12. OSCILANDO

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BILLY! — GRITOU ALEJANDRO assim que saiu do carro.

Eu me virei para a casa, acenando para Zayn enquanto corria para a varanda. Ouvi Alejandro cumprimentá-los ruidosamente atrás de mim.

— Vou fingir que não o vi ao volante, Zayn — disse ele num tom de censura.

— Conseguimos a carteira mais cedo na reserva — disse Zayn enquanto eu destrancava a porta e acendia a luz da varanda.

— Sei, claro que sim. — Alejandro riu.

— Eu tenho que me locomover de algum jeito. — Reconheci com facilidade a voz ressoante de Billy, apesar dos anos. Seu som fez com que eu me sentisse mais nova de repente, uma criança.

Entrei, deixando a porta aberta e acendendo as luzes antes de pendurar o casaco. Depois fiquei parada à porta, olhando ansiosamente enquanto Alejandro e Zayn ajudavam Billy a sair do carro e sentar em sua cadeira de rodas.

Saí do caminho quando os três entraram às pressas, sacudindo a água da chuva.

— Que surpresa — dizia Alejandro.

— Faz muito tempo — respondeu Billy. — Espero que não seja má hora. — Seus olhos escuros lampejaram para mim de novo, a expressão indecifrável.

— Não, está tudo ótimo. Espero que possa ficar para o jogo.

Zayn sorriu.

— A ideia é essa... Nossa TV quebrou na semana passada.

Billy fez uma careta para o filho.

— E é claro que Zayn estava ansioso para ver a Camila novamente — acrescentou ele. Zayn deu-lhe um olhar zangado e abaixou a cabeça enquanto eu lutava contra um surto de remorso.

Talvez eu tivesse sido convincente demais na praia.

— Estão com fome? — perguntei, virando-me para a cozinha.

Estava ansiosa para escapar do olhar perscrutador de Billy.

— Não, comemos antes de vir para cá — respondeu Zayn.

— E você, pai? — gritei por sobre o ombro enquanto fugia para a bancada.

— Claro — respondeu ele, a voz na direção da sala e da TV.

Eu podia ouvir a cadeira de Billy seguindo-o. Os sanduíches de queijo grelhados estavam na frigideira e eu fatiava um tomate quando senti alguém atrás de mim.

— E aí, como vão as coisas? — perguntou Zayn.

— Muito bem. — Eu sorri. Era difícil resistir a seu entusiasmo. — E você? Terminou seu carro?

— Não. — Ele franziu a testa. — Ainda preciso de peças. Pegamos esse emprestado. — Ele apontou com o polegar na direção do jardim.

— Lamento. Não vi nenhum... O que estava procurando mesmo?

— Um cilindro mestre. — Ele sorriu. —Alguma coisa errada com a picape? — perguntou ele de repente.

— Não.

— Ah, eu estranhei você não estar dirigindo.

Encarei a frigideira, levantando a beirada de um sanduíche para verificar o lado de baixo.

— Peguei uma carona com uma amiga minha.

— Carona legal. — A voz de Zayn era de admiração. — Mas não reconheci a motorista. Pensei que conhecia a maior parte do pessoal daqui.

Assenti sem querer me comprometer, mantendo os olhos baixos ao virar os sanduíches.

— Meu pai parecia conhecê-la de algum lugar.

Twilight - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora