Olá, tudo bem?
Já adianto que o capítulo de hoje é longo, mas, servirá para encerrar pontos, construir relações e surpreender. Digamos que é uma importante introdução para os fatos indispensáveis para a sequência e resolução de nossa história.
Espero que gostem, votem e comentem muito...preparem-se, estamos em contagem regressiva.Boa leitura!
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Luiza POV
Pesadelo. Esta era a palavra que definia o que estava vivenciando neste exato instante. Observar o corpo de minha namorada manchado com seu próprio sangue, era uma cena aterrorizante e, a qual, jamais conseguiria apagar de minhas memórias. Me senti impotente e fraca diante da situação, culpava-me por não conseguir adivinhar o que poderia ter acontecido e talvez, salvá-la deste atentado direto contra sua vida. Agora, estávamos no hospital central, já havia avisado os seus pais e irmão, assim como tinha comunicado também minha família, todos, avisaram que estavam vindo ao nosso encontro. Valentina ocupava uma sala particular do hospital, sentada sob uma maca cirúrgica, enquanto o médico analisava seu ferimento com seus instrumentos e extremo cuidado. Diferentemente da postura amedrontada que ostentava, minha namorada parecia serena e pensativa, em determinados minutos, encarava os movimentos do doutor com curiosidade e depois, retornava para o seu modo silencioso, às vezes, olhava-me de canto de olho e lançava-me um sorriso tímido junto de uma piscadela. Apesar de estar envolvida neste cenário adverso e criminoso, não deixava seu charme de lado e toda sua preocupação com aqueles ao seu redor.
Escuto um barulho de batida na porta desta sala/consultório e, a imagem dos meus pais, sogros e cunhado, adentrando o espaço, completamente preocupados. Meu pai foi o primeiro que me avistou, aproximando-se do meu corpo com minha mãe ao seu lado, seguindo com o olhar também, todas as ações de seus amigos neste encontro com a filha. Catarina estava chorosa com Igor ao seu lado, abraçando-a pelos ombros e tentando consolar a mãe, que deixava algumas lágrimas escorrerem por seu rosto. Marcos estava um pouco afastado da mulher e dos filhos, completamente em silêncio, mas com os olhos atentos no médico, que se levantou e dirigiu-se aos presentes.
- A srta. Sartori teve muita sorte. – Ressaltou, retirando sua máscara e luvas hospitalares. – O tiro acertou seu braço esquerdo de raspão, poderia ter rompido algum tecido ou tendão de movimentação, mas, o estouro do projétil afetou apenas sua pele e alguns vasos sanguíneos. Consegui remover a bala sem dificuldade e realizar a sutura, deverá permanecer com uma tipoia imobilizadora em um prazo mínimo de um mês e realizar os primeiros três curativos no hospital, para que possa aprender o processo e seguir normalmente com os cuidados.
- Doutor, existe algum sinal que devemos estar atentos neste período de recuperação? – Questionou Catarina, preocupada e temerosa com os cuidados da filha.
- O local atingido pelo tiro estará dolorido e sensível, considerado um desconforto leve, mas, se esta dor começar a ficar insuportável e houver um inchaço considerável no braço, deve procurar imediatamente médica. Vou entregar uma receita com alguns remédios prescritos para dores ou possíveis estados de febre, realizei também algumas observações sobre os primeiros dias de sua alimentação, os quais, deve evitar comidas com bastante gordura ou carne suína.
O médico estende o papel e agarro suas anotações com rapidez, mesmo que minhas mãos estejam tremendo e meu corpo rígido de preocupação. Analiso seus escritos superficialmente e volto minha atenção para Valentina, que vestia sua camisa com cuidado e acomodava a tipoia em seu corpo. Caminhou em direção da sua mãe e irmão, depositou um beijo em seu rosto e em seguida, aproximou-se do lugar onde estava, envolvendo-me em seus braços. Sentir o cheiro da minha namorada, sentir o calor do seu corpo e sua respiração próxima, atuou como um bálsamo por todo meu organismo, lembrando aos meus instintos que ela estava bem e viva ao lado. A italiana solicitou ao seu irmão que regularizasse a conta do hospital, enquanto seguíamos em direção a saída do prédio, não sem antes agradecer ao médico e equipe, permanecendo agarrada em minha cintura, a qual, agradecia mentalmente.
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Never Be The Same - Valu
FanfictionVocê acredita no amor? Segundo os gregos, o amor é um sentimento dos seres imperfeitos, visto que o amor deve levar o homem o mais próximo da perfeição, por esta razão, trata-se de um sentimento profundo direto do coração. A vida de Luiza e Valenti...