Bom já falamos sobre primeiro crush e o primeiro arrependimento, que tal se agora falassemos sobre a primeira decepção.
Esse eu lembro que iniciou na terceira serie, mais um menino novo adentrando na minha sala, o primeiro loirinho por quem me encantei. Mais uma vez eu fazia de tudo para ser notada, mas como sempre meu lado maria machona impossibilitava os garotos de olharem para mim como eu os olhava.
Lembro que eu vivia falando dele para minhas colegas de época, e sabe umas das coisas interessante eu tinha amizade com ele, olha que incrível.
Até que um dia, descobri que não importaria o que eu fizesse ele nunca me notaria, afinal ele gostava de outra menina da sala, e eu não o julgo, ela era linda, mas aquilo me ocasionou o primeiro machucado no coração. Me afastei dele, não nos falavámos mais com tanta frequencia, e eu preferia assim.
Em um determinado dia, teria uma "festa" na escola, dias antes eu tinha me livrado de metade do cabelo castanho quase loiro, e ninguém nunca tinha me visto de vestido na escola, nunca gostei, devo assumir que até hoje não sou muito fã.
Enfim, lá estava eu, diferente do convencional na escola onde todos me viam como um menininho de cabelo longo. Nesse dia notei olhares diferentes do normal, vindos dele para mim, e fiquei a me questionara o porque repentinamente disso. Isso ficou até que eu fosse embora, mas como boa sagitáriana, me mantive sem dar bola para o mesmo.
Dia depois, em um normal dia de aula, um outro colega de classe, me chamou e disse que esse garoto que eu gostava queria "Ficar" comigo! (Volto a dizer crianças tem que brincar!!). E foi ali que eu descobri que uma criança de 8 anos já era interesseiro do rabo de saia, não podia ver uma menina mais arrumadinha que já demonstrava interesse.
E foi com ele que eu aprendi a não mudar minha forma de vestir, de falar, de me portar, para agradar alguém. Foi ali com 8 anos que percebi que passaria mais algumas vezes por interesseiros de rabo de saia, ele fora só o primeiro.
Passei um ano sem ver o mesmo, e depois, quando entrei na quinta serie e mudamos de escola, um dia indo até ela, o encontrei no pré que era ao lado, aguardando o portão abrir, acompanhado do irmão que iria estudar no pré e da mãe. E mesmo o conhecendo, simplesmente o olhei, e fingi que não o conhecia. Devo assumir que a expressão dele nunca se apagou da minha mente, mas também nunca me fez remoer absolutamente nada.
E esse é a página da decepção, espero que aprendam algo com este relato!
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Marcas D'água
Não FicçãoHoje, neste diário, deixo minhas marcas d'agua!! (Aqui será deixados relatos reais da escritora)