Capítulo 16

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Katrina

Quando terminamos a última música saímos do palco sorrindo e cansados

- Mandou bem Kat- diz Gustav passando por mim dando um highfive comigo

- Obrigada Gustav - sorrio de forma fofa para o mesmo vendo o suor escorrer de seu rosto - A bateria parece ser a mais cansativa - comento indo para o camarim

- Pior que é -ele responde me fazendo rir baixo

Ao adentrar no cômodo me assusto vendo que alguém estava lá dentro

- Céus -coloca a mão sobre o peito e respiro fundo

- Tá bem? -ouvi Georg perguntar e concordo com a cabeça

- Mas que porra- Lea, era ela que estava ali dentro nos esperando, não, esperando Tom

- Sua namorada -digo virando meu rosto para Tom e Bill que vinham mais atrás no corredor

Tom me beijou mais cedo ainda estando com ela? Ele ainda estava com ela?
Franzi minha testa encarando ela que saiu do camarim me empurrando para o lado junto de Gustav que bateu o braço na parede

- Sai da frente sua macaca -nesse momento olhei Gustav e um sorriso brotou em meus lábios

Meu olhar se virou para os gêmeos que pararam e encaravam Lea

- Me desculpem, mas esperei muito por isso - digo indo em direção a garota amarrando meus fios de cabeço no alto da cabeça deixando o suor que escorria de minha nuca a mostra a luz

- O que? - ela se virou e eu dei um soco em seu rosto a empurrando para o chão

- Kat! -escutei Georg atrás de mim conforme eu fiquei sobre a garota batendo em seu rosto coma palma de minha mão

- Fala de novo vagabunda, fala pra ver se ainda te resta dentes na boca -agarrei seu cabelo loiro com a outra mão e a fiz me encarar - Perdeu a língua flor? -sorrio para ela conforme senti uma das mãos dela me apertando e a outra tentando pegar meu cabelo - O Tom aperta mais forte que você gatinha, precisa comer mais feijão -sorrio de lado dando outro tapa em seu rosto antes de me puxarem de cima dela

- Tá bom, já chega! -diz Gustav me segurando por trás

- Só mais um soco pra ela aprender a ter vergonha na cara e parar de falar metade das merdas que fala - tento me soltar dele mas Tom entra em minha frente cobrindo minha visão segurando em meus ombros

- Deu Katrina -ele diz calmo olhando em meus olhos segurando em meu queixo me fazendo olhar em seus olhos também

- Porque você não controla a sua namorada? -perguntei

- Porque ela não é minha namorada -ele diz calmo conforme eu respiro fundo me acalmando - Eu terminei com ela Kat, á vários dias -seu olhar percorre meu rosto atrás de algum machucado - Bill atendeu ela ela semana enquanto eu estava lá em cima me arrumando com você antes de irmos para as gravações -sua outra mão vai até meu pulso o levantando fazendo o garoto ter uma visão melhor da pele machucada de meus dedos após dar o soco no rosto de Lea - Bill bateu nela quando ela foi pra cima dele e ali eu tive que dizer para ela uma segunda vez que não estávamos mais juntos -então ele não está mais com ela desde aquela noite em que subi para o quarto quando ela me irritou falando sobre a feijoada, não? - Ainda bem que bateu nela -ele riu fazendo seu hálito bater em meu rosto, o cheiro de menta me atraiu e eu senti as mãos de Gustav se afastarem, ele saiu dali - Eu não poderia bater nela da forma como você pode -meus olhos caem em seu piercing, ele está o mordendo com o canino, Tom está nervoso? - Obrigado por dar uma lição á ela -um último sorriso, e que sorriso lindo

Ele me soltou e soltou meu cabelo roubando meu amarrador antes de ir em direção ao camarim. Onde antes estava Lea agora não há ninguém, Tom me distraiu tempo o suficiente para retirarem ela daqui.
Fui até o camarim bagunçando meu cabelo. Olhei Gustav que segurava uma latinha de coca

- Obrigada po me segurar -sorrio me aproximando

- Obrigado você -ele me estica a coca - Você que bateu nela -ele ri baixo - Coloca na mão para os dedos não incharem

Concordo pegando a latinha e coloco sobre os nós de meus dedos antes de me sentar no sofá olhando minha mão.
Alguns minutos depois Georg e Bill aparecem no camarim rindo

- Dor na mão? -perguntou Bill se aproximando

- Não muita -sorrio e o olho - Adrenalina ainda

- Belo soco -Georg ri baixo pegando sua troa de roupa

- Valeu -sorrio para ele

- Você foi de mais -Bill me abraça de lado - Eu sabia que poderia contar com você para quebrar a cara dela se ela falasse merda de novo -rio baixo e nego com a cabeça

- O que fizeram com ela? -pergunto desviando meu olhar para o garoto

- Os seguranças a levaram embora -ele diz de forma simplista

-Que bom -sorrio e observo minha mão -Vou ir trocar de roupa para irmos

Me levanto e pego minha muda de roupa indo para o banheiro. Coloco uma calça de moletom e um casaco de mesmo tecido amarrando meu cabelo em um coque baixo.
Ao sair do banheiro esbarro em Tom que tinha um cigarro entre os lábios e uma cara pensativa

-Me esperando? -pergunto segurando o riso. Parece que tirei o garoto de seus devaneios

Ele me olha conforme retira o cigarro da boca e solta a fumaça

-Estão todos no ônibus -ele diz

-Então vamos -sorrio e pego o cigarro de seus dedos o levando até minha boca colocando as mãos no bolso da calça

-Esse era meu Katrina -ele resmungou conforme eu andei na frente dele

-Seu? Tinha seu nome? -retiro o cigarro da boca e olho o bastão fingindo procurar o nome do mesmo

-Haha, tão engraçadinha -sorrio soltando a fumaça e estico o cigarro para trás

-Pega -sinto sua mão pegar o bastão e me puxar para trás com a outra -Hey

Olho o garoto que sorria colocando o cigarro na boca

-Você fala de mais -ele diz e eu reviro os olhos

-Falo menos do que aquela putinha -digo e me afasto dele

-Isso é verdade -ele diz soltando a fumaça no ar antes de apagar o cigarro

Ao sairmos do local ele joga a bituca no lixo e vou em direção ao ônibus, subo as escadas e sinto um tapa sendo distribuído em minha bunda

-Filho de uma puta! -resmungo colocando a mão sobre o lugar acertado

-Ai, essa pegou em cheio! -consegui ouvir Bill do lugar dele

-Caceta Kat, que bunda mais dura! -me viro vendo Tom encarar a própria palma

-Sabe oque também é dura? -o encaro e ele sorri -Minha mão seu desgraçado

Por fim tentei acertar um tapa em Tom, mas ele entrou e correu para o lugar dele fugindo. Me aproximei e sentei-me ao seu lado sorrindo e dando um tapa em sua coxa sentindo minha mão arder

-Cadela! -ele passou a mão sobre a área atingida e eu sorrio cruzando os braços

-Direitos iguais Tomas, agradeça que não bati na sua bunda -rio baixo quando o motorista deu partida e fomos de volta para casa

𝘈𝘗𝘖𝘊𝘈𝘓𝘠𝘗𝘛𝘐𝘊 - TOKIO HOTELOnde histórias criam vida. Descubra agora