𝐈. Sentimento (parte um) | Tom Kaulitz

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Pov: Tom Kaulitz

Não adiantava imais negar e esconder, todos já sabiam e viram nas merdas de jornais e revistas de fofocas. Já não aguentava mais ver as fotos que os paparazzis tiraram de mim e Raven juntos em uma festa, próximos demais para dizer que "era somente um papo de colegas de trabalho".

Jogo a revista que eu estava lendo em um canto do meu quarto, junto a uma pilha delas, todas abordando o mesmo assunto da que estava em minhas mãos.

"Nesse sábado, Raven Evans e Tom Kaulitz, a vocalista e o guitarrista da banda Tokio Hotel, são vistos juntos, em uma boate no centro da cidade, mais conhecida como "Kisses, Dances and Love". Testemunhas dizem que eles estavam a sós, sem o restante da banda consigo, e bem próximos para se dizerem apenas amigos ou colegas de trabalho. O "casal" dançaram diversas músicas juntos, bebiam e riam, juntos, sem se preocuparem com a opinião alheia das pessoas que estavam no local.
Internautas dizem que ambos têm um relacionamento escondido do público, devido ao receio e medo de julgamento de "fãs" fanáticas pelos garotos da banda."

Como essa bosta se espalhou tão rápido assim? Ainda é segunda!

Vou até o banheiro que havia no meu quarto, jogo água gelada em meu rosto, me fazendo ter um choque de realidade devido ao gelo da mesma. Me olho no espelho pensando no que eu iria dizer na entrevista de amanhã antes do show, falhando nessa missão e não conseguindo me concentrar devido ao meu estado sonolento.

Volto até meu quarto, o relógio está marcando 13h. Caralho! Estava super atrasado para a reunião da banda, que seria às 13h30. Isso que dá ficar até tarde da noite lendo os caralhos de teorias e suposições da mídia, animal.

Falho ao tentar conter um sorriso, me lembrando da noite de sábado, com Raven. Estava tudo perfeito, tão natural, tão sincero, com tanta atração de ambos. Me sinto insatisfeito por não ter rolado nada depois da festa, porra! Eu precisava senti-la novamente em mim. Ela pensou mesmo que somente uns beijos e mãos bobas dentro do carro iriam sustentar a tamanha vontade de tê-la só pra mim? Filha da puta. Essa garota mexe comigo, e não gosto disso, deveria ser o contrário.

Fujo dos meus pensamentos sobre Raven, indo até meu guarda-roupas e escolhendo uma roupa do dia-a-dia, com o triplo do meu tamanho. Esse estilo nunca é um erro. Coloco uma camisa simples, da cor branca, e por cima dela, um moletom preto. Na parte de baixo, uma calça jeans comum, com um cinto para ela não cair em algum momento, e um tênis QIX Hecagon, da cor preta. Pego um de meus bonés que estava na cômoda do meu quarto, o ajeito antes de escovar meus dentes e sair do quarto.

Entro na cozinha, pegando uma garrafa de água e uma maçã para comer no caminho. Quando estou saindo do local, vejo Bill, eufórico, atendendo o telefone; o mesmo parecia abatido, andando de um lado para o outro, tropeçando em seus próprios pés. Me aproximo do mesmo, com cuidado para não assusta-lo, pois o garoto estava de costas para mim.

- Bill? - digo, um pouco baixo, o garoto não havia escutado.

- Sim, sim. O show será às 21h e o ensaio começará às 18h. Não! Não libere as fãs antes do horário, nenhuma delas, me ouviu? - Bill não parava de falar nem mesmo para respirar - Quando chegarmos lá, quero um camarim particular, preciso de paz pelo menos uns 20 minutos antes do show.

- BILL! - disse gritando, ele finalmente havia me ouvido. O mesmo se virou parar mim, me olhando com um certo desgosto, disse mais algumas palavras no telefone e o desligou. - Vamos para a reunião, já estamos atrasados.

- Atrasados? Ainda são 12h - Bill arregalou os olhos ao ver o relógio em seu pulso marcando 13h15. Isso é uma coisa que me preocupa em Bill, de tantos afazeres e compromissos que ele leva, vê a hora passando e nem se dá conta disso. - Puta merda! Chama um táxi, vou pegar algumas coisas e já vou.

"𝑾𝒊𝒕𝒉 𝑳𝒐𝒗𝒆 𝑨𝒏𝒅 𝑯𝒐𝒓𝒏𝒚, 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛'𝒔" (𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄)Onde histórias criam vida. Descubra agora