vi meu pai sentado no sofá, assistindo a algum programa de televisão que eu não prestei atenção o suficiente para saber qual seria.

— Pai... — chamei receoso, no momento em que fechei a porta atrás de mim, tentando chamar a atenção do citado.

— Lembrou que tem casa, foi? — Ele se virou para onde eu estava, me encarando com frieza, que cada mais me destruía, por saber que meu próprio pai me tratava daquela forma. — Vai ficar aí parado ou vai me dizer o que você quer?

Mesmo ainda com um pouco de medo que ele não aceitasse meu pedido, juntei minhas forças para dizer o que que realmente precisava, e me aproximei dele, colocando minha mochila em uma poltrona que havia na sala.

First Love | SunsunOnde histórias criam vida. Descubra agora