Uma Droga Chamada Amor.

Capítulo 12

Quem ele é para você, Isaac?

Após tomar banho, passo óleo corporal com essência de melancia. Visto a jockstrap com cuidado e coloco a parte de cima toda encaixada. Me encaro no espelho e sorrio satisfeito. Coloco uma blusa e um moletom para disfarçar o volume em meu peitoral e uma calça jeans. Na maioria dos caras, usar jockstrap e calça incomoda, mas eu já estou acostumado com a sensação do tecido tocar a minha bunda. Coloco a máscara dentro da bolsa e os brinquedinhos que comprei. Passo perfume e saio do quarto. Meu pai e minha irmã já sabem que eu vou dormir na casa de Amanda, ela até ligou para confirmar. Dou boa noite e saio de casa. O Uber me leva até o endereço que Samuel me passou.

O prédio é bem bonito e parece ser de gente que tem uma boa grana, realmente. Não preciso me identificar para entrar, já que Samuel está me esperando na recepção com um sorriso enorme. Me lembro da noite constrangedora e me sinto mal? Mas afasto isso e sorrio também, apesar de estar de máscara. Ele me guia até o apartamento e aviso que preciso de tempo para me arrumar. Ele entende e me leva até um quarto ao lado do quarto em que, segundo ele, estão os convidados.

Há uma garota vestida apenas de lingerie transparente. É impossível não olhar a beleza do corpo dessa mulher. Suas curvas delineadas. Os seios marcados pela lingerie. O batom vermelho estonteante. Ela percebe minha presença e sorrir, como se me esperasse. Sorrio e aproximo receoso. Sinto minha ereção dentro da jockstrap. Nos cumprimentamos, mas não falamos nossos nomes, apenas os apelidos.

— Olá, anjinho. — Ela me abraça, sem ligar que está seminua.

— Olá, Diabinho. — Retribuo o abraço sentindo seu cheiro de morango.

— O Noivo é bissexual e quer se despedir das duas coisas boas que a vida oferece. — Ela explica sorridente. Assinto.

Ela volta terminar de se arrumar e eu começo a tirar minha roupa. Percebo seus olhares pelo reflexo do vidro. Coloco a máscara e guardo minhas roupas dentro da mochila. Já são 22h. Diabinho se aproxima e elogia meu figurino. Avalio novamente o seu e elogio de volta. Não é nada discreto, já que eu consigo ver tudo nítido por baixo de sua calcinha de renda transparente. Ela sorrir ao me ver encarando esse detalhe. Sou surpreendido, quando ela cola nossos lábios. Não perco tempo e retribuo. Sua boca tem gosto de cereja, talvez pelo batom.

Ela é a primeira a se apresentar. No quarto tem uma porta, que dá acesso ao quarto onde tudo acontece. Ela dança perfeitamente e em sintonia com a música, até me deixa com vontade de dançar junto e desfrutar da vista maravilhosa que ela oferece. Os caras vão à loucura. Conto 6 caras, mas não consigo ver seus rostos nítidos. A luz do quarto é azulada, o que a deixa mais sexy. Não sei quanto tempo se passa, mas seu show já está terminando.

Coloco minha auréola branca com detalhes em dourado. Respiro fundo e what a shame começa a tocar. As luzes se apagam ainda mais. Pego meu chicote e entro na sala deixando a música tomar conta de mim. Mesmo os caras não curtindo, eles não desgrudam os olhos de mim. O néon do colete fica acesso, me dando mais destaque. Deslizo entre eles, deslizando minhas mãos por seus corpos sem camisa. Sento-me no colo de um cara, que não consigo ver seu rosto direito e ele inspira meu cheiro e me arrepia. Os outros caras gritam meu codinome, anjinho. Rebolo em seu corpo e sinto sua excitação abaixo de mim e me levanto, deixando-o suspirando. Procuro o noivo e não demoro para o encontrar. A música já mudou e agora é mais lenta.

Vou me mexendo até onde ele está sentado. Seus cabelos ruivos se destacam na luz. Coloco uma perna em sua virilha e os caras gritam pela paisagem que estão vendo, já que estou nessa posição. Deslizo o chicote em seu peito, ele sorrir e geme. Mais gritos atrás de mim, mas estou focado apenas no homem a minha frente. Dou a primeira chicotada e ele uiva e os caras vão à loucura. Sorrio e ele faz o mesmo. Suas mãos tocam a parte aberta da jockstrap. Mão quentes! Sento-me em seu colo e distribuo beijos por seu corpo.