Horses | Chaennie

segunda temp capítulo 6

- Shu, você viu a Irene? - Perguntou enquanto olhava para os cantos da festa

- Ela disse que ia retocar a maquiagem- Respondeu enquanto rebolava na batida da música

- Certo, se alguém perguntar por mim diz que estou no banheiro

Shuaha apenas assentiu com a cabeça não ligando muito para o que estava falando ou escutando, só queria dançar e curtir aquela festa

Jennie rapidamente foi para o banheiro a procura da amiga, sabia que Lisa iria permitir a entrada da loira, conhecia as duas o suficiente para saber que uma era insistente e a outra era frouxa e permitia tudo, então rapidamente colocou seu plano em prática

- Quero um beijo - Disse sem rodeio puxando Irene pela cintura que se assustou com o ato a empurrando de leve

- Tá maluca? Você bebeu demais foi? - Perguntou estranhando o comportamento da amiga

- Eu só quero que me beije - Respondeu se aproximando ainda mais

A cada passo que Jennie dava Irene recuava até que por fim sentiu seu corpo bater no azulejo frio do banheiro

- Eu sei que você quer - Jennie disse usando da sua sensualidade, queria pelo menos criar um clima antes de beija-la

- Eu não quero não - Irene respondeu ainda confusa, porém um pouco incomodada com tanta aproximação - O que está acontecendo, em?

- Jennie - Foi se escutando uma voz feminina um pouco fina e doce o suficiente para Jennie comprovar de quem se tratava

- Apenas me corresponda, por favor

Jennie então capturou os lábios macios da amiga que prontamente correspondeu a pedido da mesma. O beijo era lento, Jennie comandava como sempre gostava de fazer e para Irene aquilo tudo era muito estranho, nunca se imaginou beijando a amiga, mas já que estava nessa posição tentou aproveitar, afinal ela é linda e pelo que estava sentindo, estava fazendo um ótimo trabalho, então tratou de colocar seus braços em volta do pescoço da mesma e aprofundou o beijo, estava muito bom, Jennie tinha pegada, a fez suspirar algumas vezes durante o beijo.

Para Jennie era só mais um beijo, um beijo que não fazia diferença, estava beijando a sua amiga e sentindo a presença da única pessoa que amou em toda a sua vida. Sabia que o que estava fazendo era coisa de adolescente, mas queria a machucar, queria que ela sentisse a dor que sentiu. Jennie finalizou o beijo quando escutou passos recuando para fora do banheiro

- Num é que você beija bem - Disse Irene ainda processando o que tinha acabado de acontecer

Jennie nada respondeu, apenas saiu do banheiro para conferir se a loira ainda estava na festa, conseguiu ainda a vê-la de longe saindo pelo portão que tinha entrado

(...)

- O que você fez, Jennie? - Lisa perguntou receosa ao ter presenciado o estado da loira

- Hã? Como assim? - Perguntou sem entender e logo em seguida dando um gole em seu whisky

- Rosé passou por mim chorando, fui atrás para saber o que tinha acontecido e ela não quis falar.

- E o que eu tenho haver com isso? - Perguntou tentando não mostrar interesse

- Ela veio aqui para conversar contigo e depois saiu chorando, me conta, o que aconteceu?

- Eu não tenho nada para contar, eu nem a vi por aqui - Respondeu mostrando uma falsa inocência de que não sabia o que estava acontecendo

Lisa olhou para a amiga tentando acreditar nas suas palavras mas ficou desconfiada, porém não iria aprofundar aquela conversa, pelo menos não ali onde todos estavam com bebida no sangue

- Amanhã vamos conversar sobre isso! - Disse se retirando e indo atrás de Mieyon que estava bebendo todas por puro capricho, sabia que quando a mesma ficava bêbada não tinha quem aguentasse

Jennie deu de ombros não se importando nem um pouco com a conversa que iria ter com a mais nova no dia seguinte, e que provavelmente seria esquecida, já que todos estavam no brilho da noite e ainda nem tinha começado direito a diversão. A mesma tratou de ir em direção a loira que dançava sensualmente no pole dance, a tinha chamado atenção desde que tinha entrado na festa

- Deseja algo? - Perguntou a loira ao terminar a dança e se aproximar de Jennie

- Desejo você - Respondeu baixinho no ouvido da dançarina que sorriu maliciosamente

- Então me leve para o quarto que eu prometo que saciarei o seu desejo!

Jennie sorriu de lado e pegou a mão da loira para irem para algum quarto desocupado da festa, não se importando em ser vista de mãos dadas com outra mulher que não fosse a sua suposta namorada, mas também teve sorte já que nenhuma de suas amigas estavam por perto para tomar satisfação

- Me mostre o que você sabe fazer - Jennie falou se deitando na cama esperando que a mesma fosse até ela

A dançarina foi tirando as poucas peças que tinha colada no corpo e a cada peça tirada mostrava uma sensualidade sem tamanho, deixando Jennie cada vez mais excitada com a cena que via

- Você é um espetáculo - Disse ao puxa-la para si e a beija-la sem delicadeza nenhuma, queria apenas saciar o seu desejo naquele corpo escultural

Jennie estava penetrando a garota quando escutou a mesma gemer de prazer e isso foi um incentivo a mais para continuar

- Isso Rosie, geme pra mim - Falou baixinho enquanto mordia a orelha da dançarina que simplesmente a empurrou

- O que? - Perguntou assustada

- Eu não sou prostituta - Disse se levantando da cama e procurando pelo chão as poucas peças de roupa que tinha jogado no chão

- Eu sei, em nenhum momento cheguei a falar que era - Respondeu ainda sem entender a pauta repentina

- Me chamou de Rosie! Você não esta transando comigo, esta transando com essa garota em seus pensamentos e eu não permito isso.

Jennie engoliu em seco e apenas a olhou se vestir e sair pelo quarto a fora, e quando  dançarina sumiu de suas vistas, deu um murro no travesseiro e praguejou até a última geração de Rosé

- Garota idiota, eu te odeio com todas as minhas forças - Disse entre dentes

Não era a primeira vez que Jennie tinha relações sexuais com alguma mulher e falava o nome da loira no ato. Se odiava toda vez que acontecia, não era para isso acontecer. Não entendia o porque não conseguir tirar a loira dos seus pensamentos, do seu coração, já se passaram quatro anos, porque não conseguia esquece-la? Era um tormento que não desejava a ninguém.