Procura-se babá | kaisoo

A entrevista

Mudei o layout do capítulo anterior, quem já viu da uma outra olhadinha ❤️ é só uma mini info, iremos conhecer mais sobre os personagens no decorrer da fic 🫶🏼

Kai no exército 💔
Essa surpresa veio como um soco na nossa cara, mas vamos torcer para que ele fique bem e saudável, que o tempo não demore a passar 😢🧸

(No início de todo capítulo colocarei como foto um post do Instagram de algum deles)

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Abro meus olhos devagar tentando me acostumar com a luz do sol, depois de muito tempo sem saber o que é acordar sem despertador esse dia chegou. Semana passada fiz o meu último plantão no hospital, e isso não quer dizer que juntei uma grana para poder sair do emprego, só me saturei dessa rotina de lidar com doenças graves e ver parentes chorando depois de presenciar o sofrimento do ente querido.

Sempre trabalhei com a ala infantil e amava essa parte, tanto que ia feliz todos os dias já que veria minhas crianças e tentaria fazer do dia delas um pouco melhor. Até que comecei a perder alguns pacientes e meu peito doía muito, perdi noites de sono pós plantão de tanto chorar pensando nos meus pequenos.

Decidi sair daquele lugar e exercer minha profissão em qualquer outra área que não seja hospitalar.

Levanto devagar me espreguiçando até sentar à mesa, meu parceiro de apartamento sempre deixa o café pronto então aproveito para devorar o que tem ali. Eu e ele moramos juntos desde a faculdade, muito mais de seis anos aí aguentando Baekhyun na minha vida e olha que não é a tarefa mais fácil do mundo não.

Com um bom café na barriga ligo a televisão para deixar passar alguma coisa, são tantos anos trabalhando loucamente que não sei o que fazer em casa. Deixei minha vida no hospital atropelar minha vida pessoal, não lembro nem qual meu filme favorito, sempre amei cantar não sei nem como dedilhar um violão mais.

Acabo cochilando no sofá e só acordo com a sutileza de Baekhyun.

— Está desempregado mas não precisa dormir o dia todo. — Desperto devagar.

— Obrigado por ser tão compreensivo, gentil...

— Não quero te ver nesse sofá todos os dias, inclusive arrumei um emprego para você.

Sento no sofá para entender melhor tudo que o moreno fala.

— Não quero ficar deitado aqui, mas não vou voltar para o hospital.

— Por isso arrumei um emprego ótimo para você. — O encaro desconfiado enquanto ele morde uma maçã apoiado na bancada. As ideias de Baek sempre são uma bosta, não consigo acreditar nele. A última roubada que me envolveu foi um encontro às cegas onde passei a noite inteira conversando com pessoas insuportáveis que só sabiam falar de si, e ele me acompanhou? Não. Me enganou para conseguir sair com o bartender do lugar.

— Não boto fé.

— É um trabalho fácil tá bom, a prima de uma conhecida do lar de idosos precisa de um babá.

— Ótimo, você nem sabe quem são as pessoas e quer me jogar nessa.

— Sei sim, a prima de uma conhecida ué. A mulher é rica e está procurando uma pessoa qualificada, ou melhor um homem qualificado.

— Deve ser do tipo ciumenta, certeza.

— Só sei que é para cuidar de um menino pequeno, você cuidava de muitos enfermos ao mesmo tempo. Tirará de letra. — Ele vem até mim jogando um cartão com um endereço. — Marquei sua entrevista para amanhã.