Helô e Stenio se conheceram na faculdade e se envolveram numa explosão de sentimentos, mas a imaturidade e o medo fez a relação acabar da pior maneira possível.
Quando se reencontram anos depois, muitas coisas escondidas pelo tempo, virão a tona. S...
A/N: Olá querides! Espero que estejam todos na mais perfeita paz. Sobre a demora: Mercúrio está retrógrado, precisa de outra explicação? Já mencionei que meu ascendente é em touro? Pois bem, agora que estamos mais que justificadas, boa leitura!
Não corrigi muito bem não viu, me perdoem os eventuais erros.
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Helô acordou enrolada em lençóis brancos que não eram seus, nem nenhum dos que ela estava acostumada. A cabeça aérea estava leve, relaxada, apesar do leve martelar que insistia em incomodá-la na região das têmporas.
Se espreguiçou, esticando o corpo descansado, os músculos distendidos se mostravam doloridos enquanto ela os remexia, mas a dor era gostosa, como um repouso após um intenso treino. Levantou o tronco, se apoiando nos cotovelos e se sentou com as costas apoiadas na cabeceira da cama que também não era a dela.
A luz do sol entrava com força pelas cortinas e ela levou uma mão ao rosto para cobrir os olhos sensibilizados, abrindo-os devagar para ajustá-los ao excesso de iluminação que transbordava pelo ambiente e insistia em colocar fim às aventuras que se desdobraram na noite anterior.
Com a pressa de arrancar as roupas na noite anterior, as peças estavam espalhadas por toda a parte, o quarto estava uma bagunça e os lençóis que a acomodavam, ainda encontravam-se levemente molhados.
Com a pressa de chegar à cama, o casal também não se preocupou em fechar as portas da varanda.
A brisa mansa e o cheiro impositivo da maresia adentravam a suíte, fazendo as cortinas dançarem contra as portas de vidro e denunciando a proximidade em que se encontravam do mar.
A problemática das portas abertas, que a preocupou ainda em seu estado de sonolência, vinha da arquitetura dos quartos do resort. Nenhum deles tinha dois andares e a varanda dava direto para dentro de uma imensa piscina, que era compartilhada por todas as outras suítes que ocupavam aquela parte do hotel.
Qualquer um que olhasse de fora, no ângulo certo, poderia vê-los deitados ali. Se bem que um show muito maior e mais explícito foi dado na noite anterior.
A figura masculina, completamente nua, se agitou ao seu lado, virando de bruços na direção oposta.
Ela olhou para baixo, notando o contraste do cabelo escuro dele, com os lençóis imaculadamente brancos. Seu olhar desceu pelas costas, observando as marcas vermelhas de arranhões deixados por suas unhas afiadas. Reparou também nas pequenas manchas roxas na curva do pescoço, dando à luz a sua obsessão nada secreta com aqueles trapézios.
Sorrindo, ela mordeu os lábios e encostou a cabeça no encosto da cabeceira, os pensamentos ainda a mil. Se perguntava como era possível viver naquele infinito particular àquela altura de sua vida, igualando-se e repetindo aventuras de um período juvenil e enérgico, do qual se julgava desconectada.
Mas de fato, uma mente forçada à expansão pelo sabor de novas experiências, nunca poderá voltar às suas antigas dimensões. Ela não tinha percebido ainda que o dinamismo e a espontaneidade tinham lhe feito tanta falta, até tê-los de volta.