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Eu conheço o poder destrutivo que
O amor tem. Por isso o evito.
—Charlie Barkley

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A melodia passeava sob o vento soprando em seu ouvido, que acalmou sua interminável ansiedade. Mesmo assim, Narcissa olhava as flores de Narciso com intensa tristeza. Elas eram belas, tão lindas aos olhos quanto a história em seu nome. Ela amava aquelas flores, pois seu nome veio a partir delas. Às vezes, Narcissa se sentia como na conto de Narciso.

Ela era a ninfa, fadada a amar o belo Narciso, o homem que foi amaldiçoado pelos deuses para amar a si mesmo.

Um par de mãos alcançaram seus ombros cansados, ela se virou para ver quem a interviu de seus pensamentos, tendo em frente sua querida amiga com um sorriso fraco, Pandora, ela estava triste.

-Cissa - disse ela. - Você precisa contar a ele - Pandora não olhou em seus olhos, apenas se manteve observando as flores de Narciso. - Draco está crescendo, não demorará muito para perceber que algo está errado. Você precisa tomar partido, precisa contar a ele…

Narcissa nada responde, apenas a observa sem mostrar qualquer sentimento além de tristeza. Pandora aperta seus ombros, buscando seu olhar.

-ele já não é um menino que tem que manter um véu sobre as situações reais - a encoraja - ele já está percebendo e perguntando, quanto tempo até que consiga encontrar a verdade? Esse é o seu trabalho, você tem que o alertar. Narcissa, ele está entrando na adolescência, está descobrindo coisas novas, experimentando… se ele fizer algo que prejudique sua saúde e faça a doença aceler-

-eu entendo.

Pandora parou, absorvendo as palavras curtas de Narcissa sem entendê-las. - o que..?

-eu entendo os riscos que estou tomando ao não contar - ela disse, desviando dos olhos confusos de sua amiga, sua voz soava triste, mas conformada. - entendo que não posso mais manter esse segredo dele… entendo que é questão de tempo, mas irei assumir esse risco.

-Narcissa, você não pode. é o direito dele saber, não pode tomá-lo!

Ela então, a encara, com o véu em seus olhos. - e esse será o primeiro dos muitos que irei tomar, Pandora. Ele pode está crescendo, mas eu ainda vejo a criança que ele foi, o quanto sua infância foi tirada com esse peso, a forma como sofreu. Não almejo o mesmo em sua nova fase. - Narcissa segurou as mãos dela, a trazendo para mais perto. Seus olhos derramaram lágrimas em sofrimento ao recordar, amolecendo o coração da amiga. - Eu quero que ele seja feliz, Pandora, será pedir demais?

Pandora a puxou para um abraço forte, pois a mão em seus cabelos em um ritmo constante e seus lábios transmitiram a canção favorita dela em seu ouvido. Narcissa se entregou ao choro com fortes fungadas, incapaz de conter.

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O vento gelado entrava pela brecha na janela, causando frio no corpo do jovem loiro. Draco suspirou, seu corpo ainda estava sob os efeitos da luta que tivera com Harry. ele tinha um metabolismo muito fraco, o que fazia atrasar seu processo de cura e cicatrização. Entretanto, Draco adquiriu um alto nível de sobrelevar a dor em seu corpo, digamos que, contra sua vontade.

Seu olho ardia, quase como se tivesse pegando fogo sobre a pele machucada. Ele lamentou baixinho, fazem apenas dois dias, e muita coisa mudou. E ele odiava, odiava o comportamento do seu pai, da forma como ele queria ser um bom pai, de como ele queria que tudo ficasse bem, sendo que, não estava nada bem, nada podia mudar o passado nojento onde foi submetido. Odiava a forma com o idiota do Harry o olhava após a briga, seus olhos refletindo pena, arrependimento e… proteção, ele queria esganar o maldito até a morte para que ele parasse.

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⏰ Última atualização: Apr 21 ⏰

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