deux mille quinze

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"O amor é uma escolha: Ninguém nasce amando alguém, decidimos amar pelo bem que proporcionamos a outros e a nós mesmos."
– Letícia Giacobbo

February of 2015

Charles agora namorava, uma menina chamada Giada, ela era um amor, eu lembro dela da escola, ela estudava com Charles.

Arthur estava na minha casa, como sempre, ou eu estava na casa dele, ou ele estava aqui. Supostamente era para estudarmos, mas na verdade estamos trocando carícias na minha cama.

O beijo era quente, quase nunca deixávamos passar desse limite, sempre começávamos e parávamos pouco depois, mas estamos tão viciados um no outro nesse momento que não queriamos parar.

Eu ouço a porta do quarto se abrir, Arthur sai de cima de mim em um impulso, eu sei que é mamãe, eu sinto o cheiro do perfume dela, a única coisa que eu consigo fazer é tampar meu rosto com um dos travesseiros.

– Porque não me contaram? – Eu sinto que ela está com o braço cruzado na altura do peito. – Essa cena toda poderia ter sido evitada.

– Porque você e a tia Pascale iriam fazer drama sobre isso. – Eu respondo, minha voz estava nasalada por causa do travesseiro.

– A quanto tempo isso acontece? – Mamãe parecia brava, talvez magoada de não saber sobre isso.

– Dois anos. – Arthur quem fala em um tom de vergonha, ele não falou nada desde que mamãe entrou no quarto.

– Vocês estão a dois anos nisso? Dois anos? –  Mamãe fala em choque. – Nós precisamos conversar, me encontrem lá em baixo. – Os saltos dela batem no chão da casa fazendo barulho.

Eu tiro o travesseiro da minha cara, eu levanto da cama arrumando minha roupa, Arthur me olha de uma forma fofa.

– Nenhuma piadinha, nenhuma palavra. – Eu Arrumo minha  roupa e meu cabelo depois de falar.

– Já estava na hora deles descobrirem, Vie.

– Eu só não queria que fosse com você em cima de mim e com a boca grudada na minha. – Eu vou até a porta do meu quarto, ele me segue e descemos até a sala de estar da casa.

– Charles descobriu assim, Pierre descobriu assim e a agora sua mãe descobriu assim.

– Nós não servimos para esconder isso. – Eu falo e paro no térreo da casa.

Chegamos na sala de estar, mamãe estava em uma poltrona presente na sala, eu sento em um dos sofás junto com Arthur.

– Eu não estou brava com vocês ou coisa do tipo, mas vocês são adolescentes, essa é a época que os hormônios estão na flor da pele, eu só quero que tomem cuidado ok? – Eu com certeza estava vermelha, Arthur também estava.

– Mãe, eu agradeço de verdade a preocupação, mas a gente não vai fazer nada.

– Bom, de todo caso, deixem isso por perto. – Ela põe na minha mão uma cartela de camisinha. – Não quero ser avó, e não adianta me olharem com essa cara, vocês sabem que eu estou certa.

Ela sai do cômodo, mamãe as vezes fala de mais, eu entrego as camisinhas para Arthur, ele me olha sem saber o que fazer.


May

As aulas estavam para terminar, as provas já tinham acabado, charles se formaria esse ano se não tivesse largado a escola, mas não acho que ele está muito preocupado com isso, ele tem feito um ótimo trabalho na fórmula e agora está na fórmula 3 Europeia.

Forever & Always | Arthur Leclerc Onde histórias criam vida. Descubra agora