Primeiro contato

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Capítulo 12 – Primeiro contato.

Lissa tinha acordado agitada. Sabia o que tinha que fazer, e com a ajuda de Helena ela conseguiria colocar seu plano em prática. Afinal o que tinha de complicado em contratar um assassino para cometer um assassinato? Nas noites seguintes, as duas localizaram o serial killer da cidade vizinha, o problema seguinte era, convencê-lo a cometer o crime que ela precisava, Lissa quando parava para pensar, concordava com o criminoso, parecia coisa armada de policial.
- Olha, ela é exatamente o que você está acostumado a procurar, mulher, jovem, bonita, se enquadra no seu perfil.
- Moça, eu não sei do que você está falando.
- Por favor. Não somos da polícia. Só queremos contratar os seus serviços.
- Que serviço? Quem são vocês?
- Você não precisa saber nossos nomes, só precisa saber que em Oslo tem uma jovem que se enquadra exatamente no seu perfil, ela é alguém que quero me livrar, pois desde a aparição dela em minha vida algo que não deveria dar errado começou a dar.
- E além de merecer, você vai ser pago por isso, faça de tudo para não ser pego, mas se você for pego, por quem quer que seja, você nunca nos viu.
- Moça, eu realmente...
- Lissa, ele não vai concordar enquanto não ver o dinheiro.
Lissa pegou uma mala que estava no chão, apoiou nos braços de Helena e abriu. Os olhos do criminoso brilharam.
- Digamos que eu aceite, de quanto estamos falando?
- Um milhão de dólares.
- Só por causa de uma mulher? O que ela fez? Pegou seu marido?
O assassino soltou uma gargalhada. O humor do humano em sua frente fez Lissa tremer de raiva, sabia que se não ficasse focada no objetivo iria pegar o homem ali parado e tomaria todo o sangue de suas veias só por diversão.
- Não importa o que ela fez, você aceita ou não?
- Se eu aceitar, quais são as condições?
- Primeiro, ela tem que sofrer, segundo ninguém nunca deve saber de nós, e terceiro, se puder sumir sem deixar nenhum rastro será perfeito.
- Muito bem. Eu aceito. Quando vou receber?
- Você vai receber metade agora e metade depois que fizer o trabalho.
- Feito.
Lissa entregou a maleta para o homem.
- Quando você pode fazer?
- Tenho que me mudar para lá primeiro. Acredito que em um mês.
- Não. Muito tempo.
- Pra quando você quer?
- Se possível em no máximo duas semanas.
- Mas aí...
- Olha, não importa o que você vai ter que fazer, só quero ela morta.
- Ok. Duas semanas.
- Quando o trabalho estiver concluído você vai receber o restante.
- Como posso confiar em você?
Nesse momento Helena  ficou em fúria, abriu a boca e mostrou suas presas.
- Você não tem opção, ou faz ou morre, o que prefere?
O criminoso, quase caiu quando Helena veio pra cima dele.
- Tudo bem, sem mais perguntas.
- Só mais uma coisa, não tente nos enganar, já senti o cheiro do seu sangue, posso acha-lo em qualquer lugar.
- Tudo bem, senhoras, podem confiar em mim.
Helena deu uma longa olhada no humano em sua frente, pensou consigo mesma “que escória”.
- Vamos.
As duas entraram no carro e saíram, depois de tudo o que tinha acontecido, fazia Lissa pensar que tinha sido perda de tempo ter ido de carro, afinal, elas acabaram mostrando ao criminoso que não eram humanas, e essa parte do plano tinha saído um pouco diferente do que tinha imaginado.
O criminoso viu as duas mulheres irem embora, ainda tremia quando o carro sumiu de sua vista, sabia que não tinha escolha, teria que cumprir o combinado, não seria problema algum, adorava matar menininhas indefesas, o fazia se sentir soberano, mas naquele caso, se tudo não saísse perfeitamente, sua vida corria risco, e isso não foi uma sensação muito boa, ele era acostumado a ser o caçador e não a caça, enfim, agora ele teria que se planejar, achar um lugar para ficar, as melhores rotas de fuga e um bom lugar para executar o plano. Tinhas as informações da vítima em um envelope em suas mãos, a mulher ruiva havia lhe entregue, ali pelo que via estava com todas as informações que necessitava da garota, a menina Emmy não sabia, mas sua vida acabaria em questão de dias, e se desse tudo certo iria embora daquele lugar, depois que viu a verdadeira natureza das mulheres que o contrataram, estava com receio, aquilo não parecia real, porém a ameaça que foi lhe direcionada era sim real, pôde sentir seu corpo congelar de medo, será que era assim que suas vítimas se sentiam? Se fosse, ah como iria apreciar a morte dessa garota, entretanto ela seria a última, saber que ele também era presa fácil não o deixou nada feliz. A situação era simples, mataria a garota Emmy, pegaria a outra parte do pagamento e então iria embora, não tinha erros, não tinha falhas, era fácil.
Um pensamento incômodo passou pela cabeça do assassino, e se elas não pagassem a outra parte, o que faria? A resposta era fácil, não faria nada, a ameaça da loira bonita deixou bem claro que ela não hesitaria em matá-lo e pior, ela tinha sim o poder para isso, sentiu em seus ossos o medo das palavras dela e não pagaria pra ver se ela cumpriria sua palavra. Outra coisa estava o preocupando, duas semanas era pouco tempo para elaborar um plano perfeito, matar alguém como ele fazia exigia planejamento, detalhamento levava até mesmo meses para tal feito, nunca tinha feito nada as pressas, aquele seria um desafio, mas não falharia, era uma questão de vida ou morte.

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