desculpas

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Semanas depois

Por Romeu:

   Eu estava muito feliz, a mulher que eu amo estava esperando um filho meu, o nosso filho. Eu sei que o que fiz foi errado, muitas vezes tento me desculpar, mas toda vez que vou falar, não consigo, eu sei a reposta dessas desculpas, não será algo bom para mim. Então eu vou seguir a vida e tentar mostar para ela que podemos ser uma família feliz. Por conta desse ocorrido voltei a tomar meus remédios, em pequenas quantidades mas voltei a tomar, para não correr o risco de nada parecido acontecer.
    Acordei tarde hoje, não avia colocado o despertador para tocar. Me levantei e fui em direção ao banheiro mas senti um cheiro delicioso vindo da cozinha. Fui até lá.

—O que você está fazendo?—Digo indo em direção de Merida que estava em cima de uma cadeira tentando pegar algo em uma prateleira.—Cuidado — Lhe tiro de lá com cuidado.

—Eu só estava pegando os pratos.—Fala me olhando tranquilamente. Ela estava linda ,ainda mais  com aquela barriga, já estava um pouco grande pois ela já estava de quase 5 messes.

—Por quê não me chamou pra pegar?—Ela não pode correr riscos.

—Você estava dormindo.—Ela sai da minha frente e vai até o forno e, se abaixa pra abri-lo mas entro em sua frente.

—Deixa que eu pego.—Pego, e vejo um belo bolo de chocolate.—Podia ter dito que queria bolo, eu faria para você.

—Me deu vontade e você não acordava, fui lá e fiz eu mesma, estou grávida não morta.—Vira de costas e pega uma panela com brigadeiro.—Anda,trás o bolo aqui.—Levo o bolo a ela  coloca o brigadeiro por cima.—Já que eu não posso fazer esforço pega o granulado.—Fala sinica e eu vou pegar.

—Toma.—Lhe entrego e ela coloca o granulado por cima do bolo.—Parece bom.

—Esperimenta.—Ela corta um pedaço e me entrega. Parece que hoje ela está tranquila, o que eu fiz foi horrível então essas atitudes dela sem ser surtos , entre outros me deixavam com receio.

—Está ótimo. —Digo assim que como um pedaço.

—Realmente está.—Começou a comer um pedaço também.

—Eu pensei em sairmos para jantar fora.—Falei baixo com medo da sua reação.

—Você realmente nunca vai falar sobre o que fez comigo? Não sei porquê mas eu esperava que você pedisse desculpas.—Diz me encarando.—Eu tenho ódio, muito ódio de você por ter me abusado. Eu não queria esse filho, muitas das vezes penso se estou errada por não gostar do meu filho, ele não tem culpa dos seus erros.—Me olha como se quisesse respostas.— Eu estou te dando uma chance de falar algo, não vou te perdoar, só quero saber se pelo menos sente remorso, eu preciso ouvir da sua boca. Você me humilhou quando  me obrigou a gerar  algo que eu  não queria.

—Merida... eu me arrependo, eu não consegui me controlar e te prejudiquei, eu sei que você não quer essa criança, eu me sinto um lixo a maior parte do tempo, mas eu não posso mentir que me sinto feliz por ter esse filho. Nunca falei nada, por medo da sua reação, medo de você ter ainda mais ódio de mim por tocar nessa ferida, que conserteza doe mais em você. Eu seu que o certo seria te deixar ir, mas isso é demais para mim.—Falo e logo olho para seu rosto ainda me fitando.—E eu quero que saiba que me arrependo e me sinto um lixo todos os dias pelo que fiz...

—Era isso que eu precisava ouvir... saber que esse remorso é culpa vai te seguir a todo o momento, me deixa um pouco mais leve, você carregará essa culpa até o fim.— Saber que minhas palavras a fizeram um pouco satisfeita me deixou feliz, mesmo que seja a custa da minha agonia. A minha vida não importa nesse momento, eu sou o errado.—E sobre o jantar eu aceito não aguento mas ficar aqui.—Se levantou com o prato em mãos com a fatia de bolo.—Se puder lavar para mim eu agradeço.

—Claro que eu lavo.—Ela sai com o prato.

   Lavo os pratos e vou  ao banheiro tomar um banho para relachar, essa conversa foi desconfortável mas se para ela foi bom, para mim também está.
    Saio do banho e vou colocar uma roupa para cuidar do jardim. Saio da casa e vou para o lado de fora em direção ao jardim, começo a retirar folhas secas, regar, entre outras coisas quando olho pelo vidro da janela, e vejo Merida me olhando, disfarço para que ela não veja que a vi. Ela fica lá me fitando um bom tempo até que sai e fecha a cortina, gostaria de saber o que ela estava pensando.
    Fico um bom tempo lá cuidando das flores até que da o horário do almoço, iria preparar o prato favorito de Merida, lasanha. Entro em casa e não a vejo na sala, imagino que esteja no seu quarto. Vou tomar um banho para tirar toda aquela terra de mim, tomo meu banho e vou até a cozinha. Vejo Merida sentada na mesa fitando o teto.

—Quero te ajudar a cozinhar.—Fala e não me olha.

—Você...—Me interrompe.

—Nem tente me impedir, eu quero fazer algo.—Apenas balanço a cabeça em resposta.

   Começamos a fazer o almoço, ela ficou com a montagem e o corte de algumas coisas, enquanto eu fazia o resto envolvendo fogo, temperos, entre outros.

—O cheiro está bom.—Fala ao ver eu por a lasanha na mesa.

—Espero que esteja boa como o cheiro.—Lhe sirvo um pedaço  e ela põe na boca.

—Está ótimo, me lembra a lasanha de meu pai.—Dis continuando a comer.

—Seu pai faleceu né?—Pergunto e me Sento na mesa.

—Sim, a 5 anos.—Come mais.

—Sinto muito.

—Tudo bem, eu gosto de lembrar do meu pai.

   Terminamos de comer, e Merida insistiu para ajudar a limpar as coisas, a deixei na parte da secagem. Terminamos e fomos os dois ver tv, ela manteve uma distância de mim, mas pelo menos ela estava ao meu lado de um serto ponto, mesmo assim destante me sentia feliz pela pouca aproximação.

Continua...

(Barriga da Merida).

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