𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 15

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     𝐁𝐨𝐚 𝐥𝐞𝐢𝐮𝐫𝐚 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐥

     𝐁𝐨𝐚 𝐥𝐞𝐢𝐮𝐫𝐚 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐥

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    Porque o seu pai sempre fazia tudo ficar tão difícil, porra ele tinha defendido a irmã,  eles zombaram da sua familia, os chamaram de aberração, e no final era ELE que tinha que ir pedir desculpas.

  --- as vezes obedecer os mais velhos é um porre --- o guincho de seu ilu lhe chamou a atenção, estavam se aproximando do local indicado que aquele bando de sardinha podre se encontrava.

   Abaixo das grandes pilastras de pedras que projetavam-se sobre as águas, a silueta de três pessoas montadas nas criaturas marinhas entraram na visão do Omaticaya.

   Suspirando, Lo'ak relaxou a mente, começando a se aproximar do grupo.

  --- o que o garoto do mato quer hein? ---  o mãos velho do grupo ou isso parecia, perguntou ironicamente.

   --- foi mal bater em você . . E eu bati demais --- o comentário ácido só fez um gostinho surgir na língua de Lo'ak, ah se ele pudesse dizer tudo que pensava sobre aquelas sardinhas na frente dele, Ewya que o perdoe.

   --- tá vamos começar de novo, eu sou Whetū, vamos ser amigos? --- estendeu a mão.

   --- eu sou Lo'ak --- o Omaticaya juntou-as em um aperto forte.

  Whetū se virou para encarar os outros que devolveram sorrisos cúmplices escondidos, apenas muito tempo de convívio para identificar a conversa silenciosa.

  --- vamo caçar juntos, fora do Recife --- a firmeza na proposta era tentadora que levaria qualquer um a segui-lo.

  Mas Lo'ak estava incerto, ele não era ingênuo.

  --- é onde os homens caçam, ou vai me dizer que você é um marica --- provocou um menino de cabelos presos em um coque.

  --- não cara eu não posso --- negou.

  --- ah, tô achando que eu chamei o irmão errado --- Whetū atiçou no pior ponto do Omaticaya.

 
   Ele não precisava contar ao pai que fez aquilo, afinal se Neteyam sabia caçar ele também poderia, seria apenas uns minutos certo? e o pai mesmo disse pra ele pedir desculpas e se dar bem.

   Uns minutos não matariam ninguém.

   --- Tá vamo lá --- a voz saiu ríspida, coçando sua garganta

 
   A risada de Whetū encheu o ar se misturando aos cochichos, entregando o arpão nas mão de Lo'ak, deu a ordem que seu ilu começasse a nadar em frente, seguido não muito atrás.

   Já longe das águas do Recife, as ondas eram fortes e altas, agitadas e furiosas, mas nada que um grupo de adolescentes não consiga passar.

   A adrenalina estava correndo nas veias, em meio ao sangue, a sensação de aventura era como um vício, pulando por entre as ondas.
 

𝐔𝐦𝐚 𝐅𝐚𝐦𝐢𝐥𝐢𝐚 𝐈𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚 ( Neteyam x aonung )Onde histórias criam vida. Descubra agora