Uma Droga Chamada Amor.

Capítulo 8

Happy birthday!

O mês de maio nos deu boas-vindas com uma brisa agradável. Estamos quase no inverno, uma época bem fria aqui em balneário. Muitas vezes, vem acompanhada com chuvas de granizo ou normal. Mas também do aniversário de uma das pessoas mais importantes da minha vida: Natali, minha irmã mais velha. A pessoa que sempre vem cuidando de mim, desde a morte da nossa mãe é só eu e ela - claro, que tem meu pai, mas é diferente.

— Feliz aniversário! — Pulo em cima da sua cama. Ela cobre a cara. — Vamos acordar, princesa! — Grito mais alto, para ela ficar mais irritada.

— Cala a boca, Isaac! — Ela mantém o cobertor na cara. O tiro do seu rosto

Saio de cima da cama e abro as cortinas do quarto. Natali é bem amorosa, mas odeia ser acordada. Ela urra, mas não me bate, como já fez outras vezes.

— Só não te bato, porque estou feliz de estar completando 24 anos! — Comemora se sentando na cama. — Apesar de ser apenas 8h da manhã, seu desgraçado.

— Ah, que isso, maninha. — Sorrio da porta do quarto. — Mais tarde a gente se ver, porque já estou atrasado para a faculdade. Beijos e Happy birthday! — Direciono beijos para ela e saio voando de casa.

De casa para faculdade não é tão longe, mas nem é tão perto. Pretendo comprar o presente dela, assim que sair da escola. Amanda se ofereceu a me ajudar a encontrar o presente perfeito. Talvez se eu pagar os hormônios dela por uns 6 meses, já seja o suficiente, mas ainda acho pouco para ela, ela merece muito mais.

— Do que ela gosta? — Amanda me pergunta, enquanto atravessamos a porta do shopping.

— Nem garotos, nem de garotas. — Já aviso. Amanda sorrir. — Ela odeia roupa grande demais. Tem alergia a bijuteria. Não gosta de amarelo e verde. Sobre o amarelo, eu concordo, mas sobre o verde? Ela só pode ser louca.

— Ok, sua irmã não é fácil.

— Sim! — Concordo com ela e gargalhamos.

Entramos em lojas e mais lojas. Nada agrada, nem a mim, nem a Amanda. Entramos em uma loja da Schutz e as bolsas luxuosas, me dão várias tapas de luxo na cara. As bolsas são magnificas, com certeza ela vai amar. Compro uma bolsa preta, que simula a textura de cobra. Tem o nome schutz em ferro e bem centralizado. Amanda comprou um salto alto também.

Hoje decidi arrastar Natali, para jogar vôlei comigo, já que nós dois somos apaixonados por esse esporte. Entrego o presente e ela quase surta comigo.

— Você tá louco!? — Exclama. — Isso custa mais de 1 mil reais! — Avalia inspecionando a bolsa. Reviro os olhos. Isso nem é tanto dinheiro, consigo o dobro disso numa noite só, mas elas não precisa saber.

— Presente não tem preço. — Argumento. Ela sempre me falou isso. — Além disso, isso não é nem um terço do que você merece. — Digo sincero. Ela sorrir com os olhos cheios de lagrimas e me abraça. — É falsa, mas ninguém precisa saber. — Minto para deixá-la menos desconfiada.

— Te amo, tá? — Beija minha testa.

— Claro que sei, sua emocionada. — Limpo uma lagrima sua. — E eu te amo muito também.

Nosso pai, presenteia ela com um bolo nas cores azul, mesmo ele sabendo que ela não suporta azul. Ainda assim, ela fica grata e o abraça. Meu pai, mesmo após descobrir que Natali, não era a pessoa que ele sempre sonhou, ele continuou a amá-la e aceitá-la.