𝙳𝚊𝚗𝚐𝚎𝚛𝚘𝚞𝚜 𝙲𝚑𝚎𝚖𝚒𝚜𝚝𝚛𝚢

i want you to be mine.

Bôdia meus amores! É uma ótima manhã de terça-feira para matar vocês, não acham?

Eu sei que estou super atrasadinha na att, mas antes de me xingarem vocês precisam ler este capítulo, eu não podia postar até sentir que estava do jeitinho que eu queria, entendem? Refiz ele algumas vezes, mas acredito que agora esta... como eu posso dizer, no ponto?

AVISO: este capítulo contém cenas explícitas e se você não gosta, é melhor não lê-lo.

Boa leitura, e espero vocês nas notas finais ;)
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Charlotte Austin Point Of View.

Isso foi real?

A noite passada e cada parte dela reprisando em minha mente repetidamente, eu estava presa nos toques, nas reações, nas sensações, em como ela fez todas as veias do meu corpo vibrarem.

Acordei sozinha na cama, descobrindo que o vazio deixado por ela não era nada agradável, meu corpo estava quente mas não como quando estávamos entrelaçadas e suas mãos alisavam minhas costas suavemente, me livrei dos cobertores e andei até a janela, abrindo as cortinas para que o sol invadisse o quarto, fazia um lindo dia lá fora, e uma ótima manhã aqui dentro, sorri ao pensar no motivo do meu bom humor, eu sabia que ela tinha um ensaio de fotos logo cedo e por isso precisou sair antes que eu acordasse, nossas agendas quase nunca encaixam exceto quando estamos trabalhando juntas, vesti o hobby que encontrei sobre a poltrona, o tecido macio tinha o cheiro dela e foi impossível não tragá-lo.

Se existe a possibilidade de alguém se tornar o seu vício, Engfa era o meu.

Entrei no banheiro em busca da escova de dentes que deixei na gaveta dela a semanas atrás e encontrei sua letra perfeitamente desenhada no espelho, um recado pequeno e significativo escrito com o batom vermelho.

"Eu amo te observar dormir e quase perdi o meu horário por isso, desculpe não estar ao seu lado quando acordar, mas saiba que estarei pensando em você o dia todo, como sempre, tenha um bom dia baby"

Mordi o lábio, sorrindo para o espelho feito uma adolescente bobinha vivendo o seu primeiro romance, o que talvez não seja mentira, já estive apaixonada por outras pessoas e senti algumas dessas sensações, mas definitivamente não foram nem metade do que ela me fez sentir, não era um exagero dizer que com ela nada fora como antes, Engfa estava em todos os meus pensamentos e planos desde que soube o que sentia por ela, desde que percebi que ela era o meu primeiro amor.

Tomei um banho demorado, aproveitando cada gota que escorria pelo meu corpo, lembrando dela percorrendo o mesmo trajeto com a ponta dos seus dedos, completamente hipnotizada pelo que fazia, seus olhos vidrados em mim, seu corpo acesso por estar grudado ao meu, seus lábios pronunciando as palavras que eu tanto quis ouvir, finalmente nos entregamos ao desejo e não houve nenhum resquício de dúvida ou receio, estávamos nisso a muito tempo, mesmo que ainda não tivéssemos nos permitido chegar até o final. A nuvem que pairava sobre mim e se tornava ainda mais carregada todas as vezes em que íamos tão perto do penhasco, mas sabíamos que não era a hora de pular, não ainda, simplesmente se dissipou no ar como fumaça, haviam inseguranças mas elas não me preocupavam tanto assim, quando ambas escolhem ser transparentes sobre seus sentimentos, uma sempre sabe o que a outra sente e é mais fácil lidarem com isso juntas, como duas pessoas que realmente estão dispostas a tudo pelo que sentem.

Sai do banho e atravessei o corredor até a sala, procurando minha bolsa para acabar com o barulho que vinha de dentro dela, atendi a ligação e me arrependi assim que a voz animada soou do outro lado.

- Não diga nada, estamos indo, apenas abra a porta.

Como assim estamos indo? Quem está vindo? E como elas sabem onde estou?