encontro triplo

2.3K 129 9
                                    

Christian

  Beatriz e sua família nos levaram para uma festa ao ar livre que foi muito boa,ao chegarmos lá Alejandro foi dançar com a mãe de Beatriz,ela queria que eu dançasse mas tenho certa vergonha de acabar pisando no pé dela ou fazendo ela passar vergonha.

Me diverti com as crianças,meu sobrinho e eu estávamos bem próximos agora, estávamos conversando com mais frequência, amanhã ele começaria a frequentar a mesma escola que Antônia e Joaquim,acho que ficarão na mesma sala isso é bom assim ele não ficará sozinho.

Alejandro apareceu com aquele sorriso largo e olhos brilhantes me puxando para uma dança.

— Alejandro você sabe que eu odeio dançar em público.

— é só fingir que não estamos em público.

Revirei meus olhos e acabei cedendo deixando que ele me ensinasse os passos.

Pegamos o ritmo e ele me olhou por um longo tempo.

— o que foi?

— falou sério na praia?

— você sabe que eu não minto.

Ele sorriu e desviou o olhar.

— você me deixa confuso.

— ah,jura? Se você já está confuso imagine eu que nem sabia que gostava de mulher e agora não sei o que fazer.

Ele riu e me olhou.

— a Beatriz realmente é uma mulher sem igual.

— engraçado que tenhamos tantas coisas em comum mesmo depois de tanto tempo, até o gosto para mulheres.

— é... Mas e agora? Vamos brigar pela atenção dela?

— estamos velhos demais para esse tipo de coisa, não acha?

— fala como se tivéssemos cem anos.

— meu joelho e meu humor tem mesmo essa idade. — outra risada sincera,eu adorava sua risada. — eu tenho uma ideia melhor.

— sou todo ouvidos.

O fiz girar e o puxei de volta para a dança.

— porque não unir forças para conquista-la? Eu tenho pensado muito nisso e sinceramente não sinto ciúmes de ver vocês dois juntos mas não gosto de outras pessoas com vocês.

Ele me olhou com um sorriso desacreditado. — seu canalha pervertido.

— pervertido não, apenas quero unir o últil ao agradável e agradar ambos os lados. — ele negou rindo e desviou o olhar.— Ninguém precisa passar meses num bar enchendo a cara e choramingando para o Bar-man suas decepções amorosas.

Ele me olhou com uma sombrancelha arqueada.

— isso foi bem específico, já aconteceu com você?

Falei demais.

— eu era fraco para bebidas.

Ele riu e escondeu o rosto no meu peito, eu apoiei meu queixo em sua cabeça e começamos a dançar abraçados.

— não conte a ninguém sobre isso.

Outro riso abafado. — não vou.

— obrigado.

Ficamos um tempo em silêncio enquanto dançávamos quando ele me olhou.

— vamos fazer um seguinte,ambos podemos demonstrar que gostamos dela,vamos deixar que ela tome a decisão, se ela escolher apenas um o outro aceita e não vai forçar.

entre a Itália e o México.Onde histórias criam vida. Descubra agora