Casa de campo

32 5 5
                                    

KIM JONGIN

Sexta feira chegou e eu queria fugir dela.

Se tem uma coisa que eu odeio é ir até a casa dos pais de Krystal, o nariz dessas pessoas é tão em pé que de início nem a palavra direcionavam a mim. A situação não melhorou com Jimin, piorou um milhão de vezes já que não aprovam nosso relacionamento, queriam a filha casada com um empresário qualquer, minhas cafeterias não contam como um negócio, meu curso em gastronomia então. Tento me preparar para o que vou ouvir nos próximos dias.

O que me dá um certo alívio é a presença de Kyungsoo, o babá do meu filho não trás felicidade só a ele, me sinto bem quando o mais baixo está em casa.

As malas já coloquei no carro, pedi para Krystal deixar que Kyungsoo prepare Jimin e desde ontem o pequeno só chora sem querer dizer o porque.

— Do! — O chamo antes que entre no quarto de Jimin.

— Oi Kim. — Franzo o cenho.

— Kim?

— Me chamou de Do.

— Perdão, quero te pedir uma coisa. Tente descobrir o porque do choro de Jimin, desde ontem ele não para, até dormi com ele e não resolveu. — Ele afirma com a cabeça.

— Vou descobrir. — Responde adentrando o quarto.

Tudo arrumado para a viagem, sento no sofá esperando Kyungsoo terminar de arrumar o pequeno.

— Kai. — Fito Krystal se aproximando e sentando ao meu lado. — Sei que os últimos dias foram difíceis, você não tem a melhor relação com os meus pais. — Volto minha atenção para o chão, como de costume a culpa é minha. — Mas preciso que se esforce, não responda meu pai nem minha mãe, seja educado, minimize o que é inevitável.

— Eu sempre faço isso, você sabe. Só não entendo porque não consegue fazer por mim. — O rosto de Krystal não titubeia, nem pensa no que acabei de dizer.

— Não tem como relevar seus pais, impossível. — E o looping continua, ela não vai dar o braço a torcer de forma alguma. — Está tudo pronto?

Afirmo com a cabeça ouvindo Jimin conversando, os dois descem as escadas com sorriso no rosto.

— Vamos. — Me levanto com Krystal e Kyungsoo nos acompanha. A passos rápidos saímos pelo jardim. — Vai com o seu carro? Certeza?

— Bem melhor. — Ele responde tomando a frente para colocar Jimin na cadeirinha.

— Então vou te dar o endereço, mas vou dirigir sem muita graça para que consiga seguir o carro.

Tudo explicado, cada um no seu devido carro, piso no acelerador querendo voltar para casa.

Esses são sempre os piores finais de semana.

Algumas horas de viagem e o som toca baixinho, o pequeno está no décimo sono e Krystal não larga o celular por um minuto. Não reclamo já que nossas conversas andam se transformando em discussões rapidamente.

O carro de Kyungsoo segue atrás do nosso por todo o percurso, então quando estacionamos o enfermeiro está logo atrás.

Abro a porta do carro vendo o casal parado em frente à imensa casa de campo.

Parece ter sido reformada, vigas em madeira com janelas do tamanho da parede cercam a casa, o jardim tem um tom mais verde que o ano passado.

— Mamãe! Papai! — Krystal vai até eles.

Tiro Jimin da cadeirinha e ele coça os olhinhos ainda perdido pelo sono.

— Tudo bem querida? — Um abraço apertado de cada um na filha.

Procura-se babá | kaisooOnde histórias criam vida. Descubra agora