Ei, voltei!! Eu disse que voltaria, tô atrasada mas tô aqui.
Esse capítulo tem um desenvolvimento bacana, é preciso que conheçamos os reais sentimentos das queridas para que consigamos entender o fio da história, certo?
Boa leitura, aproveitem, e até às notas finais (perdoem qualquer erro de digitação, não corrigi e estou tão cansada que não farei isso por agora)
_______________________________________Engfa Waraha Point Of View.
O alvoroço no salão começou assim que desci do carro, celulares, câmeras, todos em minha direção capturando qualquer movimento, a Engfa de alguns anos atrás não acreditaria que iríamos vivenciar isso, um sorriso genuíno cobre meus lábios enquanto todos chamam pelo meu nome, um sentimento de gratidão e carinho preenchem o meu interior.
Secretamente, sou orgulhosa de ter chegado na posição em que estou, a rotina era exaustiva, o tempo era corrido, mas o esforço se faz gratificante em muitos aspectos, principalmente para alguém que sempre quis estar na mídia, participar de um concurso de beleza nunca foi o plano inicial, eu queria ser reconhecida pelo meu talento, pela minha voz, e embora já estivesse nisso, tudo se tornou possível depois do concurso, as coisas foram se encaixando e dentro de um ano meu nome estava finalmente sendo reconhecido. As vezes é inevitável não lembrar do passado, ter a consciência de que nem sempre as coisas foram fáceis, tive que lidar com dores que não sabia como curar ainda muito nova e imatura, sem entender nada da vida, sem saber por onde deveria começar a procurar se quisesse achar uma saída entre todo aquele caos.
A vida não segue a mesma correnteza, e enquanto alguns de nós estão indo em busca do melhor para si, outros estão presos nos traumas, nos machucados que mesmo não tendo culpa, estão ali e ardem constantemente, o processo para se tornar adulta e responsável sendo mais complicado, haviam perguntas demais, medos demais, mas isso não tinha tanta importância quanto as verdadeiras necessidades, foi assim que uma garotinha assustada se tornou uma mulher forte, porque independente do que sentisse, ela precisava aguentar e seguir, precisava manter sua família segura e bem, não tinha escolha e muito menos opção.
"Flashback on"
- Não querida. - Segurou o microfone, me mostrando a forma certa. - Sempre segure-o assim quando for cantar e sua voz soará suavemente, sem esforços.
Minhas mãos cobriram o microfone, mantendo na posição que acabara de ser instruída, ele pegou o outro e segurou do mesmo jeito, estávamos na garagem, num domingo à tarde, apenas nós dois e as letras rodando na tela enquanto a música iniciava e começávamos a cantarolar o primeiro verso juntos, isso era a vida e o trabalho dele, o foco de toda a sua dedicação, e desde muito pequena se tornou a minha paixão também, os meus melhores momentos eram compostos por música, meu pai e eu, cantando livremente cada estrofe.
- Mais uma! - Exclamei nas últimas notas. - Por favor papai, por favor.
- Claro querida, mas com uma condição.
- Qual? - O encarei, curiosa.
- Essa você vai cantar para mim, combinado?
- Mas... E se eu desafinar e cantar muito mal?
- Então vamos cantar de novo e de novo até que se torne uma linda melodia.
- Eu não sou uma cantora. - Falei, insegura e cabisbaixa.
- Ainda não, mas um dia você será. - Segurou meu rosto em suas mãos tentando me passar alguma segurança. - E eu estarei lá na primeira fileira, cheio de orgulho da minha garotinha.

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𝙳𝚊𝚗𝚐𝚎𝚛𝚘𝚞𝚜 𝙲𝚑𝚎𝚖𝚒𝚜𝚝𝚛𝚢
Fanfiction𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂𝒕𝒐 𝒗𝒊𝒔𝒖𝒂𝒍; 𝒖𝒎𝒂 𝒂𝒓𝒎𝒂 𝒆𝒇𝒊𝒄𝒂𝒛, 𝒑𝒆𝒓𝒊𝒈𝒐𝒔𝒂 𝒆 𝒍𝒆𝒕𝒂𝒍, 𝒐𝒍𝒉𝒐𝒔 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊́𝒇𝒊𝒄𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒍𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒊𝒔 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒔𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒐, 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒂̂𝒏𝒆𝒂 𝒆 𝒎𝒂𝒈𝒏𝒆𝒕𝒊𝒄𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆...