Vida em risco

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25 – Vida em risco

Phil levou Helena a um lugar bem longe de sua casa, não queria que Lissa ouvisse.
- O que houve Phil? Por que estamos aqui?
- Helena, por favor, me diga que você não tem nada a ver com o que aconteceu com a noiva de Dimitri? Por favor, me diga que você não participou disso.
- Phil não estou entendendo nada.
- Por favor Helena, não se faça de desentendida. Me lembro muito bem como você implorou para chamar Dimitri para sair. E foi bem nesse dia que a noiva dele foi quase morta, que coincidência peculiar, não acha minha amada esposa? Foi Lissa não foi?
- Phil...
- Helena, se você realmente me ama, me conte a verdade agora.
- Phil eu não...
- Não pode? Você é leal a Lissa e não a mim? É ela quem vai te proteger da fúria de Dimitri?
- Phil..
- Eu não acredito Helena, como você pode fazer isso.
- Phil me deixe explicar.
- Ah sim, você vai me contar tudo, cada detalhe sórdido, para que eu possa me preparar, ou vocês duas acham que ele não vai descobrir?
Helena pela primeira vez desde que a história toda começou, sentiu medo, sabia que se Dimitri resolvesse matá-la ela não tinha nenhuma chance contra ele, porém não passou pela sua cabeça que Phil iria defende-la, agora que havia a possibilidade de uma possível guerra entre o marido e Dimitri, seu coração batia acelerado de medo.
- Phil, fomos nós. Lissa queria eliminar a humana de Dimitri, porque ela tem...
- Certeza de que ele vai voltar correndo para ela? É isso? Ou ela é ingênua ou muito burra, depois de todos esses séculos ela ainda não conhece Dimitri?
- Meu amor, me escuta, ela agiu por amor.
- Helena, me escute você, querida, quando ele descobrir, irá atrás dela, e depois de você, o que acha que farei quando ele vir até nós com intenção de matá-la? Acha que deixarei ele fazer isso? Vocês duas condenaram a todos nós.
Phil deu uma longa olhada para Helena, as duas nem imaginavam como Dimitri poderia ser letal, ele era o vampiro mais poderoso que conhecia, e todos que tiveram a audácia de lhe despertar a fúria, não sobreviveram para contar a história. Agora ele se via ali no centro de uma guerra contra sua própria esposa, sabia que se tentasse vence-lo, falharia com certeza.
- Precisamos ter certeza que vocês não deixaram nenhuma ponta solta.
- Não deixamos, Phil, eu prometo que ele não vai descobrir que fomos nós.
- E como você pode ter certeza?
- O único que sabia de nós está morto, e se Dimitri tivesse sondado suas memorias, creio que já saberíamos, então não tem como ele descobrir.
- Espero que tenha razão querida, por que se não, teremos a fúria de um demônio sobre nós. Tenho que ir agora, vá e veja se Lissa está bem, cuide para que ela não deixe escapar nada, se não estaremos perdidos.
- Onde você vai?
- Vou atrás de Dimitri, preciso saber o que ele sabe, e me certificar que ele não irá encontrar nada que incriminem vocês.
- Obrigada amor.
- Não me agradeça ainda, podemos estar mortos ao amanhecer.
Helena sentiu um arrepio subir pela sua espinha, conhecia muito bem o marido, e se ele estava com medo, era por que a situação não estava nada bem.
Helena voltou para casa e não encontrou Lissa em lugar algum, rezava para que ela não estivesse aprontando alguma coisa que levasse a todos a um destino cruel, foi para seu quarto e aguardou o retorno de seu marido e sua amiga, por que era a única coisa que podia fazer naquele momento.
Phil foi até a casa de Dimitri e o que encontrou o deixou surpreso. Ele pode sentir o cheiro de Lissa e de Dimitri dentro da casa, mas o que deixou surpreso foi que os dois estavam na cama, aquilo só podia ser obra de Lissa, sabia que Dimitri ficava suscetível quando estava em fúria, aquilo só podia ser mais um plano dela, resolveu sai antes que percebessem que ele estava ali, porém sabia que uma hora ou outra teria que enfrentar o amigo, é tinha receio que esse encontro resultasse na morte de sua esposa e consequentemente na sua própria.
Assim que Dimitri saiu de casa, sem destino aparente, Lissa levantou, se olhou no espelho, as marcas do sexo que fizeram estavam desaparecendo, sorriu, colocou suas roupas e se teletransportou para casa de Helena, precisava contar a amiga seu novo plano, e quem sabe até acalma-la, pois sabia que Dimitri não tinha descoberto nada. Sorriu novamente, se tudo desse certo, a querida humana de Dimitri nunca mais seria problema para ela.
Não muito longe dali Emmy estava na casa de Tessa ainda se recuperando, quando resolveu dar um passeio nas proximidades, ainda sentia muito medo, mas precisava clarear a mente. Sempre que fechava os olhos a imagem de Dimitri aparecia, a angústia em seu peito só aumentava, sentia uma decepção se apoderar de seu coração. Algo estava acontecendo, mas ela não sabia o que era, porém sabia que era algo tão devastador que poderia destruí-la ainda mais. Tentou se convencer que tudo aquilo era porque tinha descoberto a verdadeira natureza de Dimitri, mas algo não fazia sentido, era como se algo errado estivesse a ponto de acontecer ou já tivesse acontecido. Voltou até a casa de Tessa e sentou-se nos degraus da entrada, estava distraída quando levou um susto, parado em frente a casa, na rua, estava Dimitri, tentou esconder as cicatrizes que ainda estavam aparentes. Dimitri se aproximou com receio, Emmy o encarava com um certo medo em seus olhos, ouviu um grito em sua cabeça, sabia que era sua voz interna pois nem Dimitri nem as duas mulheres da casa vieram ao seu encontro, se levantou, cravou seus olhos nos de Dimitri, sentiu seu coração doer tão profundamente, que achou ter sentido ele se partir, um nó na garganta se formou, deixando Emmy quase sem fôlego, quando finalmente estava em frente a Dimitri, tocou-lhe o peito, em cima de seu coração, fechou os olhos então soube. Disse baixinho.
- Dimitri, o que você acabou de fazer?
Dimitri pôde sentir uma áurea sombria em Emmy. Emmy balançou a cabeça em negação. Lágrimas ameaçavam cair dos olhos da garota.
- Quando se ama verdadeiramente não se faz o que você acabou de fazer.
- Emmy...
- Eu sei o que você fez Dimitri, e sinceramente, estou decepcionada.
- Emmy, me deixa explicar. Eu tenho um...
- Não Dimitri, nada do que você disser poderá justificar o que você fez, achei que tínhamos algo verdadeiro, mas vejo que só eu sou verdadeira aqui, você continua com as mentiras.
- Emmy, eu sinto muito... Sei que errei, eu sempre erro quando se trata de você, não sei, fico feito um imaturo e sempre te magoo. Eu, sou um demônio Emmy, quando minha parte sombria me domina, eu não consigo controla-la.
-  Já chega Dimitri. Melhor você ir embora.
- Emmy...
Emmy deixou Dimitri falando sozinho e entrou na casa, o nó em sua garganta subiu e ela não pode suportar, correu até o banheiro e vomitou tudo o que tinha conseguido comer, quando sentou no chão do banheiro, sua pele estava fria, sentia um suor gelado em seu rosto, nesse momento todo o autocontrole que usou para não chorar na frente de Dimitri se foi, e ali mesmo desabou em lágrimas.

Emmy deixou Dimitri falando sozinho e entrou na casa, o nó em sua garganta subiu e ela não pode suportar, correu até o banheiro e vomitou tudo o que tinha conseguido comer, quando sentou no chão do banheiro, sua pele estava fria, sentia um suor ge...

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