Major

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   Estou de volta a escola, infelizmente. A única fase da minha vida que eu gostava de vir pra escola era pra ver Edward, e agora nem isso eu quero mais.

— Bom dia, senhora Isabella. — O professor fala com um olhar de advertência, provavelmente por que estou atrasada.

— Bom dia.

   Olho pela sala e vejo que o único lugar disponível e ao lado de Jasper. Que ótimo, nada melhor do que sentar ao lado de um vampiro descontrolado as 7 da manhã.

— Bom dia, Isabela. — Jasper fala de repente com aquele jeito dele, estático.

— Bom dia, Jasper. — Apenas respondo sem entender sua fala repentina.

   A aula passa normalmente sem nenhuma das ações esquisitas de Jasper, oque foi um milagre. O sinal bate e guardo meus trem saindo da sala. Estou caminhando até a outra sala quando sinto alguém me seguindo, olho pra trás e vejo Jasper atrás de mim.

— Oque? — Pergunto sem entender por que ele tá me seguindo.

— Oque oque?

— Não responda minha pergunta com outra pergunta, isso é estranho.

— Ah, certo, como quiser. — Jasper responde ainda me olhando.

— Então? Não vai me falar por que tá me seguindo ou vai ficar me olhando igual um sonso?

— Ah, estou apenas indo pra próxima aula, que por coincidência fica nessa direção. — Ele fala e aponta na direção em que estavamos indo. Era só oque me faltava, mais uma aula com o Cullen.

— Entendi. — Digo me virando e ignorando a presença dele atras de mim.

   Percebo Jasper andando lado a lado comigo enquanto observa as pessoas de forma estranha.

— Oque tá fazendo?

— Como assim? — Ele pergunta direcionando seu olhar na minha direção com seus olhos topázio quase ambar. Ele deve ter se alimentado antes de vir, seus olhos estão bem claros hoje.

— Você tá olhando as pessoas de forma esquisita, e dúvido muito que seja cede, já que seus olhos indicam que você se alimentou a pouco tempo.

— Vejo que você é bem observadora. — Ele diz e olha pra frente. — Eu apenas acho intrigante, as...emoções humanas.

— Hum, entendo. — O olho com curiosidade. — Oque sente vindo de mim?

— De você? — Ele suspira, oque é bastante estranho já que é um gesto humano e Jasper não apresenta nada humano. — Você é um pouco mais complexa. Pense como se você estivesse em um rio, em uma parte do rio a água é calma e pacífica, já em outra parte é turbulenta e confusa, você entende?

— Mais ou menos. Você quer dizer que minhas emoções são confusas?

— Eu não diria confusas, complexas é uma palavra melhor.

— Tudo bem. — Digo soltando uma risada de leve.

— Que tal uma pergunta por outra pergunta?

— Como assim? — O olho confusa.

— Você me fez uma pergunta, agora posso fazer uma também?

— Manda ver, major. — Falo brincando e ele me olha de forma divertida.

— Vejo que Edward te contou.

— O básico, nada que envolva sua vida pessoal.

— Compreendo. — O olho e reparo em sua postura, ele parece um oficial, sempre de postura ereta e peito estufado. — Então, você está se relacionando com algum dos quileutes?

— Oque? — Gaguejo um pouco sem entender oque é isso do nada. — Que tipo de pergunta é essa?

— Não me entenda mal. Foi apenas uma pergunta, não precisa responder se não quiser. — Ele diz simplista.

— Por que perguntou isso do nada? — Pergunto um pouco constrangida.

— Seu cheiro tá diferente. — Ele me olha enquanto entramos na sala.

— Meu cheiro?

— Sim, sinto o cheiro de algum dos quileutes em você.

   Suspiro constrangida e me sento com Jasper como minha dupla. 

— Sim. — Respondo simplesmente.

— Entendo. Tenha cuidado.

— Não é como se Edward não fosse perigoso também.

— E não é como se você mais o Edward tivesse feito isso. — Jasper fala e fico com vergonha. Como ele sabe que eu e Edward nunca fizemos isso? — Somos uma família de vampiros, é impossível esconder algo.

— Uhum. — Apenas sussurro. — Não é como se eu e Paul estivesse ido tão longe.

— Paul? — Ele pergunta visivelmente surpreso. — Pensei que seria Jacob.

— A vida tem dessas, não é mesmo. — Digo sendo irônica.

— Nem me fala. Mas ainda sim, Paul não tem o temperamento muito estável, então quando for... acontecer, tenha cuidado.

— Você entende bem de pessoas estáveis, não é mesmo? — Digo relembrando de seu comportamento agressivo no meu aniversário. — Mais tudo bem, ouvirei seus conselhos e tomarei cuidado. 

— Faça isso. — Ele me olha. — E desculpas.

— Pelo oque exatamente?

— Por meu descontrole, não foi algo que eu pudesse evitar.

— Tudo bem, major, águas passadas. — Laço um sorriso simples em sua direção.

— Sabe, eu prefiro você assim. — O major diz e sorri também.

— Que bom, major, continue assim. — Falo e olho uma última vez antes do professor entrar.

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