Abro meus olhos e infelizmente sinto a cama cheia. Ontem consegui fugir da Krystal indo deitar antes que chegasse em casa, não era tão tarde quando a porta do quarto foi aberta e a morena entrou por ela. Me mantive fingindo dormir mesmo quando suas mãos tocaram meus ombros.
Sei que ela não se arrepende do que fez, afinal não foi a única vez que sua raiva se tornou física, quando me machucou pela primeira vez chorou por uma noite inteira pedindo perdão por horas a fio. Posso contar em uma mão todas as vezes que Krystal bateu em mim, ainda assim acho demais já que não devia ter feito nenhuma.
Não quero ouvir suas desculpas, não quero ouvir mentiras apenas para amenizar a convivência quando estivermos em casa.
Levanto da cama fazendo minha higiene matinal.
— Kai. — A mulher está parada na porta do banheiro.
Não respondo, meu objetivo é tomar um café em paz sem escutar a voz dela.
— Te ameacei ontem, não devia ter feito isso. — Troco de roupa rapidamente sem olhá-la, abro a porta conseguindo respirar aliviado desde o momento que acordei.
Na mesa Kyungsoo se diverte com Jimin e Lin? Meus olhos não acreditam no que veem, os três conversam tranquilamente e meu filho parece empolgado.
Senhor Jung está encostado em uma bancada distante me fitando, não consigo interpretar aquele olhar.
— Depois do café, no jardim. — Afirmo sentando à mesa.
Sento ao lado de Jimin e Kyungsoo levanta avisando que irá tomar café, me sinto mal deixando o enfermeiro comer sozinho, para mim não faz sentido algum essa distinção.
— Ji. — O pequeno me olha. — E se comermos com o Kyungsoo?
Ele afirma um milhão de vezes estendendo os braços, o pego no colo levanto até a cozinha onde o enfermeiro come. Um café diferente é servido para que ele se alimente.
— Soo! — Os olhos dele se arregalam.
— O que fazem aqui?
— Comer com você uai. — Jimin desce do meu colo para ir até Kyungsoo.
Preparo meu pão com café sentindo o olhar do mais baixo em mim, direciono minha atenção a ele e... de novo aquele nervosismo estranho, arrisco a dizer que minhas mãos começaram a suar.
— Não precisava Jongin, mas obrigado.
— Por nada — Jimin é mais rápido que eu na resposta, o espertinho rouba um pedaço do pão que Kyungsoo comia.
— Abstinência filho?
— Bistinencia? — Sua carinha vira uma confusão só.
As risadas começam e o clima quando estamos os três é pacífico, meu filho se sente à vontade com Kyungsoo, não tem vergonha nem medo de se relacionar com o mais baixo.
As antigas babás até criavam uma conexão com ele, mas nunca durou muito, logo Jimin vinha reclamar para mim que ficava sozinho ou que brigavam com ele e já queria passar para frente. O que não demorava, Krystal achava alguma justificativa para mandar a garota embora.
— Dormiu bem Jongin?
— Na medida do possível.
— Sente falta de dormir comigo não é papai? — Afirmo dando um golpe no café.
Logo termino de comer e o assunto pega fogo na cozinha, Jimin está cada dia mais esperto chega a me assustar. Deixo os dois sozinhos, Jungwoo quer falar comigo e isso não é um bom sinal, caminho devagar pensando no tipo de resposta tenho que ter na ponta da língua.
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Procura-se babá | kaisoo
FanfictionSabe aquela definição de família perfeita? Os Kim Jung se enquadram perfeitamente nesse estereótipo. Kim Jongin, um pai amoroso e dedicado que daria a vida pelo filho, chef pâtissier com cafeterias em seu nome e fila todos os dias na porta, para co...