she is my home.

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Oi gente, como estamos? Todo mundo meio borocoxó pelo fim de sml + a despedida das meninas né? Eu sei, também estou :(

Como vocês sabem, eu sigo uma certa ordem cronológica de acontecimentos no mundinho englot, e pensei em deixar essa viagem e o terror que passamos de fora, mas aí eu refleti melhor, pra que? se eu posso simplesmente reverter as coisas?

Espero que gostem, boa leitura e me encontrem nas notas finais.
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Engfa Waraha Point Of View.

Não é possível entender a caça se você nunca foi o lobo, buscando pelo que te satisfaz naquele momento, mesmo sabendo que não dura, que tem um prazo de validade, a felicidade é algo instável e nem sempre fácil de alcançar, as vezes é dada como um presente e em outras, um roubo necessário.

Eu tinha medo de quase tudo quando era uma garotinha, a vida me assustava em níveis extremos, o próximo passo parecia sempre em falso, como saber que está pisando no abismo e mesmo assim ir, e então uma mão firme segurava o meu ombro, me abraçava com todo o seu coração e dizia "se acreditar em si mesma, nada pode te derrubar", por breves segundos aquela era toda a minha segurança, ali eu realmente acreditava na minha própria bravura, hoje quando fecho os olhos em cima de um palco, no meio da multidão ou em frente a muitas câmeras, estou voltando para aqueles segundos, para lembrar a mim mesma de suas palavras.

Nada pode me derrubar.

O aeroporto já estava lotado logo cedo, haviam fãs correndo para lá e para cá com suas câmeras, a maioria me seguindo até o ponto de encontro, onde meu chefe, o restante da equipe e Charlotte me esperavam, estávamos embarcando para Chiang Mai para eventos que estavam em nossas agendas.

- Bom dia Engfa, preciso do seu passaporte. - P'sun foi o primeiro a me abordar.

Entreguei o passaporte e ele se afastou, a primeira coisa que notei foi a ausência dela e me perguntei porque ainda não havia chegado, cumprimentei os demais, incluindo o Boss Nawat que disse estar animado para essa viagem, bom, pelo menos alguém, já que meu ânimo para essa semana em Chiang Mai é inexistente pois meu corpo estava pedindo socorro ao ser afetado por um resfriado que acabava comigo, deixei minha mala junto às outras e fui até os fãs, trocamos bons momentos de conversas, brincadeiras e muita fofura, eles são os mais adoráveis quando se trata de mim, sempre querendo cuidar, me lembrando que estão comigo, me enchendo de presentes, eles me lembram do quanto sou sortuda por ser amada assim. 

- P'fa, cadê a P'char? Porque não vieram juntas?

- Vocês estão animadas para o evento?

- Englot vai colocar um anel durante o evento?

E lá estavam elas, as perguntas, eu nunca os interpreto de forma rude, sei que estão ansiosos por tudo o que Englot faz 24/7, mas as vezes é mais simples ignorar algumas delas, e também necessário, sorri enquanto estendia a mão para aceitar um pirulito que alguém me ofereceu, quando levantei o olhar percebi a agitação e os olhares para algo lá atrás, melhor dizendo: alguém.

- Charlotte chegou! - Alguém gritou no meio do amontoado.

Virei, vendo-a sorrir e acenar para eles, e meu coração acelerar instantaneamente ao vê-la, é sempre a mesma sensação, nossos olhos se cruzam e eu sei que estou em casa, o abraço logo em seguida comprova isso, ela é o meu lar, mas hoje não, não posso ir até lá e abraçá-la, então me contento com um meio sorriso no canto dos lábios enquanto o meu castanho favorito ainda está me encarando, não dura muito, mas nós já aprendemos a lidar e nos conformar com pouco.

𝙳𝚊𝚗𝚐𝚎𝚛𝚘𝚞𝚜 𝙲𝚑𝚎𝚖𝚒𝚜𝚝𝚛𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora