12 - Stay (Fique)

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Notas da Autora

Dica importante: se você ler esse capítulo ao som de Stay, da Rihanna, a experiência da leitura será ainda mais incrível.

oOoOoOoOo

— Você não pode deixar ela ir embora.

Severo reconheceu a voz instantaneamente, mas não o viu até que ele despiu-se de sua capa de invisibilidade.

Harry Potter.

Severo o encarou e viu a cor se esvair do rosto do menino-que-sobreviveu, deixando-o pálido como uma folha de papel. O olhar de Harry estava fixo em Hermione e nos incontáveis fios que saíam dela.

O bruxo mais novo continuou a encarar a mulher na cama do hospital e Severo focou em não expressar nenhuma emoção no rosto, mirando, com os olhos desdenhosos as vestes oficiais do famoso auror do Ministério da Magia.

— Potter.

— É estranho vê-lo vivo. — suspirou. — Vi o brilho de vida deixar seus olhos

Severo olhou para ele, os olhos negros estreitos.

— Se fosse um auror na época, — Severo disse com desdém — um competente auror devo acrescentar, talvez houvesse a mínima chance de você ter percebido que não foi o caso. Embora, eu não ache que, mesmo hoje, você possua a inteligência necessária para entender, Potter.

Harry emitiu um ruído no fundo da garganta.

— Não me diga que está um pouco feliz em me ver. Poupe-me. — continuou Severo com a voz seca e percebeu o esforço de Potter para ignorar sua fala.

— O que ela tem?

— Você sabe qual é o problema dela. — respondeu Severo. — A pergunta que realmente importa é: como você nos achou? Suponho que a internet não foi sua fonte de notícias.

— O legado de maldições e devastação acabou, Snape. — Harry disse didaticamente — Não temos ocorrências de maldições imperdoáveis hoje em dia. Quando ocorre, é comum que o único auror que já sobreviveu a uma delas, seja enviado ao local.

— Como se o potencial do perigo fosse reduzido por sua mera presença. — Severo soltou irônico.

— Isso realmente não importa. — disse Harry encarando pela primeira vez Severo. — Você vai mesmo deixá-la morrer?

Severo não respondeu de imediato, seu olhar saiu de Potter e pousou em Hermione. O silêncio, cortado apenas pelos bips dos equipamentos da UTI.

— Porque está aqui, Potter? Granger não o baniu da vida dela?

Harry suspirou levemente irritado, provavelmente por Snape não ter respondido nenhuma de suas perguntas. Conjurou uma cadeira para si próprio e sentou-se ao lado de Hermione. Lembrou-se de outro terrível momento em que ele sentou-se ao lado dela, e ela também estava completamente inconsciente de sua presença. O momento em que ela estava petrificada na ala hospitalar de Hogwarts. Ele fixou o olhar na expressão do rosto dela, e por um instante achou que fosse desabar em tristeza. Quando falou, tinha a voz estranhamente rouca.

— Sim, baniu.

Severo desviou o olhar de Potter quando notou que lágrimas começaram a brilhar nos olhos verdes do auror. Ele odiava sentimentalismo, mas não podia julgar o bruxo nesse momento, ele mesmo esteve à beira de um colapso, poucos minutos antes.

— Sei um pouco sobre as circunstâncias e, — Severo disse com relutância, tentando disfarçar a gentileza da frase seguinte. — compreendo que isto tenha sido... duro, pela amizade que vocês tinham.

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