a invasão

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No meio da madrugada a mansão é invadida eu lembro de acordar com sons de tiros e gritos de homens sendo baleados em seguida Christian aparece usando apenas calças chadrez de pijama e sem camisa eu gritei pelo susto e ele me pediu silêncio com um gesto eu concordei e corri para fora da cama ainda meio desnorteada pela adrenalina repentina e me aproximei dele me escondendo atrás do mesmo e sussurrando.

— o que tá acontecendo?

— guerra entre gangues alguém descobriu como invadir a propriedade particular da nossa máfia estamos em menor número precisamos achar Alejandro e sair daqui o mais rápido possível.

Ele segurou minha mão e foi me guiando pela escuridão da casa que ainda estava sem luz, será que isso também fazia parte do plano da gangue rival?

Christian parecia conhecer a casa como a palma de sua mão ele achava bons esconderijos assim que alguém estava se aproximando e atirava muito bem ele usava apenas um disparo contra os inimigos teve um momento em que ele errou e eu estava prestes a sair do esconderijo quando ele me surpreendeu me agarrando pelo quadril e me protegendo com seu corpo.

Assim que ele fez isso uma bala o acertou no ombro eu gritei pelo susto Chris mudou sua arma de uma mão para a outra e atirou várias vezes no homem.

Mesmo depois de morto no chão Chris deu mais dois tiros, ao tocar seu peitoral que estava sem camisa comecei a sentir algo molhado eu sabia o que era assim que ele fraquejou com meu toque.

— desculpe, meu deus me desculpa de verdade eu não queria que você se ferissem por minha causa.

Ele ficou algum tempo em silêncio em seguida falou baixo como se estivesse se segurando para não grunir de dor.

— tá tudo bem apenas vamos achar Alejandro e sair daqui não sei atirar muito bem com essa outra mão e o desgraçado acertou justamente meu braço bom.

Me lembrei que alguns dias atrás acertei Christian com uma faca no ombro e me senti ainda mais culpada.

Ele segurou minha mão e me guiou até o quarto de Alejandro lá não encontramos nada além de corpos sem vida e muito sangue.

Por sorte nenhum daqueles corpos era do Alejandro.

Fomos então até a sala principal que era onde a troca de tiros era mais intensa. Ao chegarmos lá encontramos Alejandro escondido atrás de um sofá corremos até lá com Chris atirando na direção da outra gangue que se escondeu.

Ao chegarmos atrás do sofá a troca de tiros voltou e os dois pegaram minhas mãos eu estava entre eles então cada um pegou uma parecia algum reflexo involuntário deles mais como instinto eu só não entendia o motivo disso já que nos conheciamos a pouco tempo.

Os dois se olharam e Alejandro percebeu a ferida de Chris.

— quem fez isso com você?

— por que se importa? Consentre-se não temos tempo pra esse tipo de coisa.

— é da sua vida que estamos falando.

— é mas se não se concentrar não vou ser o único a morrer essa noite pare de dar chiliques e puxe esse gatilho.

Os dois voltaram a atirar e eu me encolhi ali tampando meus ouvidos o som alto dos disparos e os cacos de vidro e madeira misturado com plumas do sofá que voavam em mim me fizeram esconder o rosto entre as minhas pernas.

Assim que tudo acabou e eu senti uma mão agarrar meu braço eu estava quase chorando me acalmei assim que vi Alejandro e ele suavizou seu toque ao ver meu espanto se tornando mais gentil ao me alevantar e me abraçar.

entre a Itália e o México.Onde histórias criam vida. Descubra agora