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Mais um cap para vocês cheio de depressão do jeitinho que eu gosto 🧣

Recomendo ouvirem música no fundo para ter melhor experiência 🧣

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.....

Harry já esperava seus amigos no portão na frente da escola, logo os vendo agarrados trocando carícias um no outro, não resistiu a vontade de revirar os olhos em direção a toda melosidade que ambos transbordava e assim o fez, os vendo rir dele.

O puxaram para um abraço matando a saudade, mesmo que tenham se visto ontem, eram tão apegados um no outro que um dia seria o suficiente para morrerem de saudades.

-ja estava com saudades de vocês - disse Harry sendo o primeiro a sair do abraço.

-não seja bobo, nós nos vimos ontem - Hermione disse começando a andar para dentro da escola acompanhada dos dois que vinham um pouco atrás.

-tambem estava, pena que as aulas também voltaram - Rony respondeu cabisbaixo.

-não fale assim Rony, estudar é sempre importante ainda mais quando você é burro...- Hermione jogou no ar recebendo um olhar indgnado do namorado.

Harry tentou esconder um sorrisinho do amigo mas foi pego no flagra pelo mesmo, que ao notar deu um empurrão de leve em seu braço o fazendo ir pro lado e esbarrar em alguém. Quando virou para pedir desculpas, deparou-se com Malfoy que não parecia nada feliz e esperou um xingamento vindo do loiro. Mas ficou surpreso quando ele simplesmente voltou a andar como se nada tivesse acontecido.

Olhou para seus amigos surpreso e os encontrou exatamente igual a ele, nem em mil anos esperariam que Malfoy só se virasse sem fazer um alarme ou berrar aos quatros ventos.

...

Quando entraram na sala quase todos os assentos estavam ocupados, restando só os detrás, mas mexendo uns pauzinhos aqui e ali conseguiram pegar os do meio. Hermione estava revoltada por está tão longe do quadro e Rony brincou com isso perguntando se ela queria sentar na cadeira do professor, o que acabou resultando em um tapa no pescoço e um beliscão da namorada.

Harry prestava atenção em um certo loiro que estava sentado nos assentos da frente que rasbicava alguma coisa no caderno, até tentou deviar sua atenção dele focando na conversa dos amigos mas sempre voltava para o loiro. Ainda queria saber por que ele não o xingou ou revidou como sempre fazia, porém achou melhor assim, não queria acabar na diretoria no primeiro dia.

Mas ainda se sentia incomodado com algo. E ver Malfoy se remexendo parecendo está com dor não ajudava.

Depois de anos de pura implicância entre ambos... o que poderia ter acontecido?

...

A aula passou normalmente, sem muito barulho ou discussão, claro que na aula do professor Snape ninguém levantaria a voz mais que necessário.

Draco não entendia como podiam odiar o professor em conjunto, sempre viu Severus como um bom professor. Mesmo com toda rigidez e arrogância com os alunos, principalmente com Potter. Aprendeu muito com suas aulas de história assim como todos, por mais que a maioria negaria firmemente.

Às vezes trocava olhares com o mesmo e respondia suas perguntas sempre que conseguia, já que, estudava com Hermione que nunca perdia uma chance de responder.

Até agradeceria muito se a conhecesse, não estava no clima, e assim seguiu por todas as aulas de manhã, uma hora ele respondia alguma pergunta e outra ela respondia todas que vieram a seguir.

Quando sinal do intervalo bateu esperou todos saírem, não gostava de alvoroço muito menos quando esbarravam nele propositalmente ou não. Assim que a sala estava quase vazia saiu indo até o banheiro, algo estava o incomodando muito...

...

Quando entrei avistei Weasley lavando as mãos, fiquei um pouco surpreso. Umas das últimas pessoas que queria encontrar agora com certeza ele seria um deles. Tentei ignorar sua presença e me dirigi até uma cabine vaga, podia sentir seus olhos queimando minha pele por debaixo do pano, resolvi ignorar pois não estava com saco para xingamentos e brigas infantis. Não posso arriscar o resto de sanidade que ainda tenho.

Já dentro da cabine pude respirar tranquilamente, não notei quando parei de respirar como normalmente fazia, talvez estava ansioso demais.

Tirei o moletom junto do uniforme notando que estava um pouco manchado de sangue na parte de trás e no braço onde havia tombado com Potter, suspirei colocando de volta pensando em como resolver sem revelar muito, não queria atenção desnecessária ou olhos curiosos sobre mim. Tudo menos isso.

Durante os pensamentos me peguei lembrando do que tinha acontecido para a ferida abrir, não poderia julgar meu pai por me bater, afinal era culpa minha.

Tudo era minha culpa, cada palavrão, cada surra, cada humilhação, cada tapa...

Meu pai sempre esteve certo quando me acordava de uma surra que me fez perder a consciência, quando o álcool ainda dançava em suas veias... tudo era minha culpa.


Afinal eu causei seu sofrimento.



Cruciatus - HarcoOnde histórias criam vida. Descubra agora