minefields.

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Eu sei, é quase inacreditável, mas estou de volta!

Como estamos? Hoje é um dia de surto no mundinho englot segundo a minha tl, então achei apropriado dar mais uma razão para vocês surtarem hihi

Recomendo a quem não lembra o rumo da história de dar uma lida no cap anterior antes de ler esse, a coisa toda (treta) vai ir se desenvolvendo, foquem nos sentimentos e na essência deles...

Boa leitura, perdoem qualquer erro de digitação (eu acabo corrigindo depois de postar)
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Engfa Waraha Point Of View.

A noite foi um borrão, as horas se arrastavam em tortura, as letras dançavam e formavam sílabas, frases que me aterrorizavam, reconhecendo, sentindo o tão familiar medo de perder alguém que eu amo.

Charlotte não retrucou, não veio atrás, e eu não conseguia distinguir se esse comportamento era bom ou ruim, as lágrimas em seus olhos apertavam o meu peito pela culpa em causá-las, a verdade é que agora eu nem se quer sei se deveria ter agido assim.

Me arrastei para debaixo do chuveiro antes mesmo do sol nascer, meu estômago embrulhando a cada pensamento contínuo, é mais fácil se decepcionar do que decepcionar alguém, especificamente alguém muito importante para você. E ela, desde que nos conhecemos, se tornou a minha prioridade, meus sentimentos nunca foram menos do que aparentam e eu nunca tentei disfarça-los, não era necessário, eu desejei senti-la, expira-la no ar, guardar os seus primeiros sorrisos em uma caixinha reservada na minha memória, a forma mais genuína e pura de se apaixonar, a convicção de que não há limites sobre o amor, e sim muitos obstáculos para fazê-lo durar.

O banho, um comprimido para a dor de cabeça insistente e quase poderia me sentir bem, exceto pela cratera aberta no meu peito, mais alguns dias de trabalho em Chiang Mai, e como as coisas seriam agora era tudo o que eu não queria descobrir, eu não queria descer e dar de cara com Charlotte, trocarmos um "bom dia" por educação e nos ignorarmos o restante das horas, eu não sabia como fazer isso, como negar ao meu corpo quando todos os músculos alertarem a necessidade de uma aproximação.

- Bom dia P'fazinha! - As portas do elevador se abrem e fecham em sequência, a garota ao meu lado está me encarando. - Sem humor tudo bem, mas e a educação?

- Bom dia.

- Você está bem?

Levantei o olhar, deixando que ela tirasse suas próprias conclusões, e em resposta recebi um abraço, que eu realmente precisava, e um meio sorriso reconfortante.

- Vem, vamos comer alguma coisa.

Saímos do hotel, andamos algumas quadras e chegamos no seu objetivo, escolhi uma mesa enquanto ela se direcionava para o balcão, sendo recebida com sorrisos, os murmúrios começavam baixos conforme éramos reconhecidas, Nudee pediu um chá para si e um café para mim, que vinte minutos depois continuava todo na xícara.

- Isso tem a ver com você e Charlotte?

Concordei com a cabeça, em silêncio, Nesa Mahmoodi era o mais próximo que eu tinha de uma melhor amiga, embora todas nós tenhamos essa proximidade, havia uma espontaneidade maior com ela, ainda assim, eu não sabia se realmente queria verbalizar tudo o que estava sentindo.

- Você não acha que pode ser uma boa tentar falar sobre?

- Eu acho que a magoei.

Eu a magoei. Ir embora não foi a escolha certa, eu a magoei em cruzar aquela porta e deixá-la sozinha com suas inseguranças, quando tudo o que precisava fazer era segurá-la em meus braços e mantê-la longe disso tudo, comigo.

𝙳𝚊𝚗𝚐𝚎𝚛𝚘𝚞𝚜 𝙲𝚑𝚎𝚖𝚒𝚜𝚝𝚛𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora