Capítulo 23

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Meu amor nunca muda ou acaba.

Hoje eu e Pedro estamos completando 8 meses juntos e consequentemente estamos no mês do meu aniversário. Demorou uma eternidade para chegar meus 18 anos, mas quando chegou, passou tão rápido. Amanhã já completo 19 anos. Pedro me convidou a ir a Cancún que é uma cidade que sou apaixonado e admiro muito. Não sou bobo e aceitei. Apesar de ser praticamente no meio do ano, meu chefe me liberou por 4 dias, assim os feriados que trabalhei não serão pagos e sim descontados. Uma troca agradável, eu diria.

— As malas já estão prontas! — Pedro anuncia, quando entro no nosso apartamento. Ele está sentado na cadeira do piano, deveria estar tocando.

— As minhas? — Questiono, deixando minha mochila em cima do sofá.

Pedro, por ser da administração, tem certos privilégios, como pegar folgas adiantado. Já a faculdade, não tem problemas, visto que viajaremos no sábado e voltaremos na terça, apenas 2 faltas.

— Inclusive as suas. — Ele responde e volta a tocar. Pedro chega bem mais cedo que eu em casa. — Essa música é para você. — Dedica e começa a tocar no piano.

Me aproximo tirando os sapatos. Não conheço o toque até ele começar a cantar a música. Por supuesto, Marina Sena. Ele sempre dá ênfase no refrão: "eu já deitei no seu sorriso, só você não viu...", sorrio e o abraço por trás e canto o próximo refrão junto. O tempo pode passar, mas meu amor e admiração por esse cara não vai passar, nem eu vou deixar passar. Quando eu perceber que o amor está se acabando, eu compro mais energia para mantê-lo ativo.

Viajamos às 6h da manhã, bem no meu aniversário, assim, não me permitindo aproveitar com os amigos e minha família, mas isso não é problema, já que eles me mandaram muitas mensagens durante a madrugada, que só estou vendo agora.

Pedro e eu acordamos às 4h da manhã, para tomarmos café e nos arrumarmos. Passaremos quase 14h viajando, mas isso não é problema, já que estaremos juntos. Saímos de casa às 5h30 de casa, para irmos ao aeroporto de navegantes, que fica a 20 minutos de onde moramos. Contratamos uma pessoa para ficar limpando a casa enquanto ficarmos fora. Fazemos o check-in e já seguimos para o embarque. A fila é imensa e totalmente desorganizada. Me surpreendo mais ainda, quando entramos para procurar o portão 3 - o nosso - e as pessoas estão amontoadas, nos deixando sem entender nada.

— Não é você que gosta de trabalhar com pessoas? — Pedro zoa. O fuzilo com o olhar, enquanto sigo para o portão 3.

— Só não te estapeio aqui, porque estou calmo e resiliente. — Resmungo. Ele gargalha.

Escaneamos o código do check-in e seguimos para subir no avião. Minha cadeira é do lado da de Pedro - menos mal -, entramos e somos recepcionados pelas aeromoças da latam. Nossas poltronas são 21A e 22B. Minha poltrona ficou na janela, o que deixou Pedro com inveja. Sorrio vitorioso para ele, que disfarça um sorriso. O piloto anuncia os sistemas de segurança e os procedimentos a serem feitos. Coloco meu cinto e ele faz o mesmo. Ele deita sua cabeça no meu ombro. O avião começa a se movimentar e me dar um friozinho na barriga e seguro a mão dele.

O avião decola e eu sinto meus órgãos flutuando dentro da minha barriga, assim como também me sinto flutuando. Eu gosto dessa sensação. Eu já viajei de avião, mas faz muito tempo. Conecto os fones e entrego um a Pedro. O sol invade fortemente o avião e todos fecham as janelas, para não ficarmos cegos. Pedro se aconchega mais em mim. Pego uma coberta que trouxe e nos enrolo, já que está um pouco frio. O voo vai ser direto, então tem muito chão... ops, muito céu pela frente.

Acabo cochilando e sinto uma mão atrevida, invadindo minha calça. Acordo assustado e vejo Pedro sorrir malicioso. Tiro sua mão, mas ele volta a colocar ela de novo, dessa vez apertando meu pau que está crescendo na cueca.

Uma Droga Chamada Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora