Capítulo 2

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Uma vingança prazerosa.

Tomo um banho correndo. Visto uma calça estilo social. Uma camiseta branca lisa. Calço minhas meias cano alto com estampa de fogo e meus tênis da VIKO branco. Faço o penteado Afro Puff, que sempre me salva quando não quero lavar e finalizar meu cabelo. Me olho no espelho e sorrio. Antes de sair de casa, passo perfume. Entro no Uber e vejo minha casa ficando para trás. Respiro fundo, como sempre faço e pego um tridente. Talvez contar até 3 não resolva, mas respirar fundo... é sempre funciona nesses casos.

— Apartamento número 704. — Falo no interfone. Logo o porteiro libera minha entrada, após eu me apresentar.

Entro no elevador e me olho novamente no espelho. Estou bonito como sempre! Desligo o celular e guardo na pochete da addidas. As porta de metal se abrem e eu respiro fundo antes de sair. Guardo meus fones sem fio e bato na porta de número: 704. Ouço passos e logo a porta é aberta. Um homem alto e de olhos azuis me encara.

— Matheus! — Sorrio e ele abre caminho para eu passar. Entro e vejo o céu. A vista desse lugar é linda.

— Além de lindo, ainda é cheiroso? — Ele elogia. — Assim eu não resisto. — Diz pegando duas taças.

— Não resista, meu bem. — Provoco tirando os tênis. Ele sorrir malicioso. — Stein. Sempre achei esse sobrenome... como posso dizer? Na real, sempre senti tesão.

Ele sorrir.

Me sento em seu sofá maravilhoso. É um pecado esse homem morar sozinho nesse apartamento. Cabe minha família e mais três aqui dentro, ou seja, doze pessoas e ainda sobra espaço. A cozinha e sala da minha casa, não chega nem aos pés do seu quarto. E a cozinha, o que falar? É gigante, acredite.

— Você tá muito lindo hoje! — Matheus oferece a taça, enquanto me elogia. Encaro o líquido vermelho dentro da taça.

— Eu sei! Mas eu não vim aqui para elevar minha própria autoestima, não é mesmo? — O encaro. Ele sorrir descaradamente e avança - literalmente - em mim.

Seus lábios encontram os meus e posso dizer que não é tão prazeroso, não sei porque, mas sinto isso. Suas mãos passeiam dentro da minha camisa. Seu toque gelado me causa arrepios. Sinto sua ereção roçando com a minha. Ele se senta no meu colo e tira minha camisa. Tiro o seu roupão e ele já está totalmente sem roupa. Sorrio encarando seus músculos bem delineados. Seus olhos azuis brilham com malícia, ao me ver sem camisa. Diferente dele, não tenho músculos "bem" delineados. Ele me deixa ficar de pé para tirar a calça. Assim faço e tiro junto a cueca. Nós dois estamos nus um de frente para o outro. Não pense muito Isaac, apenas cumpra seu trabalho.

>><<

Acordo sem pressa e vejo no celular que são mais de duas horas. Eu cheguei aqui às 7 horas da manhã. Bocejo presunçosamente e me levanto sem acordar ele. Visto o roupão dele e sigo para o banheiro. Não me sinto à vontade em andar pelado. Ele não é casado, segundo ele. Tento não pegar tantas informações sobre as pessoas, é melhor para eu conseguir dormir de consciência tranquila à noite.

Tomo um copo de vitamina de banana com mamão que tem na geladeira. Pego cereal de flocos no armário planejado totalmente para esse apartamento. Após tomar um banho delicioso em uma banheira azul, com espuma, visto minha roupa. Pego meu brinde que ele deixou em cima da mesinha e saio sem fazer barulho.

— Bom dia! — Cumprimento o porteiro.

— Se o senhor quis dizer "Boa tarde". Boa tarde, também. — Ele brinca e eu sorrio em resposta.

Coloco meus fones e meus óculos de lente verde, em formato de fogo. Decido voltar andando até em casa. Ando mais focado na música do que no caminho, por isso quase sou atropelado por um cara de bicicleta. Ele se desculpa, mas eu ignoro e sigo meu caminho. Não demora muito para chegar em casa e vejo que meu pai está na sala me esperando.

Uma Droga Chamada Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora