Capítulo 2

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Tessa




O dia tinha chegado, tinha que ir embora, após me despedir de todos guardei as minhas coisas e Emma e Olivia me acompanharam até minha casa temporária. No centro de Londres, um apartamento até que aconchegante.

As duas me ajudaram a arrumar e organizar o que precisava.
-Você já tem algum plano? Sabe... você não pode morar aqui pra sempre, nem roubar pra sempre. –Emma sempre tenta colocar consciência na minha cabeça, mas nunca funciona.
-Eu...Eu vou arrumar um jeito, preciso arrumar um jeito! –A última parte falei mais para mim mesma do que para elas.

Quando levanto a cabeça, Olivia está me encarando, o que estou dizendo, deveria ser um exemplo mas... mas porque eu não consigo fazer nada certo, uma hora serei pega, e quando isso acontecer, eu estarei perdida, imagina... eu não quero nem pensar nisso.

-Eu preciso que quando você, Olivia for trabalhar amanhã que me leve junto. -Emma deu um leve suspiro- mas... se você estiver ocupada, tudo bem também.
-Eu te levo junto mas tem que prometer que essa será a última vez. – Olivia me encarava de um jeito severo. E eu dei uma bufada.
- Beleza... eu prometo que não irei mais roubar, -As duas me encarando, então eu bufei de novo- tá eu prometo que nunca mais irei roubar.
Elas pareciam mais relaxadas, e eu também...

Quando se foram pude perceber o quão sujo estava, tinha teias, e um rato morto debaixo de cama, os moveis estavam bambos, mas com certeza é melhor que morar na rua, em um banco de madeira e rodeada de pássaros. Me arrumei para dormir, mas não consegui, fiquei horas imaginando se alguém ia me aceitar, até porque eu não era uma boa negociadora, nem uma boa vendedoura, não sei nem cozinhar, eu não tinha ideia do que eu ia fazer...

Era um lindo dia de sol, e eu estava andando em direção a um dos bairros mais ricos de Londres, hoje eu teria que pegar uma quantia que valha realmente a pena, não só alguns trocados, precisava arranjar um jeito. Os grandes monumentos, e as casas... lindas. Era ali que morava o rei e sua família, o castelo real. É realmente lindo e grande, feito de pedras e concreto, maravilhoso sem dúvidas.

Eu estava segurando uma caixa, com alguns documentos importantes, a Olivia trabalha no banco da cidade, é a secretaria de maior confiança, com apena 14 anos. Eu estava totalmente impressionada com a arquitetura, mesmo já estando lá varia vezes. É um bairro nobre, e eu estava totalmente encantada, quando esbarro com um menino, de aparência bonita, mas parecia um pouco mais velho que eu, tinha cabelos escuros e um topete, o cabelo era moderno, e os olhos eram Azuis, muito, muito bonitos.

Olivia que estava atrás de mim, me ajudou a recolher os papeis que caíram, o garoto também. Depois de recolher os papeis nos levantamos, ele deu um leve sorriso e voltou para o seu caminho, aqueles olhos, eram magníficos, como é possível. Ele não parecia nobre como os outros não usava uma camisa social ou um terno, ele usava uma camisa um pouco aberta na frente e era musculoso, não de um jeito exagerado, e tinha covinhas.... Era lindo.

Olivia não parou de perguntar se eu estava bem, até que ela se deu conta que eu não estava assim por causa do tombo mas sim pelo garoto, ai ela ficou me perturbando até eu deixa-la no trabalho. Meu último trabalho... suspirei fundo e fui atrás de um grupo de pessoas amontoadas.

Encontrei, depois de quase um quilometro achei um grupo de pessoas caminhando juntas, me esgueirei e peguei uma carteira cheia, até que um homem com chapéu me deu uma cotovelada me fazendo cair com a carteira na mão e gritou chamando os guardas.

Três homens imensos, não altos apenas, mas musculosos vieram pra cima de mim, eu comecei a correr, e correr até que achei que os tivesse despistados, olhei em volta estava em uma rua sem saída. De repente ouço o som de passos atrás de mim, me viro, os três homens, deveria ter pensado que como perseguem pessoas naquele bairro, saberiam bem mais sobre o território.

Eles vinham devagar e tinha um muro atrás de mim, será que eu pulo? Eu pulei e comecei a ir em direção aos portões de entrada, mas eles me pararam novamente, com o dobro de guardas.
Um veio por trás e segurou meus pulsos, mas eu o chutei, sabia que aquela brincadeira de combate corpo a corpo com os meus irmãos iam servir pra alguma coisa.

Mais dois vieram e tentaram me acertar com um soco, mas eu desviei, sabia que era mais rápida, se eu conseguisse poderia escapar.
O outro veio pra cima e me prendeu, eu me debati, mas eu já havia colocado algemas... eu estava presa.

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