Capítulo 3

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O poder das palavras.

Agora a pouco, tive outra discussão com meu pai, por isso, remarco com um dos clientes. Me arrumo todo e saio de casa sem dar nenhuma explicação.

Ele tem razão. Eu o culpo pela morte dela, culpo por não fazer parte da minha infância. Culpo de ter feito besteira na adolescência e ter perdido a minha adolescência. O tanto que precisei de um pai, mas ele não estava lá e quando teve a chance de estar, fez merda de novo, que resultou em uma morte.

Talvez eu seja cruel por pensar assim, mas a vida é cruel. Possivelmente, eu só esteja fazendo psicologia por causa dela, ou para não deixar se repetir o que aconteceu com ela. Ou até mesmo para me resolver comigo mesmo. Tentar apagar esse rancor que tanto me faz mal, mas sem exito. Ódio é igual a perfume ruim que impregna na gente. É uma planta antiga e cheia de raízes profundas.

— Você que é Isaac? — Um homem questiona. Ele é preto e tem olhos esverdeados. Seus cabelos têm um corte totalmente uniforme.

— Sim. — Respondo e ele me avalia, sorrindo em seguida. — Você é o Pedro? — Pergunto.

— Pode me chamar de Pedrinho. Entre. — Ele abre espaço para eu entrar. O motel em que estamos é bem bonito e grande. Ele deve ter muito dinheiro.

A cama é redonda e com um grande espelho no teto, acima da cama. Luzes coloridas iluminam o quarto. Ele continua de terno, o que me deixa com muito tesão. Sorrio maliciosamente e ele entende. Vejo ele afrouxar a gravata e noto o volume na sua calça social cinza. Ele me serve de vinho. Gosto de vinho por ter um gosto adocicado no início e amargo no final. Ficamos conversando banalidade. As coisas começam a esquentar quando o álcool do vinho me pega mesmo.

Subo no seu colo de surpresa e ele sorrir. Encaro seus lábios carnudos e os desejo. Não os encaro muito, já que ele gruda nossas bocas. Sua língua é bem ágil e habilidosa. Sinto suas mãos grandes apertarem minha cintura e me fazer remexer em seu colo. Todo o quarto parece elevar a temperatura com a gente. Logo estamos todos sem nenhuma peça de roupa. Seu corpo não é totalmente definido, mas é bem atraente.

Começo os beijos pelo pescoço e vou descendo. Ele derrama um pouco de vinho e eu sorrio. Passo a língua onde o vinho escorreu, paro somente na borda da cueca. Mordisco o volume e ele geme alto. Pego a garrafa de vinho e derramo na sua cueca branca. Tudo fica cor de vinho e bem evidente. A glande... as veias. Beijo devagar, vendo-o gemer muito.Logo volto a beijar sua boca.

Ele suga meus mamilos faminto. Suas mãos são firmes e fortes. Ele aperta meus braços, me deixando preso na cama. Sua língua vai descendo até parar na borda da minha cueca. Sinto meu pau pulsar. Ele o tira para fora e começa a brincar. Impossível não se contorce e gemer. Sua língua é áspera e me causa mil sensações diferentes. Elevo meu corpo para ele ir mais fundo e assim ele faz.

— Puta merda, que gostoso! — Agradeço em prazer.

Depois de quase me fazer gozar, somente me chupando, eu começo a chupar ele. Enquanto o chupo o penetro com dois dedos e ele não reclama de incômodo. Com os dedos consigo alcançar seu ponto G e me aproveito disso o vendo gritar de prazer. Se contorcer. Se retrair e geme alto. Aumento o ritmo e ele geme cada vez mais alto.

— Você é ótimo no que faz! — Ele elogia. Estou terminando de me vestir para ir embora. Deve ser umas cinco horas, ou seja, foi uma boa quantidade de horas.

— Sou bom em tudo que me presto a fazer. — Me gabo e ele sorrir.

Pego meu presentinho com ele e saio. Dessa vez foi bem maior que da última vez com Mateus. Assim que olho no celular, tem uma notificação da PicPay. Sorrio e volto para casa feliz e cansado. Minha serotonina está altíssima.

Uma Droga Chamada Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora