adaptação

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Christian

Beatriz me ignorou o resto do dia, eu imaginava o que podia ser ela era vítima de coisas relacionadas a máfia,ela de certa forma foi puxada para o meu mundo ela não queria que eu levasse mais ninguém de sua família.

Eu entendia, eu realmente a entendia afinal mesmo depois de tudo que passei todos os momentos bons que tive nessa máfia eu não queria esse futuro para o meu sobrinho.

Alejandro sempre foi o mais extrovertido, acho que por conta da família dele ter o expulsado de casa ele sentia a necessidade de ter um novo lugar para chamar de casa

Esse foi um dos motivos de eu ter terminado tudo com ele, o relacionamento estava ficando muito sério eu tive medo, ele estava se tornando dependente eu nunca soube como me expressar principalmente na frente dos outros então sempre pareceu que eu não me importava com ele.

Mas todas as vezes que eu via uma floricultura eu sentia o impulso de entrar e procurar dálias para ele. Essas sempre foram as suas favoritas mas era difícil encontrar, não entendo nada de plantas enquanto Alejandro vivia quase numa selva de tantas flores e folhagens que ele possuía em sua casa.

Ele tentou me presentear com flores mas eu não sei o que fazia de errado,todas elas sempre morriam. Até cactos ele me deu e não consegui cuidar.

Eu sou muito instável tenho problemas com raiva e sou possessivo, confesso todos os meus defeitos para mim mesmo mas admitimos para os outros... É uma missão impossível.

Alejandro é um bom homem, apesar de minha mente ser uma bagunça ele nunca reclamou nem uma vez se quer. Mas eu tive que dar um basta naquilo,eu sou autodestrutivo e estava afetando ele.

Para o bem dele eu me afastei e terminamos de uma maneira não muito amigável, rendeu um soco na minha cara e um barulho alto de porta batendo.

Mas Eu não me arrependo, se não tivesse feito isso ele estaria morto, Alejandro ama a vida ele vive intensamente e ilumina o ambiente a sua volta. e eu... Bom, eu não sei o que eu sou.

Beatriz parece ter a mesma essência dele me alegra quando vejo a interação dos dois Juntos eles são como dois cachorrinhos interagindo um com o outro.

Estava sentado no sofá da sala tão distraido olhando a intenção dos dois que nem percebi quando uma criança se aproxima de mim com duas bonecas.

Ela começou a conversar sozinha brincando com as bonecas em cima do sofá.
Sua brincadeira começou no braço esquerdo do sofá e começou a vir para o meu lado.

Eu fiquei apenas observando a garotinha que ainda não parecia saber falar corretamente as palavras se aproximar de mim e chegou o momento em que ela viu minhas pernas e então notou minha presença.

Diferente da reação das outras crianças que já interagi ela não se intimidou comigo e começou a tentar me empurrar para fora do sofá.

Minha perna nem se movia mas ela parecia estar fazendo muita força, e quando viu que seria inútil ela olhou para mim com os bracinhos na cintura.

— sai daí tio! — eu aprendi algumas palavras bem rápido, ela estava me mandando sair eu alevantei olhei a volta e notei que a garotinha também procurou um lugar para mim me senta.

entre a Itália e o México.Onde histórias criam vida. Descubra agora