CAP.16:: Unpredictable - pt.03

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Quando você briga com alguém e some de sua vida por muito tempo, a tendência de um reencontro era óbvia. Deveríamos estar discutindo novamente e sentindo remorço, porém isso não pode acontecer quando você ainda ama aquela pessoa.

"É minha mãe..., apesar de tudo..."

O problema nunca foi comigo, foi entre eles, e foi isso que me aborreceu e tirou minha paz naquela época.

— Tem passado bem? — Com os olhos avermelhados, sentada a minha frente, minha mãe questionava. — Como está você e sua irmã?

— Bem. — Digo desconfortável.

Aquele lugar ainda era o mesmo. Um lugar simples e repleto de memórias.

— Esse...? É seu novo marido? Oh, ele é lindo... — A mulher sorri levemente.

Han Jisung não sabia o que fazer naquela situação. Ele estava tão desconfortável quanto eu. E antes que ele a respondesse eu o interrompo.

— Não. — Digo diretamente e suspiro.

— Oh..., então... ainda continua com seu... — A interrompo.

— Não. — Retruco e a mulher fica sem graça.

— Desculpe... — Ela abaixa a cabeça.

— Está ficando difícil... lidar com Song Yebin. — Desta vez, eu puxo assunto.

— Tudo bem! Ela só está ficando velha.., tente entendê-la. — A mulher aconselha.

— Sim, ela está ficando velha, mas isso não é motivo para ela perder seus sentidos, certo? — Indago tristonha a olhando nos olhos. — Eu... não quero mais viver assim.

— O-o que?

— Song Yebin quer me casar novamente, eu não quero viver presa em suas crenças..., então irei desobedecer ela desta vez...

— ... Por que está me dizendo isso?

— Não se preocupe, não irei ter a cara de pau de voltar para cá depois do que disse. — Abaixo a cabeça. — Estou apenas dizendo isso pois não quero que a senhora pense em mim como alguém ruim por estar abandonado a pessoa que me criou... — Solto uma risada. — Já devo ser alguém horrível para a senhora por ter saído daqui daquela forma.

— Não! Sujin-ah, é minha culpa, hm? Você não tem culpa de nada! Seus pais são os culpados...

— Todos nós somos culpados. — Concluo francamente. — Mãe.. — A mesma falha na respiração e estremece o olhar surpreso ao me ouvir chamá-la assim. — Me desculpe também..., por ser uma péssima filha.

Ao dizer isso, o silêncio foi abafado pelo soluço de minha mãe, ela passou a se conter para não chorar.

— Não..., você sempre foi uma ótima filha, você e sua irmã... — Ela soluça ainda reprimindo o choro.

— Sujin-ah..? — De repente, meu pai adentra na sala.

Levantando perpétua, eu encaro meu pai em uma cadeira de rodas.

— Pai..., o que aconteceu?

— Sou eu quem deveria perguntar isso! —Agitado, o mesmo vem até mim. — O que aconteceu? Por que quer deixar sua boa vida ao lado de sua avó? — Ele pergunta injuriado e eu mordo os lábios.

Soltando um suspiro trêmulo, eu me agacho a sua frente.

— Pai..., mãe... — Seguro suas mãos. Ambos me olharam atentamente. — Desta vez, irei viver por mim mesma. Eu tenho esse direito?

THE VIPS:: Han JisungOnde histórias criam vida. Descubra agora